As doenças
cardiovasculares são as que mais matam no mundo e o Brasil não foge dessa
estatística. Apenas em 2017, segundo à Sociedade Brasileira de Cardiologia,
cerca de 43 pessoas morreram por hora no país devido às complicações
cardiovasculares. E para alertar a população sobre os perigos dessas doenças,
foi criado o Dia Nacional de Controle do Colesterol (08 de agosto), já que ele
está entre as principais causas das patologias cardiovasculares e, na maioria
das vezes, age de forma silenciosa.
É importante destacar que o colesterol na quantidade certa é
fundamental para garantir o bom funcionamento do corpo. No entanto, quando a
taxa fica alterada, pode levar a sérias complicações ao paciente.
O cardiologista da Unicor Macaé, dr. Matheus Sigiliano Carneiro,
explicou que há dois tipos de colesterol:
o bom e o mau. “O LDL, mau
colesterol, se deposita na parede das artérias e leva à formação da placa de
gordura que causa obstrução ao fluxo sanguíneo. O HDL, ou bom colesterol,
retira o colesterol ruim da parede do vaso e o leva para o fígado, onde é
metabolizado”, explicou. O excesso de colesterol ruim no sangue pode causar
sérias complicações cardiovasculares, como o infarto agudo do miocárdio e o
acidente vascular cerebral (derrame) isquêmico.
A nutricionista ortomolecular e funcional Cinthia Melo, também da Unicor Macaé, destacou a importância de hábitos saudáveis para manter o nível de colesterol controlado.
“A boa alimentação é fundamental. O paciente deve
comer mais frutas, vegetais, alimentos ricos em fibras, dar preferência às
carnes grelhadas, cozidas ou assadas, evitar alimentos de origem animal
gordurosos e frituras. Além disso, as pessoas devem manter os hábitos
saudáveis, como fazer exercícios regularmente, para garantir uma melhor
qualidade de vida”, destacou.
O médico enfatizou que em alguns casos é necessário controlar o
colesterol com medicamentos, mas só a ingestão dos remédios não é suficiente, é
preciso mudar os hábitos. “Não fumar, reduzir o estresse e manter a pressão
arterial estável são fundamentais para diminuir os riscos das doenças
cardiovasculares”, reforçou.
Dr. Matheus finalizou ressaltando que a dislipidemia, ou seja, a
alteração dos níveis de gorduras no sangue pode ser de causa genética, por isso
os pacientes que possuem histórico familiar de doenças cardiovasculares devem
ter atenção redobrada para essas patologias.