— Uma lei aprovada na Câmara
Municipal permitiu que a prefeitura negociasse com os proprietários dos
terrenos onde será construído o parque. Essa região é o pulmão do Recreio e da
Barra, com grande potencial de lazer, que precisava ser preservado — explicou o
prefeito.
A implantação do parque
tornou-se possível com a aplicação do mecanismo chamado Operação Urbana
Consorciada, aprovada em dezembro de 2013 pela Câmara Municipal. A prefeitura
negocia com os proprietários a Transferência do Potencial Construtivo para
outra área equivalente em metros quadrados, na Barra da Tijuca, recebendo em
troca a doação do terreno. Os ex-proprietários têm ainda que recuperar os danos
ambientais causados nos últimos anos, com replantio de 18 mil metros quadrados
de vegetação nativa.

— Esse é um passo importante
porque vamos garantir a manutenção do ecossistema entre bairros que cresceram
muito nos últimos anos. Em breve, os frequentadores terão orgulho desse
ambiente — garantiu o secretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Alberto
Muniz.
A primeira etapa da obra vai
garantir a instalação de 1.500 metros de ciclovias e trilhas compartilhadas,
com piso de saibro, 85 bicicletários, 52 bancos, 18 mesas e brinquedos
infantis, todos construídos em madeira. Os adeptos do vôlei terão 5,5 mil
metros quadrados de quadras de areia e cerca de 1,4 mil metros quadrados de
quadras gramadas. A escolha de matérias como saibro, areia e grama atende a um
dos conceitos de parque natural, que prioriza a utilização de materiais
permeáveis.
Fotos: J.P.Engelbrecht