Os profissionais de educação da rede estadual e da rede municipal do Rio vão realizar uma paralisação unificada na próxima quinta-feira, dia 8 de agosto. A paralisação é um protesto contra os baixos salários e as más condições de trabalho das escolas públicas.
No
dia 8 de agosto, as escolas municipais do Rio farão uma paralisação de 24
horas, com uma assembleia na sede do América Futebol Clube (Rua Campos Sales
118 – Tijuca), às 10h, na qual a categoria irá decidir pela entrada ou não da
rede municipal em greve.
A
prefeitura do Rio de Janeiro anunciou essa semana que dará apenas 6,75% de
reajuste salarial para os servidores municipais. Com isso, o piso do magistério
passa de R$ 1.147,10 para R$ 1.224,53 (P II de 22,5 horas semanais), um
reajuste bem abaixo do que os profissionais de educação da rede municipal
reivindicam: 19%.
Veja
como a categoria chegou à proposta de 19%: segundo dados da prefeitura, a
previsão atualizada (fevereiro 2013) da receita corrente líquida da cidade do
Rio de Janeiro é de R$ 18 bilhões. Ou seja, 12% a mais do que 2012. Por isso,
reivindicamos um reajuste de 19% (12% de aumento da receita + 7% de inflação).
A
respeito do reajuste de 6,75%, o chefe da Casa Civil, Pedro Paulo, afirmou à
imprensa que este é o "salário possível", esquecendo que a prefeitura
teve 12% a mais de receita em 2013, comparada com o ano passado, o que
possibilitaria um reajuste bem maior do que o concedido. Desde o início do ano,
o Sepe tenta discutir com a prefeitura a questão salarial, mas não houve
resposta por parte do Executivo.
Veja o que a rede municipal do Rio reivindica:
1
- reajuste salarial de 19%;
2-
plano de carreira unificado;
3
- 1/3 da carga horária para planejamento;
4
- fim da meritocracia.
Rede estadual também vai parar em agosto
Os
profissionais das escolas estaduais também vão parar por 24 horas no dia 8 de
agosto para lutar pela derrubada do veto do governador Sérgio Cabral ao artigo
do Projeto de Lei 2.200, que garante uma escola para cada matrícula das
professores da rede estadual. Também faz parte das reivindicações da categoria
a garantia do cumprimento do 1/3 da carga horária para planejamento dos
professores, como determina a Lei do Piso Nacional.
A
categoria também protesta contra a proposta da Secretaria de Estado de Educação
(SEEDUC) de instituir um percentual de 20% de aulas não presenciais para os
alunos. A proposta, claramente, é uma tentativa do secretário Wilson Risolia de
maquiar a carência de profissionais na rede.