quinta-feira, 18 de setembro de 2025

CAFÉ COM LABATT

 A VIOLÊNCIA DOS EUA, AO REDOR DO MUNDO, ESTÁ VOLTANDO PARA CASA

Ricardo Labatt


Décadas de guerras bi-partidárias, de pensamento binário, de banalização do valor da vida humana, criam as condições para essa doença que aflige a sociedade dos EUA.

Charlie Kirk era uma figura divisiva, mas isso não justifica assassinato político e, com certeza esse evento será usado, como sempre, para promover a censura, ao invés de provocar investigações profundas sobre as causas de outros casos como os de:

  1. Joseph Smith Jr. (fundador da Igreja dos Santos dos Últimos Dias)

  2. James Chaney, Andrew Goodman e Michael Schwerner,

  3. Melissa Hortman (deputada) e seu marido, o Senador John Hoffman,

ou mesmo os mais conhecidos casos de:

  1. Martin Luther King, Malcolm X e até o de John Fitzgerald Kennedy.

Na realidade o caso Kirk e outros, são o reflexo da violência dos EUA, no exterior, que está voltando para casa. São decorrências e seqüelas dos absurdos atos, no Vietnam, Iraque, Afeganistão, Líbia, Síria, Iêmen, Ucrânia...

Assim, os jovens dos EUA crescem e são formados numa sociedade que celebra a morte, os assassinatos e a conquista, normalizando tudo isso. Tanto que, tiroteios em escolas se tornaram rotina semanal e, agora, os assassinatos políticos também.

O QUE TERIA PROVOCADO ESTE ASSASSINATO?

No momento em que Charlie foi assassinado eu estava lendo um livro de Timothy Snyde, intitulado The Roton Freedom (o caminho da não liberdade). Timothy em determinado parágrafo diz: - “o sangue é a tinta da ficção política”. Esta frase me marcou, pois entendi que quando os políticos param de discutir idéias e começam a usar slogans, ou postagens incendiárias, para impulsionar uma agenda política, acabaremos num lugar muito sombrio e violento. E, a morte de Kirk transformou-se numa guerra de Ganges olho por olho e não num ponto de reflexão, sobre o que está errado.

Kirk era um defensor fervoroso de Israel, que rotineiramente mata jornalistas, extermina quem consideram subumanos, em especial o povo palestino, sejam velhos, mulheres, ou crianças, num genocídio comparável ao que o povo judeu sofreu nas mãos do bigodinho criado e patrocinado pelos próprios sionistas.

E isso ocorre não apenas com o apoio dos EUA, mas com a facilitação e a colaboração direta deles. Mas o pensamento binário, difundido pela “democracia americana”, através de bombas de Napalm, aviação, apoio marítimo e até bombas atômicas... fazem alguns, em nome de uma teoria religiosa, se indisporem com os que erguem a voz contra essa limpeza étnica, ligando erroneamente, tais defensores da vida à apaixonados pelo Hamás. Como se tudo fosse preto, ou branco e não houvessem mais de 50 tons, só de cinza.

O cerne da questão talvez esteja na forma da execução. Não com tiros na cabeça, ou uma saraivada de balas no peito. Mas sim com um preciso e inacreditável disparo, há mais de 200 metros, no pescoço, como sugere uma purificação de quem foi parte de uma seita e, começou a se afastar, ou a criar risco à narrativa, ou aos demais.

Ocorre que ultimamente, Kirk vinha reduzindo a intensidade de seus discursos irrestritos de apoio à Israel, cobrando mais foco no movimento MAGA - Make America First Again (Faça a América Grande Novamente). Cobrando mais atenção nos EUA e não na política externa. E, mais veementemente, vinha exigindo o esclarecimento do caso Jeffrey Epstein.

Estes dois pontos podem ter vindo a desagradar, os sionistas, ainda mais que aos seus próprios opositores ideológicos, uma vez que, há uma semana Kirk reclamou, no programa de Megyn Kelly (Sirius XM), de apoiadores fanáticos de Israel o assediando e, cobrando uma postura mais firme, como antes. Clique e assista.

https://youtu.be/n2qn0mvSCig?si=lrJXAcAXaO0hm8_T

Neste vídeo, que separei para vocês, Kirk fala, com sua própria boca:

  1. O governo de Israel está tentando uma LIMPEZA ÉTNICA em Gaza. Aos 25 segundos;

  2. Nos últimos 9 meses Israel esteve a beira de uma Guerra Civil. Aos 3:20 minutos;

  3. Israel é uma Ditadura e Netanyahu está governando num Regime de Emergência. Aos 3:50 minutos;

  4. É possível que Netanyahu tenha siso enganado por maus agentes. Aos 5:00 minutos;

  5. Fala em 1.200 judeus mortos e sobre a sonegação de informações, mas na relidade, é bem mais que isso. Aos 5:40 minutos.

O entrevistador mostrando o desconforto de quem impulsionou e patrocinou Kirk, para que divulgasse o que queriam...

  1. Assistiam Kirk falando o que não queriam. Desnudando algumas mentiras difundidas pelos sionistas. Aos 7:20 minutos.

Podem clicar e ativar a legenda, caso não dominem o idioma.

https://youtu.be/BiBVxFlUR3w?si=T_mXEDDyw88I5iOI

Além de todos esses motivos, de descontentamento citados acima, ainda há muitos rumores de que Epstein fosse um agente do MOSSAD que recolhia vídeos e provas contra a elite política, civil e militar, de outras Nações, de forma a conseguirem, quando necessário, apoio incondicional às ações de interesse do Estado de Israel. Especulações ou não, estas insinuações ganham força quando, reforçadas nos próprios vídeos destacados acima, pelo interlocutores e, principalmente quando, quase que no mesmo instante da execução, ou purificação de Carlie Kirk, ao ar livre, diante de milhares de pessoas, num Estado majoritariamente SUD, em Washington, ELIMINAM qualquer possibilidade de divulgação da Lista de Epstein – promessa de campanha de Trump antes de serem vazadas fotos, filme e cartas – era sepultada definitivamente, no Senado.

NA MESMA BAT HORA, MAS EM OUTRO BAT LOCAL...

O Senado rejeitou na mesma quarta-feira, dia 10, por 51 votos contra 49, uma emenda que obrigaria o Departamento de Justiça a divulgar todos os arquivo da investigação, de TRÁFICO SEXUAL, do caso Jeffrey Epstein e de sua ex-namorada, Ghislaine Maxwell, com cerca de 33 mi páginas, onde se suspeita que alguns respeitáveis cidadãos e, até membros do governo, sejam destaque.

Os senadores republicanos Josh Hawley, do Missouri, e Rand Paul, do Kentucky, votaram ao lado dos democratas.

Após a derrota, outros quatro republicanos também assinaram a petição, restando agora, apenas um voto para forçar uma votação no Congresso. Fato que poderá acontecer esta semana, quando uma circunscrição eleitoral, predominantemente democrata, no Arizona, realizará uma eleição especial para preencher uma vaga na câmara baixa.

O republicano, Thomas Massie, do Kentucky, criticou diretamente o Departamento de Justiça, liderado pela ex-procuradora da Florida, Pam Bondi, aliada próxima do Presidente Donald Trump.

"A elite de Washington está a pedir ao público que acredite em algo que não é crível: que duas pessoas geraram centenas de vítimas, que agiram sozinhas e que o Departamento de Justiça não faz ideia de quem mais poderá estar envolvido", disse Massie.

NÃO SE MATA A VACA. SE ELIMINA OS CARRAPATOS

Fora o combate a abominável Cultura Woke, discordo que quase tudo que Kirk defendia e principalmente das falsas narrativas que difundia, muitas repetidas pelas “bolhas”, ditas de direita, aqui do Brasil.

Discordo veementemente das opiniões que proferia, principalmente com relação às etnias, a supremacia branca... mas não vou comemorar sua desgraça. Até porque, as pseudo-teorias tem que ser combatidas com clareza, com argumentos, com a demolição desse pensamento irracional BINÁRIO que toma conta das massas e, até de muitos esclarecidos. Nunca com violência, pois esta acaba sempre se voltando contra nós.

Sei que para muitos é difícil de entender como alguém que declara valorizar a vida, a espiritualidade e, portanto se posiciona em favor da vida e contra o aborto, pode normalizar a morte, em assassinatos seletivos de quem pensa diferente. Como podem comemorar extermínios de lares e famílias inteiras, embasados nas desinformações de que são do mal? Sem nem saberem como vivem, seus costume, valores e na maioria das vezes sem nem saber apontar no mapa, onde habitavam.

Mas uma coisa é certa, com o debacle dos EUA, muita coisa vai diminuir e outras sumir: como movimentos terroristas, desestabilizações de Estados soberanos, tráfico de drogas e um monte de coisas ruins que eles propagam que combatem, mas na realidade fomentam.

A MENTIRA SOBRE A MAIOR DEMOCRACIA DO MUNDO

Os EUA que já fizeram Revoluções Coloridas em mais de 50 países, como no Nepal (que faz fronteira com a China), focam agora no bombardeio à Somália (em frente ao Iêmem) e na tentativa de derrubada de Maduro, visando petróleo. Tanta dispersão sinaliza o caminho pro colapso de um país que está entrando num período de agitação civil e guerra ideológica. A violência política provavelmente vai aumentar e as elites vão usá-la para consolidar seu poder. Endurecer o regime. Duvidam? É só esperar...

Os direitos civis serão desrespeitados de tal forma que será difícil até para os apaixonados repetirem a grande mentira sobre a maior democracia do mundo. Pois nunca foi:

  1. Jamais elegeram um presidente de forma direta, mas cobrar isso dos demais.

  2. Só possuem dois pólos de acesso à política, os Democratas e os Republicanos.

Também não é em população. Pois essa é a Índia, com uma população mais de 4 (quatro) vezes maior e, onde inclusive, existem eleições DIRETAS para todos os cargos, até para presidente. 

Além do mais, ao contrário do que divulgam, os EUA tem prisioneiros políticos.

Vejam o que fizeram com Julian Assange, o jornalista mais perseguido do mundo. Um personagem que também tem uma heroína que o espera. Sua própria advogada Stella Morris, além dos pequenos Gabriel (6 anos) e Max (4 anos). Todos retratadas no comovente documentário Ithaka – A Luta de Julian Assange, protagonizado por John Shipton, pai do fundador do Wikileaks.

Sugiro que assistam, tanto o documentário, como o filme, até porque: se chegaram até aqui é porque não fazem parte dessa esmagadora maiori,a que diz ter opinião, mas não lê nada além de cardápios de restaurantes e, se desinforma pelos mais eficientes criadores de narrativas, que o dinheiro pode pagar.

https://www.youtube.com/watch?v=djvpSDFUKno

E, se possível, leiam e entendam do que os EUA são capazes.

https://www.brasildefato.com.br/2023/09/05/entenda-a-odisseia-de-julian-assange-o-jornalista-mais-perseguido-do-mundo/

SHOW MUSICAL

“Beetlejuice – O Musical” encerra segunda temporada no Rio de Janeiro

Estrelada por Eduardo Sterblitch e grande elenco, a temporada carioca de “Beetlejuice – O Musical” chega ao fim com cinco sessões finais no Teatro Multiplan, VillageMall, antes da estreia em São Paulo.

BeetleJuice_LeoAversa-012 (1).jpg

Eduardo Sterblitch em cena como Beetlejuice | Crédito Leo Aversa

Sucesso de público e crítica em 2024, “Beetlejuice – O Musical” se despede do Rio de Janeiro após mais de um mês em cartaz. A superprodução, apresentada pelo Ministério da Cultura, Ticket e Edenred, e com patrocínio do Banco Guanabara, Robert Half, Atlas Schindler e Teatro Multiplan VillageMall, tem direção de Tadeu Aguiar e é realizada pela Touché Entretenimento, de Renata Borges, em parceria com a ADP Produções. As apresentações no Rio terminam em 21 de setembro, no Teatro Multiplan, VillageMall, na Barra da Tijuca. Em seguida, a produção segue para São Paulo, onde estreia em 3 de outubro, no Teatro Liberdade. Os ingressos para as sessões cariocas e paulistas estão disponíveis pelo site da Sympla e na bilheteria física dos teatros.

Eleito Melhor Musical do Ano em 2024 nos prêmios Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital e Arcanjo, o espetáculo também foi indicado ao Prêmio Governador do Estado para as Artes, na categoria Teatro, a superprodução traz de volta ao papel-título, Eduardo Sterblitch, que acumula também três prêmios por sua performance como Beetlejuice e dá vida ao personagem com humor irreverente e energia contagiante. Inspirado no clássico de Tim Burton, Os Fantasmas Se Divertem (1988), o musical traz todo o humor sombrio e a estética excêntrica que conquistaram fãs ao redor do mundo, nas telas e nos palcos.

O elenco conta ainda com Pâmela Rossini (Lydia Deetz), Ivan Parente e Clara Verdier (Adam e Barbara Maitland), Fabrizio Gorziza (Charles Deetz), Sabrina Korgut (Delia), Rosana Penna (Juno), Duda Carvalho (Miss Argentina), Diego Becker (Maxie e Otho), Larissa Queiroz (Maxine), Giovana Sassi (Skye), além de Sofie Orleans, Mari Marques, Bruna Lemberg, Luisa Vianna, Renan Rosiq, Rhuan Santos, Pedro Balu, Paulo Freitas, Bia Passos e Hugo Lopes. Julia Vargas e Fábio Brazile completam o time como swings.

Beetlejuice – O Musical” conta com libreto original de Scott Brown e Anthony King e músicas de Eddie Perfect. A versão brasileira é assinada por Claudio Botelho. A equipe criativa reúne grandes nomes do teatro musical, com Laura Visconti na direção musical, Renato Theobaldo na cenografia (vencedor do Prêmio DID 2024), Dani Vidal e Ney Madeira no figurino, Sueli Guerra na direção de movimento e coreografia, Daniela Sanchez no desenho de luz, Gabriel D’Angelo no desenho de som, Anderson Bueno no visagismo e Lucas Pimenta como assistente de direção. A produção geral é de Renata Borges.

"Estamos animados para a nova temporada de Beetlejuice, que promete encantar o público mais uma vez. Sabemos da importância da democratização do acesso à cultura para a formação do indivíduo e, como uma marca presente na vida de milhares de pessoas brasileiras, estamos felizes em apoiar essa produção", afirma Danilo Teixeira, Superintendente de Marketing da Ticket, marca da Edenred Brasil. 

"É uma alegria ter a Ticket conosco, apostando na cultura e acreditando nesse musical, que foi o mais premiado de 2024 e bateu recorde de público no eixo Rio-São Paulo. Essa volta é mais do que merecida - e merecia, inclusive, uma turnê nacional. Estamos muito felizes em retornar aos palcos, agora no Teatro Multiplan (VillageMall) e novamente no Teatro Liberdade, para contar essa história que divertiu e emocionou públicos de todas as idades. Sabemos que muitas pessoas não conseguiram assistir à primeira temporada, por conta das sessões lotadas, e que muitos querem viver essa experiência mais uma vez.", diz a produtora Renata Borges, responsável pela Touché Entretenimento.

Beetlejuice - O Musical é apresentado por Ministério da Cultura e Ticket, marca da Edenred Brasil, e tem patrocínio do Banco Guanabara, Robert Half, Atlas Schindler e Teatro Multiplan Village Mall.

RIO DE JANEIRO

Teatro Multiplan

Av. das Américas, 3900 - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro

TEMPORADA: De 07 de agosto a 21 de setembro

SESSÕES:
Quartas, Quintas e Sextas às 20h | Sábados e Domingos às 16h | Sessões extras às terças

Observação:
Não haverá espetáculos nos dias 13, 20 e 27/08, 09/09 e 20/09.

PREÇOS DOS INGRESSOS:

Plateia VIP: R$ 350,00 (meia: R$ 175,00)
Plateia: R$ 280,00 (meia: R$ 140,00)
Plateia Superior: R$ 250,00 (meia: R$ 125,00)
Frisas: R$ 200,00 (meia: R$ 100,00)
Camarotes: R$ 120,00 (meia: R$ 60,00)

Classificação: 14 anos

Duração:  2h30min (com intervalo de 15min)

Descontos Oficiais:

  • MultiVocê

    • Green: 10% de desconto

    • Silver: 15% de desconto

    • Gold: 20% de desconto no ingresso

    • Não cumulativo

    • Limite de 2 ingressos por CPF

    • Venda pelo app Multi ou presencial

Descontos para Funcionários Multiplan:

  • 10% no ingresso

  • Não cumulativo

  • Limite de 2 ingressos por CPF

  • Venda apenas presencialmente

Meia Entrada:

  • Estudantes

  • Menores de 21 anos

  • Maiores de 60 anos

  • Professores (particulares ou públicos)

  • Portadores do Cartão Cidadão até 29 anos

  • Pessoas com deficiência

Formas de Pagamento:

  • Cartão de crédito ou débito

  • Dinheiro

  • Vale Cultura

  • Pix (somente no site)

  • Boleto (somente no site)

Cancelamentos:

  • O cliente pode cancelar até 48h antes do evento, se estiver a até 7 dias da compra

  • O prazo para reembolso do saque é de 6 dias úteis

  • Compras feitas por cartão de crédito podem ser reembolsadas em até 90 dias úteis, dependendo da fatura

  • O prazo máximo para cancelamento e reembolso em dinheiro é de 30 dias úteis

Pontos de Venda:

  • Bilheteria Física

    • Terça a sábado: das 13h às 21h

    • Domingo: das 13h às 20h

  • Totem de Autoatendimento VillageMall

GERAL

 Seguros com coberturas em vida ganham crescem 8,4%, em 2025, segundo Fenaprevi

Especialista em seguros, Gustavo Queiroga explica que a cobertura ocorre em situações como acidentes, doenças graves e perda de autonomia

O mercado de seguros no Brasil vem passando por uma transformação silenciosa, mas significativa. Se antes a maioria das pessoas contratava seguros pensando apenas em garantir proteção para seus familiares em caso de morte, hoje cresce o interesse por apólices que oferecem coberturas em vida, aquelas que podem ser acionadas ainda durante o curso da vida do segurado, em situações como acidentes, doenças graves e perda de autonomia.

De acordo com relatório elaborado pela Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), os valores arrecadados pelas seguradoras em seguros de pessoas somaram R$ 37,8 bilhões no primeiro semestre de 2025, o que representa um crescimento de 8,4% em relação ao mesmo período de 2024, quando o montante foi de R$ 34,9 bilhões. O dado reforça o movimento de expansão do setor e o crescente interesse dos brasileiros por modalidades que garantam proteção financeira em vida.

O especialista em seguros Gustavo Queiroga explica que as coberturas em vida já são amplamente oferecidas pelas principais seguradoras do país. “As proteções mais comuns incluem diagnóstico de doença grave, renda hospitalar, invalidez, quebra de ossos e cirurgias”, afirma. Segundo ele, essas modalidades vêm se tornando cada vez mais importantes diante da imprevisibilidade da rotina moderna.

Uma das coberturas que mais chama a atenção é a de quebra de ossos, que pode parecer incomum à primeira vista, mas é bastante presente nos contratos. “Muito comum, uma vez que a fratura óssea pode acontecer em qualquer lugar: caminhando, dirigindo, praticando esporte, tomando banho, etc.”, pontua Queiroga. Nesses casos, o seguro garante ao segurado um valor que ajuda a cobrir gastos inesperados, como imobilizações, exames ou até afastamento temporário do trabalho.

Outra cobertura relevante é a de cirurgias, que não se limita a situações emergenciais. “Essa cobertura é extremamente ampla e cobre situações que não são de urgência”, explica. No entanto, o especialista faz uma ressalva: “Existem cirurgias não contempladas, como, por exemplo, procedimentos estéticos ou relacionados à gravidez.”

Em casos mais graves, como perda de um membro ou limitação funcional permanente, a cobertura por invalidez pode ser acionada. “Se aplica quando o segurado tem a perda ou disfunção de um membro ou mais. Para tal, são estipulados parâmetros que definirão quão ampla é a invalidez e se ela será enquadrada na cobertura”, detalha Queiroga.

Outro cenário que merece atenção é a perda de autonomia. Trata-se de uma condição em que o segurado, por conta de uma doença ou acidente, não consegue mais realizar suas atividades diárias sozinho. “A perda de autonomia se dá quando o segurado, por motivo de doença ou acidente, não consegue mais exercer suas atividades rotineiras de maneira autônoma, e passa a depender de um terceiro para tal”, explica. Nessas situações, o seguro garante um valor destinado a cobrir despesas permanentes com cuidadores, ajudantes ou tratamentos contínuos.

Embora as coberturas em vida costumem ser oferecidas como complementares dentro de pacotes mais amplos, é possível contratar seguros com foco específico nessas proteções. “Em geral, não é possível contratá-las de forma totalmente avulsa, mas é muito possível fazer um seguro onde as proteções em vida são a prioridade”, afirma o especialista.

Quem está em busca desse tipo de cobertura deve ficar atento às exclusões previstas em contrato. De acordo com Queiroga, “situações estéticas, situações onde já havia previamente o conhecimento, doenças autoimunes, entre outros”, normalmente não estão cobertas. Ele recomenda a leitura atenta das cláusulas e condições gerais antes da assinatura do contrato.

Indenizações

Sobre o valor das indenizações, ele esclarece que “estes são calculados tomando como base o padrão de receita e despesa do segurado. Afinal, o seguro tem que fazer sentido na vida do mesmo, portanto o valor deve corresponder à sua realidade financeira.”

Uma das coberturas que mais cresce em procura é a renda hospitalar, que funciona como um suporte durante internações. “Essa cobertura é ativada uma vez que o segurado encontra-se hospitalizado por um tempo determinado. O objetivo é injetar liquidez para o mesmo manter seu padrão de vida fora do hospital e manter despesas não cobertas por seu plano de saúde ou SUS (Sistema Único de Saúde)”, explica.

Para quem está contratando esse tipo de seguro pela primeira vez, Queiroga orienta: “Mantenha-se saudável. Faça atividades seguras, não se exponha. Ninguém faz seguro pensando em usar, mas se precisar, é bom ter”.

O avanço dos seguros com cobertura em vida reflete uma mudança de mentalidade entre os consumidores, cada vez mais conscientes da importância de estarem protegidos não apenas para o futuro, mas também para os imprevistos do presente.