A pandemia que vivenciamos traz a seguinte reflexão: Como ficaremos após tudo passar? A arquitetura de interiores, com as restrições de mobilidade urbana e os novos modelos de interação social, vai assumir um papel de liderança nessas mudanças.
À medida que a demanda por saúde, bem estar e qualidade de vida aumentam, a tendência é procurar maneiras de incorporar a arquitetra verde (sustentabilidade) em nossas casas. A arquitetura verde economiza energia, aumenta o valor da sua propriedade, faz bem ao planeta e traz mais conforto promovendo a saúde.
Ao realizar essa reciclagem, automaticamente estará diminuindo o lixo planetário, e, consequentemente, empregará materiais que não mais exalam vapores tóxicos e que têm a durabilidade já testada. Você deve sempre considerar o impacto ambiental que os produtos e materiais têm em todo o ciclo de vida. Em outras palavras, quanto dano foi causado ao meio ambiente pelo cultivo, colheita, fabricação e transporte desse produto. Quanto menos impacto, melhor para o meio ambiente. Não se esqueça da longevidade dos materiais também. Você quer ter certeza de que o que será usado para construir sua cozinha durará muito tempo. Agora vamos falar do projeto. Uma cozinha sustentável depende de muitas decisões e elas ultrapassam a escolha dos armários e eletrodomésticos. O projeto da sua cozinha deve ser pratico e funcional, ao criar um espaço ergonômico e conectado aos usuários no plano emocional. Alem disso, você não precisa sacrificar a cor em prol da sustentabilidade. Você pode usar cores nas suas bancadas, paredes e pisos para dar mais estilo e personalidade à nova cozinha. Primeiramente, é necessário entender qual é a sua principal função no núcleo familiar. Urge considerar qual será a funcionabilidade da cozinha, como por exemplo, uma cozinha aberta, uma que permita que duas ou mais pessoas cozinhem ao mesmo tempo, ou uma cozinha que comporte frituras e refogados. Pode ser uma cozinha integrada a sala, ou independente. Um design de conceito aberto pode funcionar se você precisar interagir com a sala ou receber com frequência. O conceito de horta urbana pode ser adicionado criando um senso suplementar de sustentabilidade. Quanto aos aspectos da eficiência energética, eles concentram-se principalmente em torno da escolha dos seus aparelhos e da iluminação escolhida. A máquina de lavar louça, a geladeira, o forno, as torneiras, a iluminação precisam ser eficientes em termos do consumo de energia. Os aparelhos que você escolher deverão necessariamente ter a classificação do selo PROCEL. Trata-se de uma forma de orientar o consumidor na hora da compra, indicando quais produtos apresentam os melhores níveis de consumo de energia. Uma máquina de lavar classificada “A” pode economizar, em custos de energia, até R$ 150,00 reais/ano. E mais, pode deixar de consumir cerca de 10.000 litros de água ao longo de sua vida útil. A iluminação deve ser com lâmpadas de baixo consumo de energia (LED). Em média, a iluminação com LEDs dura por 55.000 horas, ou seis anos, consumindo apenas entre seis e oito watts. São grandes diferenças quando comparamos os mesmos fatores em outros tipos de lâmpadas, como a incandescente e a fluorescente. A arquitetura verde pode fazer uma grande diferença ao ser considerada no projeto de sua cozinha. Decisões como implantar uma horta hidropônica, fazer a compostagem dos restos de alimentos, reciclar as embalagens propiciam mais qualidade de vida e ajudam a diminuir a quantidade de lixo residencial. Vivemos em comunidades, logo ao remodelar sua cozinha assegure-se de levar em consideração a origem, os verdadeiros custos de produtos e materiais, suas necessidades ao fazer o projeto, a eficiência energética e principalmente os impactos na sua saúde e na qualidade de vida de todos quando tomar decisões.