segunda-feira, 13 de outubro de 2025

CIDADE

PJERJ 

Desembargadores Thiago Ribas Filho e Sergio Cavalieri Filho são homenageados no Tribunal de Justiça do Rio

 
 
 
A mesa foi composta, da esquerda para direita, pelos juízes Fabio Costa Soares e Paulo Mello Feijó; pela presidente da Amaerj – juíza Eunice Haddad; pelo presidente do TJRJ no biênio 2005-2006; desembargador Sérgio Cavalieri; pela presidente da Cojes, desembargadora Maria Helena Pinto Machado; pelo presidente do TJRJ no biênio 1997-1998, desembargador Thiago Ribas; pelo desembargador José Domingos de Almeida Neto; e pelo juiz José Guilherme Vasi Werner

A mesa foi composta, da esquerda para direita, pelos juízes Fabio Costa Soares e Paulo Mello Feijó; pela presidente da Amaerj – juíza Eunice Haddad; pelo presidente do TJRJ no biênio 2005-2006; desembargador Sérgio Cavalieri; pela presidente da Cojes, desembargadora Maria Helena Pinto Machado; pelo presidente do TJRJ no biênio 1997-1998, desembargador Thiago Ribas; pelo desembargador José Domingos de Almeida Neto; e pelo juiz José Guilherme Vasi Werner 
 
O último dia do evento “Juizados Especiais: 30 Anos da Lei 9.099/95 – Histórico, Avanços e Perspectivas” foi marcado pela emoção com a homenagem aos desembargadores aposentados Thiago Ribas Filho e Sergio Cavalieri Filho, que foram presidentes do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), respectivamente, nos biênios 1997-1998  e 2005-2006. Eles receberam uma placa das mãos da presidente da Comissão Judiciária de Articulação dos Juizados Especiais (Cojes), desembargadora Maria Helena Pinto Machado, em que constam agradecimentos pelo empenho dos magistrados na implantação dos juizados especiais, que se tornaram referência no acesso à Justiça.
 
Aplaudidos de pé
 
Em um auditório formado por magistrados, servidores e colaboradores, todos de pé, com longos aplausos, os homenageados estavam visivelmente emocionados.
 
A desembargadora Maria Helena Pinto Machado disse, ao entregar as placas aos homenageados, que, sem eles, o futuro não teria se concretizado. Também foi exibido um vídeo sobre os ex-presidentes, com entrevistas feitas pelo coordenador das Turmas Recursais, o  juiz José Guilherme Vasi Werner.
 
“Somos o reflexo do nosso passado. Por sorte minha, os 30 anos da Lei 9.099 ocorrem agora. Não podemos falar de nós, da Cojes, dos juizados e do Tribunal sem olhar o nosso passado. Por isso, todas as homenagens são devidas aos desembargadores Thiago Ribas Filho e Sergio Cavalieri. Para além de terem sido excelentes presidentes do Tribunal de Justiça, foram os responsáveis por nós hoje”, disse a presidente da Cojes.
 
Sentado, desembargador Thiago Ribas, presidente do TJRJ no biênio 1997-1998. Em pé, da esquerda para direita: desembargador Sérgio Cavalieri, presidente do TJRJ biênio 2005-2006; presidente da Cojes, desembargadora Maria Helena Pinto Machado; e Miriam Góes Ribas, filha do desembargador Thiago Ribas e servidora aposentada do TJRJ 
 
muito emocionado, o desembargador Thiago Ribas, junto com a filha Miriam Góes Ribas, agradeceu a homenagem recebida e lembrou o início e os percalços na implantação dos juizados especiais. O desembargador Sergio Cavalieri recebeu sua placa tendo também ao seu lado uma das filhas, a desembargadora Suimei Meira Cavalieri e falou em nome dos homenageados.
 
“Essa homenagem é muito especial, uma vez que a recebemos após a nossa aposentadoria e 30 anos depois da criação da lei que criou uma nova Justiça e é uma lei extraordinária. Lembro os percalços que passamos, quando juízes achavam que trabalhar nas pequenas causas os tornavam pequenos. Fizemos com que todos tivessem a certeza de que estavam atuando para uma grande Justiça e que, hoje, tem essa força e reconhecimento. Muito obrigado a todos”, disse Cavalieri em seu discurso.
 
Presidente do TJRJ no biênio 2005-2006; desembargador Sérgio Cavalieri; ao lado da desembargadora Suimei Cavalieri; e da presidente da Cojes, desembargadora Maria Helena Pinto Machado
 
A uniformização de jurisprudência
 
Antes da homenagem, a desembargadora Maria Helena Pinto Machado apresentou aos presentes a importância da uniformização, assim como a evolução dos juizados especiais no painel “JEC e a Uniformização de Jurisprudência”.
 
“Pela Lei Estadual 2.556/96, nós tínhamos 46 juizados especiais cíveis, 46 juizados especiais criminais e nenhum de fazenda pública. Atualmente, temos 127 juizados especiais cíveis, 89 criminais, cinco de fazenda pública e três do Núcleo da Justiça 4.0”, explicou a magistrada.

Justiça 4.0 no interior
 
A presidente da Cojes também anunciou, em sua apresentação, que os Núcleos de Justiça 4.0 serão ampliados para o interior do estado para atender melhor as demandas. Citou ainda a evolução e a participação dos juízes leigos que, hoje, depois de aperfeiçoamentos e cursos, ingressam na Justiça estadual via processo seletivo público, o que aumenta ainda mais a qualidade dos profissionais.
 
Também discorreram sobre o tema os juízes Paulo Mello Feijó e Fábio Costa Soares que falou sobre a importância da uniformização da jurisprudência nos juizados especiais e da isonomia nos julgamentos. “A questão da isonomia é uma preocupação. E é fundamental que cada turma recursal tenha consenso no entendimento. A confiança da população no Judiciário é muito importante”, frisou o magistrado.
 
Participaram também da mesa de abertura no segundo dia de evento o desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, que presidiu a Cojes e lembrmomentos que dividiu com os desembargadores homenageados e o juiz José Guilherme Vasi Werner; e a presidente da Associação dos Maistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj), a juíza Eunice Bitencourt Haddad.
 
 Fotos: Brunno Dantas e Rafael Oliveira/ TJRJ

EDUCAÇÃO

 



Dia dos Professores: a história de quem transformou afeto em excelência educacional



Inspirada por uma conversa com a filha e uma homenagem dos alunos, a professora da rede pública fundou em 1994 a Rede Alfa CEM Bilíngue, que hoje se destaca entre as 10 melhores escolas do país, segundo o ranking do ENEM 2024

Cultivar uma relação de carinho com os alunos, proporcionar acolhimento no ambiente escolar e ensinar a importância do “aprender a aprender” foram os motivos que levaram uma professora de História da rede pública do Rio de Janeiro a fundar sua própria escola. O sonho, que nasceu após uma homenagem recebida de alunos do 9º ano, em meados dos anos 1990, tornou-se um sucesso e referência - não somente no estado, mas em todo o país.

"Estava em uma formatura com a minha filha Maria Carolina na escola onde lecionava. Na época, ela estudava em uma escola particular e percebeu a diferença entre a relação que presenciava em sua escola e o carinho que  sempre cultivei com os meus alunos. Minha filha, ao presenciar isso, me disse que na escola dela não tinha ‘aquilo’. Essa fala mexeu muito comigo, voltei para casa refletindo sobre e, foi nesse momento, que eu decidi fundar uma escola que trouxesse acolhimento para os alunos", conta a Professora Maria Cristina Alves.

A Rede Alfa CEM Bilíngue foi criada pela professora de história, Maria Cristina Alves em 1994. Ao longo de três décadas de atuação foi estabelecida uma identidade pedagógica única, centrada na autonomia intelectual e na valorização da capacidade de “aprender a aprender” - que reflete uma filosofia de ensino emancipatória e prepara os estudantes para os desafios de uma sociedade globalizada. 

Hoje, a rede está entre as 10 melhores escolas na cidade do Rio de Janeiro, conquistando as 1ª, 6ª, 23ª e 44ª colocações no ranking estadual de desempenho do ENEM 2024, dentre as escolas do mesmo porte, segundo os Microdados ENEM 2024. Além disso, é a única escola do Rio de Janeiro a figurar entre as 10 melhores do Brasil.

"Essa filosofia de ensino exige uma postura ativa de quem aprende. Essa postura pede apropriar-se de um conteúdo, isto é, saber fazer algo, conhecer um assunto. Contudo esse objetivo só pode ser atingido por meio de diferentes técnicas e/ou maneiras de fazer que permitam o aprendizado. Ensinamos não só o assunto, mas a forma de aprender o que quiser", explica.

Além de formada em História pela UERJ, a Diretora-Geral do Colégio  Alfa CEM Bilíngue sempre busca o aperfeiçoamento em gestão.. Ao longo das décadas seguintes, junto com seus filhos,  ela liderou a expansão da, tornando-a uma Rede composta por oito Unidades, abrangendo bairros como Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Humaitá, Recreio e Tijuca. 

Sucessão do negócio

Conforme o tempo passava, a Professora Cristina sentia que precisava pensar no futuro da Rede Alfa CEM Bilíngue. Aos 48 anos, ela recebeu um diagnóstico que mudaria sua vida: câncer de mama. "Foi um período de muita luta, mas também de aprendizado e superação. Enfrentei o tratamento com coragem e, felizmente, venci o câncer", recorda. Isso a fez pensar em quem cuidaria da escola, caso ficasse doente.

Com os anos, os filhos Maria Carolina e Fábio Alves, formados em administração, também se apaixonaram pelo projeto educacional que a mãe criou, apresentando-se a situação adequada para prepará-los para serem sucessores na empresa e na vida, tornando essa ação uma prioridade. Contudo, o processo não foi simples, mas repleto de aprendizados tanto para Maria Cristina quanto para os filhos.

"Um dos momentos mais marcantes foi um dia em que cheguei em uma das nossas escolas e vi um Auxiliar de Supervisão colocando um quadro na parede. Pedi a ele que colocasse em outro lugar, mas ele disse que o meu filho tinha pedido para que fosse naquela parede. Ali, me dei conta que às vezes precisamos nos colocar de lado para que o sucessor possa se posicionar como liderança", comenta.

Hoje, Maria Cristina Alves permanece à frente da Rede Alfa CEdora.M Bilíngue compartilhando a gestão com os filhos e, assim, guiando as novas gerações de alunos e promovendo a inovação no ensino através de metodologias que equilibram conhecimento, habilidades socioemocionais e uso de novas tecnologias. "Já faz mais de 30 anos, mas o meu olho ainda brilha pelos alunos, por ensinar pessoas e não penso em fazer nada além de educação".

GERAL

 Cessar-fogo em Gaza: ajuda humanitária precisa chegar imediatamente

Após mais de dois anos de guerra e 67 mil mortos, necessidades médicas, psicológicas e materiais são imensas

O anúncio da primeira fase do cessar-fogo em Gaza traz um momento de alívio bem-vindo para os palestinos, que se encontram exaustos, famintos e em luto, e um grande alento para as famílias de todos os reféns. Mas isso ocorre após mais de dois anos e mais de 67 mil vidas perdidas.

Embora saudemos o cessar-fogo, ele não marca o fim desse sofrimento terrível — as pessoas em Gaza são deixadas para sobreviver em meio às ruínas do que antes era seu lar, enfrentando imensas necessidades médicas, psicológicas e materiais.

“O sentimento de nossos colegas e das pessoas ao nosso redor é de esperança, muita esperança, desejando que esse pesadelo finalmente termine. E que eles possam ter paz. Possam se recuperar do trauma, tanto físico quanto mental. Mas também há muita incerteza sobre o que vai acontecer, quais serão os próximos passos”, diz Jacob Granger, coordenador de emergências de MSF em Gaza.

O cessar-fogo precisa ser respeitado e mantido, pois é a única maneira de permitir que os cuidados sejam fornecidos na escala que as pessoas urgentemente precisam — algo que era impossível sob o cerco e os bombardeios.

A longo prazo, esperamos que este cessar-fogo conduza a esforços para reconstruir a Faixa de Gaza, incluindo a restauração do sistema de saúde destruído. As necessidades mais básicas continuam a ser urgentes: equipamento médico, medicamentos, alimentos, água, combustível e abrigo adequado para 2 milhões de pessoas que enfrentarão um inverno próximo sem um teto sobre as suas cabeças.

Este cessar-fogo precisa ser acompanhado por um aumento imediato, massivo e duradouro da ajuda humanitária na Faixa de Gaza, incluindo o norte do território.

 Instamos as autoridades israelenses a permitirem um fluxo suficiente e desimpedido de assistência humanitária, e a autorizarem evacuações médicas para pacientes que precisam de cuidados especializados urgentes.

Ao mesmo tempo, o mecanismo de coordenação humanitária liderado pela Organização das Nações Unidas (ONU) precisa ser restabelecido, para garantir acesso seguro e imparcial à ajuda humanitária para as pessoas que precisam, onde quer que estejam na Faixa de Gaza.

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

DE OLHO NA BARRA - 36 ANOS...


                   DIA 12 DE OUTUBRO É O ANIVERSÁRIO DO JORNAL           
    36 ANOS DE UM AMOR INCONDICIONAL A BARRA DA TIJUCA!!!

                               MÊS DE ANIVERSÁRIO

Afonso Campuzano

Outubro pode parecer um mês igual a todos os outros. Mas na realidade não é. Pelo menos não para nós do Jornal Cidade da Barra. Porquê mês de aniversário, não tem jeito, é sempre especial. Tem uma alegria diluída no ar… Um gosto de satisfação misturado com dever cumprido que só entende quem um dia ousou acreditar no sonho e conseguiu torná-lo uma realidade, pedaço por pedaço, página por página. Amantes inveterados dessa região, e não poderia ser diferente a cada edição buscávamos revelar problemas, soluções, lugares e pessoas deste mosaico intrigante que forma a alma da cidade da Barra da Tijuca. Conseguimos. Com muito trabalho, ética e bom gosto alcançamos, não a perfeição, mas o ideal. E isso é uma dádiva. Como é tempo de celebrar, essa edição conta com alguns colaboradores. Pessoas que admiram nosso trabalho e por isso estão presentes na nossa festa.