Por que os
casamentos acabam?
A ABC News fez
uma interessante matéria com a Dra. Elizabeth Ochoa, PhD, conselheira
matrimonial e psicóloga-chefe do Beth Israel Medical Center, em Nova York, para
avaliar que eventos da vida podem levar ao divórcio e o que se pode fazer para
proteger o relacionamento.
O primeiro
evento é quando um dos cônjuges fica doente. Um estudo recente da Universidade
Estadual de Iowa, Estados Unidos da América, descobriu que as taxas de divórcio
foram 6% maiores entre os relacionamentos em que as esposas tinham uma doença
como câncer, doença cardíaca ou doença pulmonar. As taxas de divórcio não
aumentaram quando os maridos estavam com problemas de saúde.
Outro estudo da
Universidade Estadual de Ohio descobriu que os homens que estão desempregados
têm maior probabilidade de deixar suas esposas e também são mais propensos a
serem deixados por suas esposas. E, certamente, a perda de um emprego por ambos
os parceiros pode causar estresse em relação a dinheiro, segurança e
responsabilidades que podem se transformar em insatisfação conjugal. Qualquer
coisa que cause uma mudança nas finanças, horários ou como gastar seu tempo
pode ser difícil para um casamento, incluindo um novo emprego.
Em um estudo
publicado no Journal of Family Psychology, dois terços dos casais
experimentaram uma queda na satisfação conjugal nos primeiros três anos de
nascimento do bebê. Nenhuma novidade.
Uma pesquisa da
Universidade da Califórnia mostrou que casais com uma menina primogênita
divorciavam cerca de 5% mais do que casais que tinham um menino primogênito. E
se observar os casais com três filhas, essa diferença salta para 10%. Os
pesquisadores analisaram dados de mais de três milhões de adultos no Censo dos
EUA.
Especula-se que
o menino desperte no homem a necessidade de se ter uma referência masculina
para o filho, reforçando o vínculo do casal. Por outro lado, uma menina gera
uma carga menor para a mãe, o que talvez explique que, nos Estados Unidos, 73%
dos divórcios teve iniciativa das mulheres.
Um estudo da
RAND Corporation sobre famílias de militares descobriu que o risco de divórcio
entre os militares alistados estava diretamente relacionado ao tempo que eles
ficaram separados por causa do serviço militar. Os veteranos de guerra também
devem se ajustar à vida como civis e podem ainda sofrer de transtorno de
estresse pós-traumático. E os casais que decidem morar temporariamente
separados por outras razões, como trabalho, não enfrentam os mesmos problemas.
Em outro estudo
junto a 1700 casais casados e que foi publicado no Journal of Couple &
Relationship Therapy, pesquisadores da Universidade de Brigham Young e da
Universidade William Paterson descobriram que os casais em que um ou ambos os
parceiros tinham como prioridade obter ou gastar dinheiro eram muito menos
propensos a ter casamentos satisfatórios e estáveis.
A pesquisa
mostrou que o materialismo estava associado à menor maturidade emocional dos
cônjuges. O materialismo também estava ligado a uma comunicação menos eficaz,
níveis mais altos de conflito negativo, menor satisfação no relacionamento e
menos estabilidade no casamento.