A Iguá, concessionária de saneamento básico que atende a região da Barra da Tijuca, Recreio e Jacarepaguá, recebeu nesta terça-feira, dia 18, a licença ambiental para a execução, a partir de novembro deste ano, das obras de dragagem na Lagoa da Tijuca, Lagoa de Jacarepaguá, Canal da Joatinga, Canal de Marapendi e Lagoa do Camorim. Com este projeto, que dura cerca de 36 meses e prevê investimentos de R$ 250 milhões, serão retirados cerca de 2,3 milhões de metros cúbicos de lodo e sedimentos das lagoas em questão. Isso permite o restabelecimento do fluxo de água na região, possibilitando sua oxigenação, bem como as trocas com o mar, importantes para a melhoria na qualidade e renovação da água, reequilíbrio do ecossistema e aumento da biodiversidade.
“A dragagem, em sinergia com os demais projetos da Iguá, colabora diretamente para a revitalização do Complexo Lagunar de Jacarepaguá, que é nossa principal contrapartida ambiental. Fomos além das obrigações e também investimos na recuperação da vegetação nativa da região, com a criação de um viveiro com 40 mil mudas de mangue vermelho. E ainda teremos a expansão da rede de esgotamento sanitário nas áreas irregulares e na implantação dos Coletores de Tempo Seco, outros dois projetos que estão previstos no Contrato de Concessão”, explica Lucas Arrosti, diretor de Operações da Iguá no Rio de Janeiro.
A obra utiliza dois tipos de equipamentos: as dragas de sucção e recalque e as escavadeiras. Com as dragas de sucção, os sedimentos são sugados e direcionados para uma linha de recalque com tubulação, responsável por levar o material por até dois quilômetros. Já a escavadeira funciona como uma escavadeira mecânica dentro da água e é empregado no caso de lagoas com maior quantidade de resíduos sólidos - que poderiam entupir a tubulação do outro tipo de equipamento.
No início do mês, a Iguá recebeu também a licença ambiental para iniciar a execução das obras de implantação de 26 coletores de tempo seco (CTS), que vão contribuir para que o esgoto despejado irregularmente na rede pluvial, não chegue aos corpos hídricos. Em fevereiro deste ano, a dragagem e os CTS receberam do Governo do Rio de Janeiro a Declaração de Empreendimento Estratégico (DEE), que considerou os projetos como prioridade, permitindo a aceleração do processo de licenciamento.
Dragagem em números:
R$ 250 milhões de investimento
2,3 milhões de metros cúbicos de lodo e sedimentos serão retirados
36 meses de duração da obra