terça-feira, 27 de maio de 2025

SHOW MUSICAL

 Música e turismo moldam novas oportunidades econômicas para cidades e marcas

Levantamento da 3mais revela música além de trilha sonora, sendo força que move milhões, injeta bilhões em economias locais e redefine destinos ao redor do mundo

Você já ouviu a expressão “gig tripping”? Trata-se do aspecto global das viagens planejadas em torno de shows, festivais e turnês de grandes artistas. Por meio dessa prática, a música não apenas embala trilhas sonoras pessoais, mas move economias, transforma destinos e conecta marcas a experiências culturais inesquecíveis. Esse é o foco da sexta edição do "Jaé Fresh", com o tema “Por que o Turismo Musical é estratégico para as Cidades?” . O levantamento da agência 3mais explora o impacto do turismo musical no cenário mundial, mostrando que grandes eventos, shows e festivais se consolidam como motores de negócios, atraindo milhões de turistas e injetando bilhões em receitas para cidades ao redor do mundo.

Exemplo marcante dessa força, apurado pelo levantamento, foi o show de Lady Gaga, em Copacabana, que reuniu 2,1 milhões de pessoas e injetou R$ 600 milhões na economia do Rio de Janeiro, atraindo mais de 600 mil turistas em um único fim de semana. Esse número reflete o apelo global do artista, bem como o poder dos eventos musicais na revitalização de economias locais, movimentando setores como hotelaria, transporte e comércio.

O turismo musical é uma força econômica global. Os insights da 3mais mostram, por exemplo, que a turnê “Eras Tour”, de Taylor Swift, se tornou a primeira da história a ultrapassar a marca de US$ 1 bilhão em arrecadação, segundo o Banco Central dos Estados Unidos. "Esse montante não é apenas um registro financeiro, mas espelho de como grandes eventos podem estimular economias regionais. Em cidades como Filadélfia (EUA), a turnê foi apontada como fator importante para a recuperação do setor hoteleiro, demonstrando como pode tracionar o crescimento econômico", destaca Rômulo Vieira, gerente de Inteligência e Estratégia de Marca da agência e responsável pelo "Jaé Fresh".

Oportunidades para marcas - Uma análise mostra que esses “turistas” se destacam por seu perfil econômico atrativo. Mais de 50% gastaram, em média, R$ 2,8 mil por viagem, e 77% chegam dois dias antes dos eventos, movimentando hotelaria, transporte e comércio local. Além disso, 80% permaneceram até três dias depois dos shows , ampliando o impacto econômico para além do ingresso. Essa demanda intensa oferece oportunidades valiosas para marcas que desejam se conectar de forma autêntica com os fãs de música.

De acordo com o levantamento, 65% dos internautas, nos mais diversos canais, reparam quais são os patrocinadores das iniciativas. "Sem dúvida, marcas que pensam em estar nessas frentes, devem olhar tais dados com muito carinho. Esses eventos são bons 'laboratórios de experiências' para patrocinadores e anunciantes, que possuem papel essencial nas previsões econômicas de festivais e shows , mas não para por aí. Eles também geram oportunidades de envolvência e entrelaçamento com funções culturais específicas, gerando real atração com os públicos", assegura Vieira.

Economia em expansão no Brasil e no mundo - Com projeções que indicam contribuição de R$ 78 bilhões para a economia mundial até 2032, o turismo musical se posiciona como setor em plena expansão, transformando não apenas as cidades que recebem os eventos, mas a forma como marcas se conectam a essa audiência.

A análise da agência também evidencia como a música pode redefinir geografias e revitalizar economias locais, mesmo em regiões remotas. É o caso, entre outros, do Monegros Desert Festival, que transformou a zona rural de Espanha em destino turístico internacional. Em 2023, o festival reuniu 50 mil pessoas de 90 países, criou 2 mil empregos e lotou hotéis em um raio de 150 quilômetros ao redor da atração. No Brasil, eventos como o Festival de Jazz, na Ilha do Mel (PR), e o Festival Zepelim, em Fortaleza (CE), concentram milhares de turistas anualmente.

“A música também tem sido uma ferramenta poderosa para movimentar os negócios, especialmente nos períodos de baixa temporada ou em regiões fora dos grandes eixos urbanos, ajudando a criar destinos mais vibrantes e emocionantes”, finaliza Vieira.

Principais insights do Jaé Fresh - Como o Turismo Musical Transforma as Cidades?

- A música faz a economia girar. Grandes eventos, shows e festivais tendem a gerar grande retorno de investimento para cidades, marcas e patrocinadores;

- O turismo musical vai além da música e os fãs musicais também programam dias de viagem para turistar, conhecer a cultura local e vivenciar a cidade;

- O gig tripping pode reinventar territórios. Festivais de música têm potencial de transformar lugares remotos em atrações e internacionais de aquecimento na baixa temporada;

- Os fãs de música estão de olho nas ações e ativações das marcas. Elas fazem parte da experiência dos festivais;

- Festivais geram oportunidades de inovação. Além da viabilidade econômica, as marcas são importantes para promover diferentes experiências aos participantes;

- O turismo musical está em expansão, com festivais e shows se tornando terreno útil para o posicionamento das marcas.