Concerto faz parte da série Música de Câmara na Cidade
das Artes e também fará homenagem aos 70 anos do compositor Ronaldo Miranda
Heitor
Villa-Lobos é, sem dúvida, um dos maiores compositores do século XX. Com sua
genialidade e patriotismo, o compositor rompeu grandes barreiras na música de
concerto, colocando a cultura e o folclore brasileiros em evidência no mundo
através de suas obras. Sendo violoncelista, Villa-Lobos sabia como poucos
escrever para o instrumento. Seu principal ciclo de obras, as Bachianas
Brasileiras, possui grande destaque para o violoncelo. As Bachianas de números
1 e 5, por exemplo, foram escritas somente para grupos de violoncelos.
Paralelamente à ‘era Villa-Lobos’, a música popular brasileira também se
desenvolve grandemente no século XX, com o surgimento da modinha, do choro, do
samba, tendo seu auge na bossa nova.
No projeto “Do
clássico à bossa nova”, o Duo Santoro pretende mostrar, através da fusão incomum
entre violoncelos, harmônica e percussão, esses dois lados da música
brasileira: o erudito, com destaque à homenagem os 70 anos do grande compositor
Ronaldo Miranda; e o popular, com a sofisticação do samba e da bossa nova.
Único duo de
violoncelos em atividade permanente no Brasil, o Duo Santoro, formado pelos
irmãos gêmeos Paulo e Ricardo Santoro, completa 28 anos de existência em 2018,
com dois CDs lançados dedicados à música brasileira erudita e popular, já tendo
realizado concertos por todo o Brasil, na República Dominicana e no Carnegie
Hall de Nova York, com obras compostas especialmente para o Duo pelos mais
importantes compositores brasileiros.
Na percussão,
o Duo Santoro conta com o sotaque brasileiro de Ana Letícia Barros, professora
de percussão e de música de câmara da Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro, já tendo ministrado aulas em diversas universidades nacionais e
internacionais, tais como University of Georgia, Eastman School of Music e New
York University.
Chamado de David
Oïstrakh da harmônica pelo crítico francês Oliver Bellamy e comparado aos
músicos Andrés Segovia e Mstislav Rostropovich por sua atuação no
desenvolvimento e divulgação de seu instrumento pelo crítico Luiz Paulo Horta,
José Staneck tem um estilo próprio onde elementos tanto da música de concerto
quanto da música popular brasileira e do jazz se fundem a serviço de uma
sonoridade e expressividade marcantes.
A busca do
novo a cada dia, a procura de diferentes sonoridades e de novas formas de
expressão: esta é razão para a formação deste inusitado quarteto. É exatamente
esta fusão de estilos que aproxima os quatro artistas, numa verdadeira conversa
musical valorizada pela riqueza tímbrica que resulta dos sons dos violoncelos
com a harmônica e com a percussão, em concertos sempre com lotação máxima de
público.
05/05, sábado – Cidade das Artes - Teatro de Câmara - 20 horas - Av. Ayrton Senna, 5300 - Barra - Informações: 3328-5300 - R$40,00 (inteira), R$20,00 (meia-entrada) - Duração: 90 minutos em média
Classificação: Livre