O fenômeno da globalização tem sua origem remota na década de 40, mas é no século XXI que percebemos de forma mais contundente os seus efeitos na Economia mundial.
Já presenciamos diversas questões polêmicas que envolveram a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), o MERCOSUL e até mesmo na União Europeia, mas é no Brasil que queremos focar, pois parece que vivemos uma crise institucional que vem afetando fortemente a Economia brasileira.
No mundo globalizado, uma ocorrência do outro lado do planeta acaba refletindo em outros países e vice-versa. A crise americana dos últimos anos, associada o dumping impulsionado pela China provocou um efeito “dominó” na economia mundial. Por outro lado, o Brasil com a crise de corrupção que assola o país, o problema vem se agravando de forma galopante. O caso da Petrobrás foi um duro golpe no sistema institucional do país, pois uma empresa brasileira que exportava tecnologia e colocava o Brasil em evidência no cenário internacional, fez com que os holofotes se voltassem para nós, só que dessa vez de forma muito negativa. Começou-se então a desenrolar o “novelo de lã” e o castelo da corrupção das máfias começou a desmoronar em nosso país. A organização criminosa que parece surgir, segundo os noticiários, é de despertar verdadeira inveja à Yakuza, e às máfias russa e siciliana.
Infelizmente no passado, o Brasil já experimentou a cassação de autoridades públicas do alto escalão, como por exemplo, o impeachment do Presidente da República ocorrido na década de noventa. Aliás, diga-se de passagem, talvez estejamos trilhando o mesmo caminho de outrora, o que nos outorgaria mais um triste recorde, qual seja, dois impeachments em menos de trinta anos de história política. Contudo, não é só no Poder Executivo que a crise se instaurou, lamentavelmente alguns líderes do Congresso Nacional também estão com seus mandatos ameaçados. Afinal, diariamente somos informados através das mídias nacionais, sobre as artimanhas que estão sendo usadas para defender o indefensável, explicar o inexplicável e esconder o aparente.
Enfim, cabe ao Poder Judiciário julgar e a nós apenas lamentar, mas nossos valores e nossos ideais não podem e não devem ser abalados com tantos escândalos. O que mais nos entristece é que a crise econômica que decorre da crise política afeta frontalmente o bolso do brasileiro e, como sempre, é o povo que sofre as mazelas da má-gestão e da corrupção.
Buscando respaldo em um slogan que empolgou o Brasil na década de 70, qual seja, “O petróleo é nosso”, rogamos às nossas caríssimas autoridades: “O Brasil é nosso! Não destruam nossa pátria”.
* Advogado, Professor e Escritor. Doutor e Mestre em Direito. Sócio do Carneiro & Oliveira Advogados. Membro do Instituto dos Advogados Brasileiros e Diretor da Escola Superior de Advocacia da OAB Barra. Professor Universitário e Autor de várias obras jurídicas.
E-mail: claudio@carneiroeoliveira.adv.br
* Advogado, Professor e Escritor. Doutor e Mestre em Direito. Sócio do Carneiro & Oliveira Advogados. Membro do Instituto dos Advogados Brasileiros e Diretor da Escola Superior de Advocacia da OAB Barra. Professor Universitário e Autor de várias obras jurídicas.
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