sexta-feira, 24 de outubro de 2025

ESPORTE

FLAMENGO PODE COMPRAR O MARACANÃ

Ricardo Labatt

Comissão da Alerj o inclui na lista de imóveis

que podem ser vendidos pelo Estado

Por conta da previsão da Lei Orçamentária de 2026, o Rio de Janeiro deve pagar R$ 12,3 bilhões, apenas em serviço da dívida, no próximo ano.


A Aldeia Maracanã e 28 propriedades da UERJ também foram incluídas no projeto de lei enviado pelo Poder Executivo.

A lista de imóveis que o Governo do Estado do Rio de Janeiro pretende vender servirá para a quitação de parte da dívida com a União.

A inclusão foi aprovada, em 22 de outubro deste ano, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembléia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), que alterou o projeto de lei complementar encaminhado pelo Executivo.

A CCJ retirou 16 endereços da relação original e incluiu 30 novos. Com as mudanças, o texto passa a autorizar a alienação de 62 imóveis.

O projeto ainda precisa ser votado no plenário da Alerj, onde poderá receber novas emendas.

Outros bens, a pedidos de deputados foram retirados da lista, tais como:

O Complexo Esportivo Caio Martins, em Niterói;

O Batalhão da Polícia Militar do Leblon;

A Escola de Música Villa-Lobos, no Centro do Rio. 

A Concessão e a situação atual do Estádio Mário Filho


Em setembro de 2024, o Governo do Estado do Rio de Janeiro assinou o contrato de concessão do complexo do Estádio do Maracanã para o Flamengo e o Fluminense, quando venceram a licitação para administrar o local por 20 anos.

O documento determina a outorga anual de R$ 20 milhões ao Governo do Estado.

O contrato também prevê que o consórcio formado pelos dois clubes invista R$ 186 milhões nos próximos 20 anos no espaço.

O Deputado Rodrigo Amorim defendeu a inciativa, argumentando que o Estado precisa se livrar dos custos com o equipamento:

- "Cada vez que o Maracanã abre para um jogo, seja ele qual for, é uma quantia próxima a 1 milhão de reais para acontecer o evento. E não tem sentido a gente ter um elefante branco que o Estado continue bancando. Ou vende o Maracanã, ou faz uma concessão mais longa, enfim, alguma coisa tem que ser destinada. Há um pedido de parte da sociedade para a inclusão do Maracanã, para que seja feita alguma transação comercial ali", disse Amorim.