sexta-feira, 10 de outubro de 2025

DE OLHO NA BARRA - 36 ANOS...


                   DIA 12 DE OUTUBRO É O ANIVERSÁRIO DO JORNAL           
    36 ANOS DE UM AMOR INCONDICIONAL A BARRA DA TIJUCA!!!

                               MÊS DE ANIVERSÁRIO

Afonso Campuzano

Outubro pode parecer um mês igual a todos os outros. Mas na realidade não é. Pelo menos não para nós do Jornal Cidade da Barra. Porquê mês de aniversário, não tem jeito, é sempre especial. Tem uma alegria diluída no ar… Um gosto de satisfação misturado com dever cumprido que só entende quem um dia ousou acreditar no sonho e conseguiu torná-lo uma realidade, pedaço por pedaço, página por página. Amantes inveterados dessa região, e não poderia ser diferente a cada edição buscávamos revelar problemas, soluções, lugares e pessoas deste mosaico intrigante que forma a alma da cidade da Barra da Tijuca. Conseguimos. Com muito trabalho, ética e bom gosto alcançamos, não a perfeição, mas o ideal. E isso é uma dádiva. Como é tempo de celebrar, essa edição conta com alguns colaboradores. Pessoas que admiram nosso trabalho e por isso estão presentes na nossa festa.

COLUNA ESPAÇO MOTOR

BYD INAUGURA FÁBRICA NA BAHIA E LANÇA MODELO INÉDITO

João Mendes


A BYD
 inaugurou oficialmente a linha de montagem final de veículos em Camaçari (BA). O evento histórico redefine os rumos da indústria automotiva nacional. Em seu discurso o CEO da BYD, Wang Chuanfu, compartilhou a visão que guia a companhia globalmente e sua aplicação no Brasil. "Há 16 anos, criei os 'Três Sonhos Verdes' da BYD: gerar, armazenar e utilizar energia limpa. Decidimos, então, que traríamos nossa tecnologia híbrida plug-in, mas com um motor flex desenvolvido por e para este país. O carro que entregamos hoje ao Presidente Lula é a prova de que a BYD não apenas investe no Brasil, mas cocria com o Brasil soluções únicas para o mundo”

Montado no Brasil, o primeiro carro super-híbrido plug-in com motor flex do mundo é um BYD Song Pro em edição especial e limitada, que homenageia a COP30. Executivos globais e regionais da companhia também estiveram presentes, incluindo Stella Li, Vice-Presidente Executiva Global e CEO da BYD para Américas e Europa; Tyler Li, CEO da BYD Brasil; e Alexandre Baldy, Vice-Presidente Sênior e Head Comercial e de Marketing da BYD Brasil. Localizado na nova Avenida BYD, mudança de nome aprovada na Assembleia Legislativa da Bahia, o complexo já iniciou suas operações. Com capacidade para produzir 150 mil veículos por ano em sua primeira fase e 300 mil na etapa posterior, a fábrica já emprega mais de 1,5 mil colaboradores. Trata-se da maior unidade produtora de veículos elétricos da América Latina e a maior instalação da BYD fora da Ásia. Quando concluído, o complexo realizará a fabricação completa dos principais modelos da marca.

GERAL

 

Não é só lixo: Como o descarte incorreto de vidros alimenta a falsificação de bebidas e coloca vidas em risco

Associação Brasileira de Logística Reversa alerta que o desvio de garrafas inteiras para reuso indevido pode estar ligado aos casos intoxicações e mortes por bebida adulterada

As notícias sobre bebidas adulteradas com substâncias tóxicas, como o metanol, têm crescido e gerado um alerta em todo o país. O que muitos não sabem é que boa parte dessas falsificações acontece em garrafas originais que foram desviadas da cadeia de reciclagem. Segundo a Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD), cerca de um terço das bebidas destiladas vendidas no Brasil são falsificadas, muitas delas utilizando garrafas originais descartadas de forma incorreta. Neste contexto, Saville Alves, presidente da ABELORE (Associação Brasileira de Logística Reversa) a partir de 15 de outubro,  e líder de negócios da startup de impacto socioambiental, SOLOS, alerta para a relação direta entre o descarte de vidro e os riscos à saúde da população.

Por trás de casos de intoxicação e mortes, existe uma ponta bem menos visível, porém decisiva em relação ao problema: o reuso indevido de garrafas de vidro, desviadas do sistema de reciclagem. Para Saville, o descarte incorreto do vidro é mais do que uma falha ambiental — é uma questão de saúde pública. “Toda garrafa jogada no lixo comum acaba se tornando uma oportunidade aberta para o crime. Quando ela sai do ciclo da reciclagem, pode acabar voltando ao mercado em mãos erradas, carregando um risco invisível para quem consome. Por isso é necessário pensar que um gesto tão simples, como descartar corretamente o vidro, possa ser a diferença crucial entre segurança e tragédia”, afirma.

No Brasil, o cenário ainda é desafiador, em 2024, estima-se que apenas 25% das embalagens de vidro tenham sido recicladas, de acordo com a Circula Vidro, entidade gestora da logística reversa do setor. O dado contrasta com o potencial do material, que é 100% reciclável: a cada quilo de vidro coletado, é possível gerar outro quilo de novo vidro, sem perdas no processo.

Quando o cidadão separa corretamente o vidro, ele não apenas impede que o material volte a um ciclo irregular, mas também impulsiona uma rede de impacto positivo. Cada garrafa destinada ao lugar certo ajuda a gerar renda para catadores e cooperativas, fortalece economias locais e mantém viva a engrenagem da economia circular. É um gesto pequeno na prática, mas gigante no resultado: protege vidas, valoriza o trabalho e transforma descarte em oportunidade”, destaca Saville.

Para reduzir os riscos e fortalecer esse ciclo, a ABELORE defende que combater o reuso irregular de garrafas de vidro exige uma logística reversa mais estruturada, transparente e valorizada. Isso passa pela aplicação efetiva da Responsabilidade Estendida do Produtor, com definição clara sobre quem arca com os custos da coleta, triagem e reciclagem. A entidade também destaca a importância da remuneração justa para cooperativas e empresas que prestam esses serviços, reconhecendo-os como parte da cadeia produtiva das bebidas. Para garantir controle e segurança, propõe a adoção de sistemas de rastreabilidade e bancos de dados públicos, capazes de acompanhar as embalagens do consumo à reciclagem. Por fim, reforça a necessidade de fiscalização integrada entre órgãos competentes, auditorias independentes e cruzamento de informações, assegurando transparência, proteção ao consumidor e avanço real da economia circular.

Algumas outras práticas simples podem dificultar o reuso irregular, portanto a participação da população também é essencial para combater o problema.  É ideal que nunca se descarte a tampa junto com a garrafa, colocando cada item em lixos diferentes. Também é importante rasgar ou retirar o rótulo da embalagem antes de jogá-la fora e encaminhar as garrafas para pontos de coleta de vidro ou locais de reciclagem autorizados, visto que, evitar o descarte no lixo comum também ajuda a impedir que elas sejam desviadas para usos indevidos. Sempre que possível, recomenda-se quebrar a garrafa antes do descarte, já que a garrafa inteira tem alto valor para o reuso, enquanto a quebrada segue diretamente para o processo de reciclagem.

“Não basta responsabilizar quem desvia as embalagens. É preciso garantir que cada garrafa tenha um destino rastreável, desde o consumo até a reciclagem, para evitar que volte ao mercado de forma irregular. Nem todas as garrafas reutilizadas acabam em bebidas adulteradas, mas a prática existe e coloca vidas em risco. Assim, o descarte correto se torna além de um ato de responsabilidade social, um meio de interromper esse ciclo e proteger o consumidor”, finaliza a presidente da Abelore. 

CIDADE

 CriaBrasil 2025 transforma o Rio em capital do empreendedorismo e da economia criativa

O festival acontece amanhã e sábado e trará palestras, maratona de impacto e programação diversa para fortalecer o setor que já responde por 5,2% do PIB fluminense

O Rio de Janeiro vai receber, nos dias 10 e 11 de outubro de 2025, no Museu do Amanhã, a 7ª edição do Festival CriaBrasil, maior encontro de economia criativa do país. Realizado pela Criape, com incentivo da Lei do ISS e patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro, o evento reforça a posição da capital fluminense como epicentro da inovação criativa no Brasil. 

De acordo com dados do Observatório da Economia Criativa, o PIB criativo já representa 5,2% da economia estadual, índice acima da média nacional de 3,59%. Só em 2023, o setor movimentou R$393,3 bilhões no país e empregou mais de 1,2 milhão de trabalhadores formais, crescendo o dobro da média do mercado de trabalho.

A programação contará com palestrantes que representam a força da inovação social, da cultura e dos negócios criativos, como Carol Paiffer, CEO da Atom e integrante do Shark Tank Brasil; Alice Freitas, cofundadora da Rede Asta e especialista em empoderamento econômico feminino; Marcos Lucas Valentim, jornalista da Globo e fundador do Ubuntu Esporte Clube; Vitor Roma, CEO da keeggo e especialista em tecnologia e reestruturação de negócios; Obirin Odara, idealizadora da plataforma “Não me colonize”; e Pedro Pirim, cofundador da VOZ Futura.

Além dos palestrantes, o CriaBrasil terá embaixadores que ampliam o alcance da iniciativa e reforçam a diversidade de vozes. Entre eles estão Anderson Marcelo Fernandes, CEO do Delivery das Favelas; Tom Macaveli, ator, comunicador e líder do projeto Brota Vidigal, primeiro espaço de tecnologia dentro de uma favela no Rio de Janeiro; e Milena Sá, criadora do aplicativo Páginas Pretas, que fortalece a economia negra ao conectar consumidores e empreendedores pretos de todo o Brasil.

Para a CEO da Brada (uma das apoiadoras do projeto), Vanessa Pires, receber o CriaBrasil significa reafirmar a vocação histórica do Rio de Janeiro como cidade criativa, com forte produção cultural e capacidade de gerar negócios inovadores. Segundo ela, em um momento em que o Brasil busca diversificar sua economia, a criatividade se coloca como vetor estratégico, e o Rio desponta como palco natural desse movimento. 

Nas edições anteriores, o evento reuniu mais de 25 mil espectadores, 150 palestras e 2.800 empreendedores, além de promover debates, oficinas, vivências artísticas e iniciativas formativas. Em 2025, a programação amplia o compromisso do festival com a diversidade e o protagonismo de comunidades historicamente marginalizadas, com shows, rodas de conversa, exposições e experiências interativas que estimulam a colaboração e o pensamento crítico.

O Festival CriaBrasil acontece nos dias 10 e 11 de outubro de 2025, das 9h às 19h, no Museu do Amanhã, na Praça Mauá, Centro do Rio de Janeiro. O público pode acompanhar as novidades pelo Instagram @festival_criabrasil.

Criatividade com propósito: como Vanessa Pires faz o Rio pulsar economia e inclusão

Da cultura nasce renda. O legado social de Vanessa Pires

Vanessa Pires é uma das vozes mais influentes da economia criativa no Brasil. CEO e fundadora da Brada, ela transformou sua paixão pela cultura em um projeto de impacto que conecta iniciativas sociais e criativas a investidores e fontes de financiamento público. À frente da empresa, Vanessa atua para democratizar o acesso aos recursos das leis de incentivo, ajudando artistas, produtores e empreendedores a transformar ideias em negócios sustentáveis, e criatividade em dignidade.

Com mais de duas décadas de experiência em gestão e captação de recursos, ela consolidou-se como referência no uso estratégico das políticas de fomento à cultura. Seu trabalho já viabilizou centenas de projetos que movimentam economias locais e geram renda para famílias em todo o país. “A cultura é um ativo econômico e social que precisa ser visto como investimento, não como gasto”, costuma dizer.

Vanessa também é idealizadora do Festival CriaBrasil, que chega à sua sétima edição em 2025 como um dos principais encontros de economia criativa do país. Realizado no Rio, o evento reúne artistas, empreendedores, gestores públicos e investidores para debater inovação, diversidade, sustentabilidade e políticas culturais. O CriaBrasil se firmou como uma verdadeira vitrine de boas práticas e um espaço de articulação de ideias que impulsionam negócios criativos e inclusão social.

Além disso, Vanessa comanda o podcast Encontros de Impacto, onde promove conversas sobre ESG, cultura e transformação social. Participante ativa de painéis e conferências, ela também é autora de artigos sobre temas como o Marco Legal dos Games, defendendo políticas que estimulem a inovação e a geração de empregos no setor criativo.

Reconhecida pela imprensa e por seus pares, Vanessa Pires representa uma nova geração de líderes de impacto, profissionais que unem sensibilidade, estratégia e propósito. À frente da Brada, ela tem mostrado que a economia criativa é mais do que um conceito: é um caminho concreto para gerar renda, fortalecer comunidades e reafirmar o papel da cultura como força vital do desenvolvimento brasileiro.