“A Instituição será maculada, violentada e conspurcada
diante da leniência de todos aqueles que não pensam, não questionam, não se
importam, não se manifestam”
Gen Marco Antonio Felicio da Silva
O afastamento dos chefes militares da cúpula do poder,
com a criação do MD, moeda de troca política e entregue a incapacidade de
civis, incluso de corruptos, como demonstram os anos de sua existência, se deu
por pressão externa. Um grande erro, pois, vivemos contexto, histórico, social,
político, econômico e militar, diferente de qualquer outra nação e não podemos
dispensar, embora a existência de regime democrático, da atuação política das
Forças Armadas por meio de seus chefes.
Há anos que os comandantes das Forças Armadas (FFAA)
convivem amistosamente e em silêncio obsequioso com diferentes chefes e
autoridades de governo, independentemente de políticas espúrias que tentam
impor à Nação, da corrupção intensa e do aparelhamento ideológico que permeiam
os poderes da República.
Jamais opinando quanto aos graves problemas de toda ordem
que envolvem o País, incluso sobre aqueles que colocam a Segurança da Nação em
risco e que atingem diretamente a existência de um Estado Democrático de
Direito.
Dessa forma, chegamos, hoje, à inaceitável situação,
desesperadora para uma Nação que as FFAA têm a obrigação constitucional de
tutelar.
TUTELAR, sim, isto é, proteger , defender, como ensina
qualquer bom dicionário.
Assim, renovando as esperanças dos patriótas civis e
militares, da Ativa e da Reserva, ouvimos a recente palestra do Gen de Exército
Mourão, cujo preparo, coragem moral e liderança militar são inegáveis.
Traduziu a voz da maioria da população e de militares,
asseverando a necessidade de uma intervenção militar caso o caos em que vivemos
se torne pior do que já o é, findando com a sangria da Nação, estupefata e
insegura, efetuada por enorme e poderosa quadrilha que do governo se apoderou.
Contra Ele se levantou a totalidade dos idiotas
esquerdopatas que levaram o País ao fundo do poço e aqueles que compõem tal
quadrilha, principalmente de políticos e empresários, tentando desmoraliza-lo,
mostrando-o como indisciplinado e golpista. E, assim, o fazem para salvar a
própria pele.
O Gen Mourão, disciplinado e leal ao Comandante do
Exército, reafirma a necessidade da ação legal da Força ao agir, da
legitimidade que tem para tal, visto o imenso apoio da população, e que não
seja causadora de qualquer instabilidade, o que é o obvio ululante, como diria
o saudoso Nelson Rodrigues. Quanto a ser isenta, têm as FFAA um só
partido: A Nação brasileira e os que defendem os
interesses nacionais.
O General Mourão, ciente da responsabilidade da defesa da
soberania da Nação, homem inteligente, informado e preparado intelectualmente, sabe
também, que os poderes republicanos estão apodrecidos, dirigidos e dominados
por reconhecidos bandidos. Já não funcionam harmonicamente e a grande maioria
da população já não se vê, por eles, representada.
O Executivo tem Presidente ilegítimo, Cmt em Chefe das
FFAA, acusado pelo Procurador Geral da Republica como chefe de organização
criminosa. As discussões e ações, intra e entre poderes, são tumultuadas, e os
problemas de natureza estratégica do País estão relegados ao esquecimento.
Decisões são tomadas irresponsavelmente, mesmo as que afetam a Segurança
Nacional.
O sentimento de insegurança é crescente, o desemprego
continua alarmante. O deficit fiscal é impressionante.
Inteligente, o Gen Mourão nâo pode acreditar na
reconstrução do País pela corja que aí está. A atual Constituição tem que ser
substituida por outra privilegiando mais deveres do que direitos, consentânea
com o caráter nacional. Impunidade zero bem como nula a tolerância com
criminosos.
O próprio Comandante do Exército afirmou que o País está
a deriva.
Assim, o discurso do Gen Mourão não pode ser considerado
uma novidade.
Os principios sensíveis do Poder Republicano estão
corrompidos, o que torna a intervenção das FFAA constitucional e obrigatória,
independentemente da ordem de qualquer Poder.
As aproximações sucessivas já terminaram com o insucesso
da intervenção das FFAA contra o crime organizado no Rio de Janeiro.
E terminaram ao mesmo tempo em que se inicia, fortemente,
o solapamento da legitimidade das FFAA, característica que não podemos perder a
qualquer custo, por culpa de um Ministério da Defesa politizado.
INTERVENÇÃO JÁ !!!!!!!!