Qual é a diferença que você vê neste homem com uma medalha no peito, para
este outro de azul fazendo humor?
Nenhuma! Pois este Homem com uma medalha no peito chama-se Geraldo Freire
de Castro Filho e o de azul, é um comediante simplesmente conhecido como
Castrinho
Homem com H maiúsculo, de personalidade e moral ilibada, Castrinho recebeu esses atributos já no Colégio Militar e, dali, para a carreira de sucesso na televisão brasileira. Castrinho já trazia no sangue a vontade de ser ator, pois era um comediante nato.
Geraldo Freire de Castro Filho, recebeu hoje a Medalha Pedro Ernesto, uma
justa e honrosa homenagem.
Também enveredou por diversas áreas profissionais e na gastronomia teve reconhecido
sucesso com o seu restaurante Castrinho
& Amici.
Em julho de 1995, com texto de Deborah Lannes, Cidade da Barra fez esta matéria com ele: NA ARTE DE
FAZER AMIGOS – Quem o conhece entende melhor porque dizem que a vida é a arte
de fazer amigos. Este “jovem”, mais conhecido como Castrinho, passou a vida
cultivando amizades. Por causa delas, viu seu caminho sendo modificado a cada
instante em que o destino queria lhe pregar uma peça. A maioria permanece, até
hoje, forte e sincera,
- Faço questão de cultivar estas
amizades, que já duram anos – conta.
Atualmente, Castrinho tem se dedicado ao ramo empresarial. Abriu
recentemente um restaurante especializado em comida italiana no Via Parque. E o
nome da casa não poderia ser mais apropriado: Castrinho & Amici. Uma justa
homenagem aos amigos que sempre estão por perto.
- Converso com todos de mesa em
mesa. Gosto desse clima aconchegante e descontraído – diz.
Com certeza muitos desses amici se lembram do menino Castrinho “aprontando”
no Colégio Militar, onde estudou por sete anos. Foi lá que o humorista deu os
primeiros passos na sua carreira de ator, participando de várias peças
realizadas na escola. Certa vez, um crítico de teatro o viu em cena. Daí para
os grandes palcos foi um pulo.
Em meados de 59,aos 18 anos, o ator dava início à sua carreira no Teatro
Jardel com a peça “O Brasil é nosso”.
Um ano depois, estreava na TV Rio, onde conheceu os atores Paulo Celestino,
Ari Leite, Valter D’Ávila, Antônio Carlos e o saudoso Vagareza.
Neste início ele teve a oportunidade de trabalhar com o diretor Carlos Manga
no programa “Chico Anísio Show”, uma espécie de primeira versão da Escolinha do
Professor Raimundo. Em seguida, passou para a TV Excelsior, para depois
ingressar na TV Globo.
Em 87, o ator resolveu experimentar outros caminhos, e abriu seu primeiro
restaurante, no Largo do Machado. Cinco anos depois inaugurava o Távola do
Castrinho, no Leblon. Tudo ia bem, mas um imprevisto o aguardava. Seu pai, o
pintor Geraldo Castro faleceria em 93. No mesmo ano sua mãe operou um tumor na
cabeça. Os acontecimentos abalaram Castrinho, que passou dois anos de sua vida
em recolhimento.
- Me “ostrei” – resume.
E foi nesse momento de crise que os amigos do Colégio Militar voltaram
resgatando o ator de volta para a vida. Com o novo restaurante na Barra,
funcionando a todo o vapor, Castrinho promete muitos projetos pela frente.
- Este bairro tem tudo a ver comigo.
Adoro a Barra e quero abrir mais um restaurante aqui – planeja.
Os amici, certamente, estarão lá.