quinta-feira, 18 de junho de 2020

A SUSTENTABILIDADE NA ILUMINAÇÃO RESIDENCIAL

Ana Seroa

As pessoas estão sendo pressionadas para consumir energia renovável e assim contribuir para reduzir os efeitos adversos das mudanças climáticas. Segundo a publicação World Energy, a radiação solar global média que chega ao nosso planeta em um ano é capaz de produzir uma quantidade de energia equivalente a 140 metros cúbicos de gás natural, 200 kg de carvão ou um barril de petróleo.


Isso significa que a energia solar pode realmente substituir as fontes de energia modernas que utilizamos hoje. Utilizar mais energia solar é uma preocupação da arquitetura sustentável, em sua busca por redução no consumo de energia elétrica. O PROCEL (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) instituído pelo Governo Federal e executado pela Eletrobrás coloca Selos de eficiência energética em equipamentos e também em projetos arquitetônicos. Foi criado em 8/12/1993, e desde então vem firmando parcerias junto ao INMETRO, a agentes como associações de fabricantes, pesquisadores de universidades e laboratórios, com o objetivo de estimular a disponibilidade, no mercado brasileiro, de equipamentos cada vez mais eficientes. O foco é informar os consumidores sobre índices de consumo e desempenho para cada categoria de equipamento. Quando pensamos em iluminação sustentável, imediatamente vem à mente as lâmpadas de LED. Uma iluminação com lâmpadas tradicionais consume mais do que três vezes o que se gasta ao empregar lâmpadas de LED. Aqui cabem perguntas, como por exemplo: O que é um LED (diodos emissores de luz)? Por que são tão econômicos? As respostas são diversas. Primeiro um LED produz luz com eletricidade de baixíssima voltagem (3 a 6 Volts). Trata-se de um equipamento que “imita” um vagalume. Outra característica importante é que consome eletricidade em corrente continua. Para aqueles que não estão familiarizados com os conceitos de eletricidade, essa característica significa que uma pilha AA é suficiente para iluminar uma sala por mais de 12 horas. Logo, ao consumir pouca energia elétrica permite fazer projetos de iluminação bastante arrojados e ainda diminuir os custos com a conta de luz.

 Outra qualidade importante da iluminação de interiores com lâmpadas de LED é que existem no mercado luminárias que funcionam unicamente com a energia solar. Neste caso, é possível zerar o consumo de eletricidade com a iluminação das áreas onde elas são empregadas. Se quisermos falar sobre o básico, é óbvio que LEDs solares funcionam utilizando energia solar. No entanto, são na verdade dependentes de células fotovoltaicas. As células são responsáveis por absorver a energia solar durante o dia. Elas convertem essa energia solar em energia elétrica utilizável para alimentar as lâmpadas durante a noite. Esse processo se repete todos os dias e, potencialmente, é uma maneira de sistemas de iluminação de interiores terem uma fonte sustentável de energia. Como é feita a conversão? Ela ocorre quando elétrons com carga negativa empurram a energia solar para espaços com carga positiva que existem nas células fotovoltaicas. Esse processo permite que a energia solar seja transferida para os elétrons, tornando-se eletricidade em corrente contínua. Semelhante ao modo como os aparelhos baseados em eletricidade funcionam, os fios da célula fotovoltaica solar são conectados a uma bateria, a fim de armazenar essa eletricidade para o período noturno. Será nesse período que a bateria começará a fornecer energia para a lâmpada do LED através de um circuito elétrico independente. Como consequência, os projetos de iluminação de interiores estão se tornando cada vez mais econômicos, criativos, esteticamente agradáveis energeticamente eficientes.