Desembargadores Thiago Ribas Filho e Sergio Cavalieri Filho são homenageados no Tribunal de Justiça do Rio
Desembargadores Thiago Ribas Filho e Sergio Cavalieri Filho são homenageados no Tribunal de Justiça do Rio
Cultivar uma relação de carinho com os alunos, proporcionar acolhimento no ambiente escolar e ensinar a importância do “aprender a aprender” foram os motivos que levaram uma professora de História da rede pública do Rio de Janeiro a fundar sua própria escola. O sonho, que nasceu após uma homenagem recebida de alunos do 9º ano, em meados dos anos 1990, tornou-se um sucesso e referência - não somente no estado, mas em todo o país.
"Estava em uma formatura com a minha filha Maria Carolina na escola onde lecionava. Na época, ela estudava em uma escola particular e percebeu a diferença entre a relação que presenciava em sua escola e o carinho que sempre cultivei com os meus alunos. Minha filha, ao presenciar isso, me disse que na escola dela não tinha ‘aquilo’. Essa fala mexeu muito comigo, voltei para casa refletindo sobre e, foi nesse momento, que eu decidi fundar uma escola que trouxesse acolhimento para os alunos", conta a Professora Maria Cristina Alves.
A Rede Alfa CEM Bilíngue foi criada pela professora de história, Maria Cristina Alves em 1994. Ao longo de três décadas de atuação foi estabelecida uma identidade pedagógica única, centrada na autonomia intelectual e na valorização da capacidade de “aprender a aprender” - que reflete uma filosofia de ensino emancipatória e prepara os estudantes para os desafios de uma sociedade globalizada.
Hoje, a rede está entre as 10 melhores escolas na cidade do Rio de Janeiro, conquistando as 1ª, 6ª, 23ª e 44ª colocações no ranking estadual de desempenho do ENEM 2024, dentre as escolas do mesmo porte, segundo os Microdados ENEM 2024. Além disso, é a única escola do Rio de Janeiro a figurar entre as 10 melhores do Brasil.
"Essa filosofia de ensino exige uma postura ativa de quem aprende. Essa postura pede apropriar-se de um conteúdo, isto é, saber fazer algo, conhecer um assunto. Contudo esse objetivo só pode ser atingido por meio de diferentes técnicas e/ou maneiras de fazer que permitam o aprendizado. Ensinamos não só o assunto, mas a forma de aprender o que quiser", explica.
Além de formada em História pela UERJ, a Diretora-Geral do Colégio Alfa CEM Bilíngue sempre busca o aperfeiçoamento em gestão.. Ao longo das décadas seguintes, junto com seus filhos, ela liderou a expansão da, tornando-a uma Rede composta por oito Unidades, abrangendo bairros como Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Humaitá, Recreio e Tijuca.
Sucessão do negócio
Conforme o tempo passava, a Professora Cristina sentia que precisava pensar no futuro da Rede Alfa CEM Bilíngue. Aos 48 anos, ela recebeu um diagnóstico que mudaria sua vida: câncer de mama. "Foi um período de muita luta, mas também de aprendizado e superação. Enfrentei o tratamento com coragem e, felizmente, venci o câncer", recorda. Isso a fez pensar em quem cuidaria da escola, caso ficasse doente.
Com os anos, os filhos Maria Carolina e Fábio Alves, formados em administração, também se apaixonaram pelo projeto educacional que a mãe criou, apresentando-se a situação adequada para prepará-los para serem sucessores na empresa e na vida, tornando essa ação uma prioridade. Contudo, o processo não foi simples, mas repleto de aprendizados tanto para Maria Cristina quanto para os filhos.
"Um dos momentos mais marcantes foi um dia em que cheguei em uma das nossas escolas e vi um Auxiliar de Supervisão colocando um quadro na parede. Pedi a ele que colocasse em outro lugar, mas ele disse que o meu filho tinha pedido para que fosse naquela parede. Ali, me dei conta que às vezes precisamos nos colocar de lado para que o sucessor possa se posicionar como liderança", comenta.
Hoje, Maria Cristina Alves permanece à frente da Rede Alfa CEdora.M Bilíngue compartilhando a gestão com os filhos e, assim, guiando as novas gerações de alunos e promovendo a inovação no ensino através de metodologias que equilibram conhecimento, habilidades socioemocionais e uso de novas tecnologias. "Já faz mais de 30 anos, mas o meu olho ainda brilha pelos alunos, por ensinar pessoas e não penso em fazer nada além de educação".
Cessar-fogo em Gaza: ajuda humanitária precisa chegar imediatamente
Após mais de dois anos de guerra e 67 mil mortos, necessidades médicas, psicológicas e materiais são imensas
O anúncio da primeira fase do cessar-fogo em Gaza traz um momento de alívio bem-vindo para os palestinos, que se encontram exaustos, famintos e em luto, e um grande alento para as famílias de todos os reféns. Mas isso ocorre após mais de dois anos e mais de 67 mil vidas perdidas.
Embora saudemos o cessar-fogo, ele não marca o fim desse sofrimento terrível — as pessoas em Gaza são deixadas para sobreviver em meio às ruínas do que antes era seu lar, enfrentando imensas necessidades médicas, psicológicas e materiais.
“O sentimento de nossos colegas e das pessoas ao nosso redor é de esperança, muita esperança, desejando que esse pesadelo finalmente termine. E que eles possam ter paz. Possam se recuperar do trauma, tanto físico quanto mental. Mas também há muita incerteza sobre o que vai acontecer, quais serão os próximos passos”, diz Jacob Granger, coordenador de emergências de MSF em Gaza.
O cessar-fogo precisa ser respeitado e mantido, pois é a única maneira de permitir que os cuidados sejam fornecidos na escala que as pessoas urgentemente precisam — algo que era impossível sob o cerco e os bombardeios.
A longo prazo, esperamos que este cessar-fogo conduza a esforços para reconstruir a Faixa de Gaza, incluindo a restauração do sistema de saúde destruído. As necessidades mais básicas continuam a ser urgentes: equipamento médico, medicamentos, alimentos, água, combustível e abrigo adequado para 2 milhões de pessoas que enfrentarão um inverno próximo sem um teto sobre as suas cabeças.
Este cessar-fogo precisa ser acompanhado por um aumento imediato, massivo e duradouro da ajuda humanitária na Faixa de Gaza, incluindo o norte do território.
Instamos as autoridades israelenses a permitirem um fluxo suficiente e desimpedido de assistência humanitária, e a autorizarem evacuações médicas para pacientes que precisam de cuidados especializados urgentes.
Ao mesmo tempo, o mecanismo de coordenação humanitária liderado pela Organização das Nações Unidas (ONU) precisa ser restabelecido, para garantir acesso seguro e imparcial à ajuda humanitária para as pessoas que precisam, onde quer que estejam na Faixa de Gaza.
MÊS DE ANIVERSÁRIO
Afonso Campuzano
Outubro pode parecer um mês igual a todos os outros. Mas na realidade não é. Pelo menos não para nós do Jornal Cidade da Barra. Porquê mês de aniversário, não tem jeito, é sempre especial. Tem uma alegria diluída no ar… Um gosto de satisfação misturado com dever cumprido que só entende quem um dia ousou acreditar no sonho e conseguiu torná-lo uma realidade, pedaço por pedaço, página por página. Amantes inveterados dessa região, e não poderia ser diferente a cada edição buscávamos revelar problemas, soluções, lugares e pessoas deste mosaico intrigante que forma a alma da cidade da Barra da Tijuca. Conseguimos. Com muito trabalho, ética e bom gosto alcançamos, não a perfeição, mas o ideal. E isso é uma dádiva. Como é tempo de celebrar, essa edição conta com alguns colaboradores. Pessoas que admiram nosso trabalho e por isso estão presentes na nossa festa.