Segundo
Gabriela Grijo, do Laboratório Mattos e Mattos, no caso de ingestão da água, os
consumidores devem utilizar somente água mineral e deve-se ter precaução quanto
ao seu uso para atividades domésticas diversas
Com
a grave crise na qualidade da água distribuída para a cidade do Rio de Janeiro
e municípios da Baixada Fluminense, que gerou um aumento expressivo no número
de casos de diarreia, gastroenterite e vômitos, e relatos de uma água barrenta,
com cor e gosto de terra, o uso da água mineral como fonte imediata de consumo
vem tendo crescimento exponencial.
A
Companhia Estadual de Água e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE) afirmou que
uma substância chamada geosmina, que é produzida por algas, é uma das
responsáveis por essa crise hídrica e pela mudança na cor da água.
Segundo
Gabriela Grijó, analista de qualidade do Laboratório
Mattos e Mattos, devido à degradação das matas ciliares que ficam
em torno das margens do Rio Guandu, há uma perda significativa da capacidade de
infiltração da água do solo, decorrente do alto grau de precipitação das águas
da chuva da estação e, consequentemente, o escoamento superficial de partículas
que diminuem a qualidade da água.
“Isso
resulta no desiquilíbrio do ecossistema como temos visto no decorrer da semana.
Não se pode oferecer àgua à população sem o mínimo de qualidade. Sintomas como
dores abdominais, diarreia e vômito têm relação estreita com o consumo de água
infectada”, avalia.
Gabriela
alerta que, no caso de ingestão da água, os consumidores devem utilizar somente
água mineral e, quanto ao seu uso para atividades domésticas diversas, deve-se
tomar algumas precauções.
“A
utilização de filtros nas torneiras, higienização de caixas d’águas e cisternas
com os devidos sanitizantes e proporções adequadas quando tiverem, realizar a
cloração da água após a higienização do reservatório e a utilização de água
fervida são procedimentos de suma importância “, explica.
A solução da água mineral
Muitas
pessoas têm optado pela compra de água mineral comercial como forma de remediar
a crise hídrica vigente, tendo uma alternativa segura. De acordo com a
especialista, é preciso estar sempre atento à qualidade da água e, nesse
contexto, a água mineral surge como grande aliada.
“Além
de hidratar com qualidade, ela também carrega uma série de minerais que
contribuem para o equilíbrio e bom funcionamento do organismo com qualidade”,
destaca,
Gabriela,
no entanto, pontua que são necessários cuidados para a aquisição de uma água de
origem industrial, como a mineral, com gás, ou sem gás.
“O primeiro cuidado é conferir se a
distribuidora é licenciada pela Vigilância Sanitária. Outro tipo de cuidado é
com relação a manutenção da qualidade da água mineral adquirida, devendo haver
a higienização das bombonas que comportam os galões de água mineral antes da
ingestão”, enfatiza.
De
acordo com a especialista do Laboratório Mattos e Mattos, doenças oriundas por
ingestão de água contaminada “surgem quando a água não passa por tratamentos de
limpeza e de purificação que eliminem micorganismos que contaminam a água. A
contaminação pode acontecer pelo contato direto com esgoto, enchentes, devido à
ingestão acidental de água contaminada ou através do consumo de alimentos
cozinhados ou lavados com águas poluídas.
Para
Gabriela, a garantia da qualidade da água é relativa, pois deve-se avaliar
vários fatores que comprovam essa garantia à população, como a certificação da
empresa fornecedora, a transparência de laudos que comprovam que seus parâmetros
exigidos na Portaria de Consolidação nº 5 /2017 estejam dentro do previsto,
etc.
O Grupo
O
Laboratório Mattos & Mattos, fundado há 60 anos, oferece serviços de
consultoria e análise de água, ar e alimentos. Atua também na área
hospitalar, em treinamentos e capacitação técnica, contribuindo para
a implantação de boas práticas de fabricação.