Fim
de ano combina com festas, fartura, encontros e animação. É um período que
muitas pessoas reservam para descansar do dia a dia, colocar a vida em ordem,
refletir e aproveitar os momentos em família e com amigos. Por outro lado, o
mês de dezembro é um mês estressante para os trabalhadores: fechamento de meta,
balanço nas empresas, projetos e planejamentos para o próximo ano.
Um
estudo realizado pela Universidade da Califórnia, que analisou 53 milhões de mortes
do coração que ocorreram nos EUA entre 1973 e 2001, mostrou um maior número de
mortes entre os meses de dezembro e janeiro, com picos durante o Natal e Ano
Novo.
“As
emoções e os hábitos relacionados a esta época do ano têm efeito direto no
coração, principalmente para aqueles que já têm propensão às doenças
cardíacas.
Este fenômeno tem até uma expressão nos Estados Unidos,
chamado de Holiday Heart Syndrome, que representa o conjunto de fatores que
podem desencadear problemas de coração e até um ataque cardíaco nesta época do
ano”, afirmou o cardiologista da Unicor Macaé, Matheus Sigiliano
Carneiro.
O
cardiologista João Alexandre Farjalla, também da Unicor Macaé, destacou que o
excesso de bebida alcoólica e comida estão diretamente ligados a esses índices.
“É muito comum durante o plantão de Natal recebermos pessoas com quadro de
síncope e arritmia. As pessoas abusam, bebem e comem mais que o normal e acabam
prejudicando o coração”, explicou.
Um
outro problema enfrentado nesta época do ano são as fortes emoções. Muitas
pessoas se reencontram, se reconciliam, brigam, se obrigam a ser felizes quando
na verdade não estão e todas essas emoções influenciam na saúde do coração.
Para isso, o cardiologista Matheus dá a dica: “É melhor pensar em todas as coisas
boas que o ano de 2015 ofereceu, tirar lições dos problemas e receber 2016
cheio de alegrias, com pensamento positivo e boas expectativas”, concluiu.