Intolerância, desânimo e fraqueza são alguns dos sintomas
Ramon Tadeu
O estresse é um problema que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), afeta 90% da população mundial. Ele também é um dos principais fatores que causam o famoso cansaço. O esgotamento causado pela fadiga ou exaustão resulta na falta de fôlego do ser humano, o que pode interferir em uma vida saudável. Esse quadro implica em desânimo, canseira, fraqueza e mal-estar, como se as energias tivessem sido sugadas.
Partindo desse problema, o mestre em Ciências Médicas Claudio da Silva Carneiro elaborou um estudo, em dissertação acadêmica de pós-graduação, que analisa as causas, os sintomas e os efeitos que essa doença possui, e suas implicações na qualidade de vida das pessoas afetadas.
Segundo Claudio, o primeiro passo é descobrir a causa da exaustão. Ela pode ser um tipo de doença orgânica, uma estafa relacionada com o descontrole dos componentes químicos do corpo, uma irregularidade dos nutrientes ingeridos que não chegam às células, uma qualidade de sono ruim que, devido ao acúmulo de ácido lático não eliminado à noite, acarreta dores musculares, ou até mesmo o estresse.
O lado emocional também é afetado. De acordo com o estudo, as pessoas se tornam mais intolerantes, cínicas e irônicas. Isso é uma forma que o cérebro encontra para afastar aquilo que traz mais problemas e preocupações. Porém o preço é a dificuldade de inserção social e a queda de produtividade no trabalho ou na escola. A depressão e a ansiedade são associações muito frequentes e podem também influenciar nos sintomas do cansaço e na sensação de mal-estar.
Mudanças saudáveis do estilo de vida podem ser úteis. Os especialistas recomendam uma dieta equilibrada, o uso moderado de álcool, exercícios regulares de acordo com a condição física, hábitos regulares de sono, técnicas de relaxamento, e a manutenção do equilíbrio emocional para controlar o estresse e melhorar a qualidade de vida.