sexta-feira, 7 de novembro de 2025

CAFÉ COM LABATT

 COMBATE AO TRÁFICO OU GANÂNCIA POR PETRÓLEO? 

Ricardo Labatt

Os EUA acusam Maduro de ser um narcotraficante do Cartel de Los Soles. Atribuíram uma recompensa igual à oferecida por Osama Bin Laden, da Al-Qaeda, no valor de US$ 50 milhões. Vivo ou morto. Majorando uma recompensa anterior de US$ 15 milhões estipulada em 2018.

Curioso é que Trump, sem nenhum constrangimento recebeu, há poucos meses, na casa Branca, outro membro da Al-Qaeda, o hoje “nobre” líder e presidente da Síria, o senhor Ahmed Hussein al-Shar'a, antes conhecido como membro da Al-Qaeda e cortador de cabeças, cujo nome de guerra era Abu Mohammad al-Julani, com recompensa oferecida, pelos EUA, no valor de US$ 10 milhões.

Mas voltemos ao suposto cartel ao qual Maduro faria parte. Cujo nome remete à imagem dos símbolos usados pelos generais venezuelanos antes da era Chaves – o Sol.

Basicamente elementos recrutados pela DEA, "Drug Enforcement Administration". Um órgão federal do Departamento de Justiça dos EUA, responsável pela repressão e controle de narcóticos no País,  e pela CIA.

Documentos dão conta de que o General venezuelano Rafael Guien ajudou a enviar 20 toneladas de cocaína para os EUA. O plano seria deixar a droga circular, passando pela Venezuela, para tentar identificar as principais rotas e os distribuidores dentro do território estadunidense. Mas neste processo acabaram envenenando a própria sociedade.

Assim, teria sido a própria CIA quem criou o “Cartel de Los Soles” que desapareceu gradualmente e, agora, o reviveram para justificar o ataque à maior reserva de petróleo do planeta. Comandada por um grupo que não se curva às ordens e desejos dos EUA. Diferentes de fantoches como Daniel Noboa e Maria Corina Machado – ganhadora de diversos prêmios, inclusive o Nobel da Paz, ou mesmo o hoje abandonado Juan Guaidó, que com ajuda dos EUA se autoproclamou presidente da Venezuela e usou dinheiro público para pagar advogados na Inglaterra tentando colocar as mãos nas 31 toneladas de ouro venezuelano. Uma fortuna que, ao ser retida, juntamente com as reservas utilizadas para comércio exterior no Sistema Swift, provocou a quebra da Venezuela e o êxodo de 7% da população desde o colapso, tanto para a Colômbia como para o Brasil, para onde vieram quase 600 mil.

Só para efeito de registro, 31 toneladas de ouro estão avaliadas em R$ 19.604.400.000,00. Aproximadamente 20 trilhões de reais. Ou seja US$ 3.657.537.313,432836. Mais de três trilhões e meio de dólares. Ou seja, 16 (dezesseis vezes) o PIB por Paridade de Compra da Venezuela.

QUANDO OS EUA VÃO TENTAR SAQUEAR A VENEZUELA DE NOVO?

Sobre o possível ataque à Venezuela, um novo Vietnam na América do Sul, o País que desde 1945 só venceu as guerras contra a Ilha de Granada e contra o Panamá, prepara sua “cabeça de ponte” de Trinidad e Tobago, onde com o apoio da presidente Kamla Persad-Bissessar, faz exercícios conjuntos.

Diante dos problemas internos e externos da Nação que liderou o século XX, sem condições de enfrentar o poderio militar da Rússia e o econômico da China, o mundo assiste a volta da Doutrina Monroe – A América para os americanos DO NORTE, claro.

É a volta das “GUERRAS DAS BANANAS” quando os fuzileiros navais norte-americanos invadiram o Haiti e roubaram seu OURO em Porto Príncipe... quando invadiram a Nicarágua para impedir que qualquer outra Nação, que não Eles, construíssem o Canal da Nicarágua que concorreria com o Canal do Panamá.

Hoje, tanto democratas como republicanos, no momento representados por Trump, se empenham mais uma vez para dominar todo o território das Américas. Desta feita deixando a China de fora. Isso ficou evidente na recente ação no Canal do Panamá.

Essa doutrina, guiada pela necessidade de petróleo e de recursos minerais, lançam as tropas sobre a Venezuela. Um País quase duas vezes maior que a Ucrânia, com uma população 20% inferior e, muito armamento russo. Além de poder receber ajuda de Rússia e da China, numa espécie de troco, pelo que a OTAN, fez e faz, no leste Europeu e na Ásia. 

Não há nada de concreto sobre um ataque real por enquanto. No momento os EUA se concentram num cerco e na aposta de conseguir criar uma “Revolução Colorida” para desestabilizar o governo atual.

O que se vê são operações criminosas e midiáticas. ASSASSINATOS EXTRAJUDICIAIS de tripulações de barcos pequenos, com dois motores de popa, sem condições de armazenarem combustível suficiente para chegar aos EUA, que dista quase 4 mil quilômetros da costa venezuelana.

Os barcos, destruídos por mísseis lançados pela frota dos EUA, em sua maioria, partem do Estado de Sucre, através da “Bocas Del Dragón”, percorrendo aproximadamente 100 quilômetros até Trinidad e Tobago, nas Pequenas Antilhas, onde existe uma comunidade de origem venezuelana muito grande.

Em resumo, são embarcações que transportam suprimentos, viajantes, bebidas, por vezes contrabando e, eventualmente podem até transportar cocaína, mas nunca Fentanil, que entra nos EUA pela fronteira com o México.

É imperativo destacar que os EUA, com uma população equivalente a 4% da população global, consomem 70% da cocaína produzida no mundo. E, 95% desta cocaína que abastece os EUA adentram pela costa oeste, advinda da América do Sul. Principalmente da Colômbia (onde os EUA possuem 7 bases) e, passando pelo Equador, controlado por um aliado dos EUA, o presidente Daniel Noboa.

Noboa é um bilionário, nascido em Miami, filho de Álvaro Noboa, líder da família que construiu sua fortuna com a “BONITA” empresa de frutas e “transporte”. Os mais curiosos podem acessar no Google “Bonita Bananas e Cocaína”. Irão se surpreender. Até porque, antes de ser presidente do Equador, Daniel Noboa era Diretor de Transporte da “Bonita Company”. Daí tirem suas conclusões... se seria uma guerra contra as drogas, ou uma guerra para controlar o comércio de drogas.

https://progressive.international/wire/2025-03-31-daniel-noboas-family-business-president-of-ecuador-is-involved-in-cocaine-trafficking-to-europe/en ou mesmo https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/09/08/carteis-de-drogas-exploram-a-industria-da-banana-para-transportar-cocaina-no-equador.ghtml

Talvez entendam também que a obsessão pela Venezuela não é por Maduro, ou por combater o tráfico de drogas. É pela necessidade de fazer o que os EUA fazem de melhor, roubar recursos de outras Nações. No caso, petróleo venezuelano. De fácil extração, quase a flor da terra. Além do fato de que a Venezuela é detentora da maior reserva mundial.

PORQUE O ATAQUE MILITAR E O CERCO PARA AMPLIAR A TENSÃO?

Os embargos econômicos não funcionam mais e a Venezuela “cumunista” cresce 8% ao ano nos últimos 3 anos. Está quase retornando ao que era em 2019. É o País que mais cresce na América do Sul e, mesmo sendo vítima de centenas de milhares de embargos, tendo suas reservas em dólar e suas 31 toneladas de ouro retidas, respectivamente, pelo Sistema Swift (dos EUA) e pelo Reino Unido, mostra ao planeta que é possível sobreviver e crescer sem se curvar ao Tio Sam.

Enquanto isso, ao invés do Brasil criar um oleoduto binacional, investir em refinarias e resolver de vez o problema de energia e combustível, podendo até exportar o excedente, segue às ordens do “amiguinho do norte” e se mete em brigas que só nos prejudica.

Como declarou Henry Alfred Kissinger:

- “Ser INIMIGO dos EUA é PERIGOSO, mas ser ALIADO é FATAL”.


COLUNA ESPAÇO MOTOR

 LEAPMOTOR CHEGA COM O C10 E NOVA TECNOLOGIA ULTRA-HÍBRIDA

João Mendes




 Clientes que buscam o conforto de uma condução exclusivamente elétrica, mas querem a independência de poder viajar a qualquer lugar não precisam mais abrir mão de um de seus anseios. O Leapmotor C10, que já começa a ser vendido nas concessionárias da marca, estreia no mercado como o primeiro SUV da história do País a oferecer a inovadora tecnologia REEV em sua versão Ultra-Híbrida. O Leapmotor C10 inicia suas vendas no Brasil em pacote único de acabamento e duas versões: elétrica (BEV) e Ultra-Híbrida com tecnologia REEV, dotada de um motor a combustão projetado somente para gerar energia, que pode ser usada para recarregar as baterias do carro ou alimentar o motor elétrico de tração. O C10 é o primeiro de uma série de lançamentos que a Leapmotor, em parceria com o grupo Stellantis, reserva para a região com muita tecnologia, conforto, segurança e qualidade. Ambas as versões possuem visual idêntico, se diferenciando externamente somente pelo bocal de reabastecimento de combustível do C10 Ultra-Híbrido. Externamente o modelo se destaca pelo estilo imponente, favorecido pelos quase 4,74 m de comprimento, 2,13 m de largura (com retrovisores) e 1,68 m de altura. O Leapmotor C10 foi projetado para evitar o excesso de comandos e botões presentes em outros carros da categoria. Nele, todas as funções podem ser monitoradas ou controladas diretamente pela central multimídia Leap One de 14,6 polegadas, incluindo ajustes nos modos de condução, energia, climatização, áudio e cenários personalizados. O C10 Ultra-Híbrido é o único carro comercializado no Brasil com a tecnologia REEV.


 O grande diferencial em relação aos híbridos convencionais é que a tração dele é sempre elétrica, independente do nível de carga da bateria. Isso garante sempre a mesma experiência, conforto e performance, sem gargalos nos momentos de transição entre motores dos híbridos tradicionais. O motor a combustão do C10 Ultra-Híbrido foi projetado para trabalhar exclusivamente como gerador, resultando em mais eficiência e conforto. E o cliente pode escolher como rodar, de acordo com sua necessidade, pois o modelo possui, além dos programas de condução, modos de energia específicos. O Leapmotor C10 nas versões Elétrica (BEV) e Ultra-Híbrido (REEV) já está disponível na rede de concessionários, em cinco opções de cores, com preços especiais de lançamento partindo de R$ 189.990 para a versão elétrica (BEV) e R$ 199.990 para a versão Ultra-Híbrida (REEV). 

GERAL

 Após 'matança' no Rio, Lula pede PF na investigação; perita defende rigor técnico

"Perícia não é crachá"

A megaoperação realizada pelo governo do Rio de Janeiro nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou na morte de 121 pessoas, incluindo quatro policiais, foi classificada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como “desastrosa” e uma verdadeira “matança”.

Em entrevista a agências internacionais, Lula afirmou que o governo federal vai pressionar por uma investigação independente, com participação de legistas da Polícia Federal (PF), para apurar as circunstâncias das mortes. “A decisão do juiz era uma ordem de prisão, não tinha uma ordem de matança, e houve matança. É importante verificar em que condições ela se deu”, declarou Lula, ressaltando que o objetivo é garantir transparência e rigor técnico na apuração.

A operação, considerada a mais letal da história do estado, tinha como alvo integrantes da facção Comando Vermelho. Apesar do número recorde de mortes, o governador Cláudio Castro classificou a ação como “um sucesso”, alegando que as vítimas eram criminosos. A repercussão nacional e internacional, porém, levou o Supremo Tribunal Federal (STF) a determinar a preservação de todos os elementos materiais e perícias para garantir a cadeia de custódia e permitir controle externo pelo Ministério Público.

Perícia é ciência, não disputa de poder

Com a polêmica sobre quem deve conduzir as necropsias, surgiram questionamentos sobre a atuação dos médicos legistas estaduais e pedidos para que apenas a PF assuma os exames. Para a médica Caroline Daitx, especialista em medicina legal e perícia médica, essa discussão precisa ser pautada pela técnica. Segundo ela, a perícia médica não depende só de quem faz, mas de como se faz. “Médicos legistas da polícia científica realizam necropsias todos os dias, inclusive em casos de confronto. Eles conhecem os protocolos e aplicam o método com regularidade. A imparcialidade não vem da troca de instituição, vem do rigor técnico. É o método que garante a confiança no resultado, não o crachá.”

A perita alerta que excluir os legistas estaduais seria um equívoco, “Se a PF tiver que atuar nesse caso, então em outros casos semelhantes, mas de menor proporção, como fica? É o mesmo que declarar todos os legistas estaduais como inaptos, e isso simplesmente não é verdade.”

Segundo a especialista, perícia não é sobre opinião, nem sobre disputa de poder: “É sobre ciência. É sobre prova técnica que deve ser imparcial, independente da instituição onde acontece. Se não for feita com autonomia técnica, pode ser invalidada.”

A forma como as perícias serão conduzidas é central para garantir a credibilidade da investigação. Organismos internacionais, como a ONU, já pediram apuração independente e preservação da cadeia de custódia, diante de denúncias de possíveis execuções sumárias e violações de direitos humanos durante a operação.

Fonte: Caroline Daitx: médica especialista em medicina legal e perícia médica. Possui residência em Medicina Legal e Perícia Médica pela Universidade de São Paulo (USP). Atuou como médica concursada na Polícia Científica do Paraná e foi diretora científica da Associação dos Médicos Legistas do Paraná. Pós-graduada em gestão da qualidade e segurança do paciente. Atua como médica perita particular, promove cursos para médicos sobre medicina legal e perícia médica.  CEO do Centro Avançado de Estudos Periciais (CAEPE), Perícia Médica Popular e Medprotec. Autora do livro “Alma da Perícia”. Doutoranda do departamento de patologia forense da USP Ribeirão Preto. 

SAÚDE

 Dias mais quentes acendem alerta para a proteção contra a Dengue

Entenda porque o período primavera/versão é o momento ideal para tomar a vacina Qdenga

O verão de 2024/2025 foi o sexto mais quente no Brasil desde 1961, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A estação se destacou por altas temperaturas e chuvas acima da média. Esse cenário climático, caracterizado por ondas de calor e precipitações intensas em diversas regiões do país, contribui para o aumento dos casos de dengue. Em 2025, o Brasil registrou 1.594.216 casos prováveis da doença. De acordo com o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, entre 1º de janeiro e o fim da 39ª semana epidemiológica — encerrada em 27 de setembro —, 1.660 vidas perdidas foram confirmadas em decorrência da dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

Para o Dr. Fábio Argenta, diretor médico da Saúde Livre Vacinas, rede especialista em imunização, o melhor caminho para a proteção é a conscientização de hábitos da população e a vacinação. “A vacina não apenas reduz significativamente o risco de infecção, mas também contribui para aliviar o impacto no sistema de saúde, evitando complicações graves e hospitalizações”, explica.

A vacinação desempenha um papel crucial na criação de uma barreira coletiva contra a propagação do vírus. Além de proteger o indivíduo, ajuda a reduzir a circulação do agente infeccioso na comunidade, beneficiando especialmente grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com comorbidades. “Com as temperaturas elevadas e a temporada de chuvas se aproximando, este é o momento ideal para buscar a imunização. Proteger-se é um ato de cuidado consigo mesmo e com a coletividade, uma medida que salva vidas e constrói um futuro mais saudável para todos”, comenta.

A Saúde Livre Vacinas recebeu recentemente um estoque com doses de Qdenga, a leva está prevista para durar até fevereiro. O imunizante é indicado para a prevenção da dengue em pessoas de 4 a 60 anos, independentemente de terem tido a doença antes ou não. Ela protege contra os quatro sorotipos do vírus da dengue e é aplicada em um esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre elas.

Vale destacar que a prevenção contra a dengue vai além da vacinação. É fundamental eliminar o acúmulo de água parada em recipientes como vasos, garrafas e pneus, que podem se tornar criadouros do mosquito. Outra medida eficaz é o uso de repelentes apropriados, especialmente em áreas com alta incidência do Aedes aegypti. Optar por roupas longas e instalar telas em janelas e portas, são alternativas adicionais para aumentar a proteção.