quarta-feira, 16 de abril de 2025

CULTURA

Escritora debate com a jornalista Marina Araújo sobre a importância da mediação de conflitos

"Minha vida antes e depois da mediação" tem noite de autógrafos com debate dia 16/4 na Janela LIvraria do Jardim Botânico

A  advogada e mediadora de conflitos Úrsula Freitas sempre esteve envolvida com textos jurídicos até ser provocada por um amigo roteirista que, impressionado com a sua história pessoal e profissional, sugeriu que ela escrevesse um livro. Assim surgiu “Minha vida antes e depois da mediação", que será lançado dia 16 de abril, quarta-feira, às 19h, na Janela Livraria, com uma roda de conversa com a autora e a jornalista Marina Araújo. 

O livro já tem promessa de se transformar em série, pelo próprio roteirista que ajudou a advogada e ficou encantado com toda a sua história de vida - a falta de estrutura familiar, o casamento e a maternidade precoces, -  além de apresentar casos que servem de exemplo de como a comunicação e o diálogo podem ajudar a encontrar uma solução.

- Durante muito tempo, pensei em como poderia ajudar ainda mais as pessoas que vivem em conflito, assim como eu vivi os meus por tantos anos. Neste livro, convido os leitores a refletirem sobre os embates, porque ele vai deixando a gente doente e, se mal administrado, perpetua-se no tempo. O diálogo é uma ferramenta poderosa, só precisamos usá-lo com sabedoria.", afirma a autora.

Há mais de 16 anos auxiliando pessoas a encontrarem soluções consensuais para suas divergências, Úrsula, através de “Minha vida antes e depois da mediação”, desmistifica o papel do mediador e mostra uma alternativa eficaz ao modelo tradicional do Judiciário, muitas vezes desgastante e burocrático.

A obra está dividida em duas partes: O Caos e A Mediação. Na primeira, ela conta um pouco da sua história e do caminho que a levou a trabalhar com mediação de conflitos, primeiro dentro do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e depois como iniciativa privada.  Na segunda parte, ela explica tudo que envolve o trabalho de mediação e os modelos que servem de orientação, baseados em três escolas: o Tradicional-Linear de Harvard - em que o mediador é um facilitador da comunicação para conseguir um diálogo -; o Transformativo de Bush e Folger - que destaca a importância do aspecto relacional -; e, por último, o Modelo Circular-Narrativo de Sara Cobb, que visa permitir diferenciadas conotações e compreensões sobre as ocorrências vivenciadas para a construção de uma outra história. Na segunda parte estão também 15 casos cuidadosamente selecionados pela autora, sempre preservando a identidade dos envolvidos. Úrsula também fala de um novo horizonte, como educadora e do projeto Como Unir Com Ação – CUCA. que tem como objetivo divulgar uma comunicação eficiente que possa contribuir para reduzir conflitos e gerar mais harmonia em um mundo tomado pela não escuta e violência.