TRUMP PREPARA ROTEIRO CINEMATOGRÁFICO
para o ATAQUE MIDIÁTICO à VENEZUELA
Ricardo Labatt
Trump diante de tantos erros, recuos e fracassos, empenhou muito esforço e recursos financeiros em sua ação no Caribe. Agora, com menos de 36% de aprovação e sem conseguir se livrar da Guerra da Ucrânia e dos problemas internos, se vê obrigado a atacar a Venezuela, sob pena de uma desmoralização completa. Porém, os problemas são bem maiores... Afinal, ao que parece até a oposição venezuelana se aproxima de Maduro, motivada pela opinião pública que rechaça a ameaça. Desfavorecendo uma insurgência.
INCONVENIENTES DE UMA INVASÃO
Para o caso de uma invasão, o efetivo movimentado teria que ser, no mínimo, 12 vezes maior. Pois o contingente deslocado para a região não supera os 12 mil homens. O que é insuficiente para enfrentar as forças de defesa.
Além disso, a Venezuela, em território, é duas vezes maior que a Ucrânia. Sendo que boa parte dele é tomado por florestas, onde podem ser escondidos muitos sistemas russos de defesa “S-300”, com alcance de 300 km.
O relevo também favorece a defesa, pois seu litoral é muito semelhante à baixada santista, com uma pequena área ao nível do mar, que expõe as tropas de ataque, prenunciando muitas perdas, diante de ações advindas de áreas montanhosas, como é o caso de São Paulo (capital), em relação a Santos e Praia Grande.
Desta forma, especialistas acreditam que uma invasão estaria descartada, pois caso não fosse resolvida em no máximo 40 dias os EUA estariam encontrando um novo Vietnam e Trump estaria condenando seu governo e comprometendo o próximo.
Vale lembrar que as mesmas dúvidas e divisões de pensamento que existiam no Pentágono na década de 60 sobre o Vietnam, existem hoje sobre a Venezuela. A possibilidade de se começar algo que não se consegue terminar é muito grande.
Aos que quiserem saber sobre o Vietnam, uma das melhores obras é “The Best and a Brightest”, um obra de David Halberstam. Mas existe em português.
UM ATAQUE AÉREO DEVASTADOR
Descartada a invasão, ou mesmo para precedê-la, caso assim o Pentágono decida, restam as alternativas de um ataque avassalador com caças, bombardeiros e mísseis, aliada a ações de sabotagem interna.
Porém, um grande ataque a um País que demonstra não desejar uma guerra pode criar muitos problemas externos. Além do fato de que Rússia e China não deixarão de dar o troco. Entregando à Venezuela coordenadas de satélites das exatas posições das embarcações dos EUA, possibilitando que sejam atingidas. Tal qual os EUA e o Reino Unido fizeram, em favor da Ucrânia, demarcado alvos em embarcações russas no Mar Negro.
Assim sendo, aparentemente Trump terá de optar por um ataque cirúrgico, talvez até avisando à Venezuela onde e quando irá promover essas ações midiáticas para justificar tamanha movimentação, tanto para as demais Nações como internamente, para o povo Norte-americano, que inclusive não quer esse conflito.
Tal atitude não seria diferente da já tomada em diversas ocasiões, tal qual a deste ano no Irã, onde após muita gritaria, através de manobras midiáticas, convenceram os americanos e muitos fãs de seu “poder infinito”, que seus bombardeiros “invisíveis” B2, cruzaram o Irã sem serem detectados e, numa velocidade mínima de sustentação de 300Km/hora lançaram, cada um, duas ou três bombas num buraco de menos de 1 m², destruindo a capacidade iraniana de construir uma bomba atômica e liquidando suas reservas de material radioativo.
Entendam que 300 Km/hora equivalem a 84 metros por segundo. Não é um helicóptero parado. Como fizeram? Jogaram uma pra frente... outra em cima e a terceira para trás?
Os pilotos e o artilheiros eram melhores que Doc Holliday e Wild Bill Hickok... “Believe it or not”... Acredite se quiser!
Descartando a historinha midiática de combate ao tráfico internacional, na realidade o desespero dos EUA é por petróleo. Mesmo que suas refinarias não estejam preparadas para o óleo extra-pesado e ácido venezuelano. Assim precisam tomar o País, conseguir implantar um governo subserviente que lhes entregue o produto beneficiado, o que não parece nada fácil.
Para entenderem com mais clareza o que está sendo dito, convido vocês a assistirem o filme “WEG THE DOG” (abane o cachorro) cujo título no Brasil é: “MERA COINCIDÊNCIA”, estrelado por Robert De Niro e Dustin Hoffman.
https://youtu.be/thdZ_VOlN3I?si=E1wF1lbNzUgCggSj
E o tema musical, como sempre é lindo. Afinal. Nisso eles são muito bons...
https://youtu.be/enH2igVo55U?si=fhtEbV1O-56SbOnP
A produção retrata, de forma bem humorada, de que forma são escolhidos os inimigos dos EUA, os motivos das desavenças, o uso da segurança nacional para manipular a população e até a criação de heróis improváveis, de forma a criar sentimentos e engajamento.
Mostram até como, na grande maioria das vezes, a Casa Branca cria crises fictícias sobre ameaças de terrorismo, sobre o narcotráfico, sobre quem teria a bomba atômica... Sempre usando inverdades para encobrir e dar sustentabilidade a interesses individuais do Governo Norte-americano.
Nos resta aguardar como Trump e o Pentágono irão sair desde imbróglio e fazer o que sempre fizeram através dos tempos: Declarar vitória e sair correndo.
Depois Hollywood se encarrega de criar fantasias e heróis.
.jpeg)
.jpeg)