terça-feira, 23 de junho de 2020

ENTREVISTA COM O VEREADOR CARLO CAIADO

Maria Helena Cantamissa

Um dos políticos mais atuantes em nossa região, o Vereador Carlo Caiado está de volta à Câmara do Rio, após um período como deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Nessa entrevista, Caiado nos conta um pouco da sua experiência e realizações na ALERJ.

Como avalia a sua passagem pela ALERJ?
R: Foi um momento de muito aprendizado e fundamental para ampliar o trabalho que já vinha desenvolvendo na Câmara de Vereadores do Rio, como Segurança Pública e Saneamento entre outros temas importantes.  Em pouco tempo conseguimos excelentes resultados. Destaco por exemplo, o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) entre o Ministério Público e CEDAE. Estou feliz em ter participado desse processo e assinado como umas das testemunha no Termo de Compromisso entre o Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente do MP (GAEMA/MPRJ) e CEDAE. A proposta prevê a adoção de diversas medidas em prol da melhoria da eficiência do sistema de tratamento de esgoto, especialmente quanto a manutenção, reforma e operação das estações elevatórias de esgoto da Área de Planejamento 4 (AP-4), correspondente a bairros da Barra, Recreio e Jacarepaguá. A questão do saneamento é um grande desafio para a nossa região.

Nesse período como foi sua produção legislativa?
R: Foi muito produtiva. Foram mais de 80 projetos de lei apresentados e mais de 40 leis aprovadas, entre elas, a “cria” que dispõe sobre a criação de videomonitoramento em todo o Estado. Levamos ao plenário importantes debates, através de audiências públicas sobre temas importantes como saneamento, segurança, educação, mobilidade urbana, entre outros.

Falando em segurança, esta era uma das suas bandeiras para o nossa região durante a campanha para deputado e tornou-se promessa cumprida, pois há mais de um ano, a situação neste quesito melhorou muito. Conte-nos sobre essa conquista:
R: Foi uma luta importante nessa reivindicação antiga de moradores; uma conquista em conjunto que envolveu as associações da região, moradores, comerciantes e articulação política. Conseguimos sensibilizar o governo da importância da Barra, Recreio e Jacarepaguá receberem o “Programa Segurança Presente”. O resultado está nos números apresentados. Houve uma redução visível do índice de criminalidade e isso é muito bom. Fechamos ali um cinturão de segurança. Ainda há muito o que fazer e a luta continua. É preciso garantir a permanência do programa e ampliar sua atuação.

Nessa pandemia, acompanhamos pelas redes sociais que o seu trabalho não parou, como está sendo sua quarentena?
R: Agitada e com muito trabalho; afinal neste momento em que a população está muito vulnerável e mais do que nunca é preciso estar disponível. É tudo novo e a pandemia nos impôs novas rotinas. Nossa preocupação maior é salvar vidas e auxiliar o governo no que for possível. A ALERJ se manteve aberta desde o primeiro dia, com sessões sendo realizadas de forma remota. O trabalho foi importante, pois nesse período o Legislativo doou mais de R$ 200.000.000,00 (duzentos milhões) para auxiliar os municípios no combate à COVID-19, para custear internações e doou R$ 5.000.000,00 (cinco milhões) para a UFRJ produzir respiradores para hospitais públicos.

Acompanhamos também sua luta na pandemia para auxiliar as famílias na busca por informações de pacientes internados, como ficou esse processo?
R: Foi uma agonia enfrentada com algumas famílias. Tudo novo, sem muito planejamento e aí, nos deparamos com alguns problemas.  Para evitar a contaminação, pacientes eram isolados. Desse modo, a partir do momento em que ele dava entrada nas unidades, começava o drama por falta de informações sobre o estado de saúde do parente. O familiar não podia ir ao hospital por risco de contaminação e havia uma dificuldade em obter informações através do telefone. Conseguimos que a Secretaria de Estado de Saúde mudasse o protocolo nesse sentido, obrigando a informação diária aos familiares sobre os pacientes internados com COVID. Aprovamos também a Lei Estadual nº 8860/20, criando a Central de Informações facilitando esse contanto fundamental ao familiar nesse momento tão difícil.

Como foi seu retorno à Câmara de Vereadores?
R: Houve uma decisão do Ministro Dias Toffoli para que os deputados investigados pela Operação “Furna da Onça” fossem empossados na ALERJ. Como isso, tive que deixar a suplência que estava ocupando.
Independente, de ser na ALERJ ou na Câmara do Rio, o trabalho continua com todo empenho. O meu compromisso é com a população. Temos muitas lutas pela frente, ainda mais agora nesse processo de retomada pós pandemia. Sigo de cabeça erguida dando o meu melhor, com muita “Atitude pelo Rio”.