Luan Seixas
O ritmo acelerado de crescimento do número de igrejas que chama a atenção dos cariocas agora se comprova por números oficiais. Nada menos que um templo surgiu no Rio a cada semana, de janeiro de 2000 a julho de 2008. Estudo feito pelo Observatório de Conjuntura Urbana da Secretaria municipal de Urbanismo mostra que, nesse período de um a oito anos, a prefeitura concedeu 124 licenças a ordens religiosas para que fossem construídas, legalizadas ou instaladas igrejas em imóveis anteriormente com outro uso.
A expansão dos templos se acentua no subúrbio e na Zona Oeste, especialmente em bairros localizados nas regiões administrativas de Campo Grande, do Méier e de Madureira. Mas áreas nobres da cidade não permanecem incólumes. Há dois meses, por exemplo, a Avenida mais famosa da Barra, a Olegário Maciel, parece que está prestes a ganhar um templo. O prédio que fica ao lado do Unibanco, na Avenida, tem apresentado grande movimentação de pessoas.
Contudo, uma grande surpresa para os moradores do Jardim Oceânico, além da possível igreja na Olegário, é a chegada de uma na Rua John Kennedy. Uma antiga casa, com aproximadamente 150 metros quadrados, já se tornou igreja.
O Jornal Cidade da Barra foi conhecer quem está administrando a nova igreja na Rua John Kennedy. Uma filial da Igreja Assembleia de Deus, ministério São João, de São Paulo, se instalou na casa. O pastor João Nascimento é o responsável que adquiriu o imóvel. Ele está coordenando cultos as segundas e sextas às 19h30min e aos domingos às 19 horas.
Segundo Nascimento, em São Paulo, são outras cinco igrejas da mesma matriz, a Assembleia de Deus, ministério São João. "Não estamos preocupados com o movimento da casa. Queremos que cada vez mais pessoas venham conhecer e sejam ‘chamadas’ a participar do culto. Não me preocupo com o número de fiéis", afirmou o pastor.
A proliferação dos templos é facilitada pela legislação. A Constituição federal destaca que os templos estão isentos de pagamento de impostos.
Entre os benefícios concedidos pelo estado, a isenção de ICMS e IPVA estão como as principais. Tramitam ainda na Assembleia Legislativa projetos isentando os templos de taxa de incêndio e estabelecendo a alíquota mínima de energia elétrica para as igrejas.
Para o filósofo evangélico Marcelo Almeida, há um fenômeno de comunicação que explica a proliferação das igrejas:
"Elas mantêm um diálogo com a sociedade, que tem necessidades emocionais e espirituais as mais diversas. A grande crise que a Igreja Católica viveu foi a questão da comunicação, da liturgia: missas em latim, distanciamento do discurso com os anseios e as necessidades populares. As igrejas evangélicas encontraram maneiras de se comunicar", contou.
A expansão dos templos se acentua no subúrbio e na Zona Oeste, especialmente em bairros localizados nas regiões administrativas de Campo Grande, do Méier e de Madureira. Mas áreas nobres da cidade não permanecem incólumes. Há dois meses, por exemplo, a Avenida mais famosa da Barra, a Olegário Maciel, parece que está prestes a ganhar um templo. O prédio que fica ao lado do Unibanco, na Avenida, tem apresentado grande movimentação de pessoas.
Contudo, uma grande surpresa para os moradores do Jardim Oceânico, além da possível igreja na Olegário, é a chegada de uma na Rua John Kennedy. Uma antiga casa, com aproximadamente 150 metros quadrados, já se tornou igreja.
O Jornal Cidade da Barra foi conhecer quem está administrando a nova igreja na Rua John Kennedy. Uma filial da Igreja Assembleia de Deus, ministério São João, de São Paulo, se instalou na casa. O pastor João Nascimento é o responsável que adquiriu o imóvel. Ele está coordenando cultos as segundas e sextas às 19h30min e aos domingos às 19 horas.
Segundo Nascimento, em São Paulo, são outras cinco igrejas da mesma matriz, a Assembleia de Deus, ministério São João. "Não estamos preocupados com o movimento da casa. Queremos que cada vez mais pessoas venham conhecer e sejam ‘chamadas’ a participar do culto. Não me preocupo com o número de fiéis", afirmou o pastor.
A proliferação dos templos é facilitada pela legislação. A Constituição federal destaca que os templos estão isentos de pagamento de impostos.
Entre os benefícios concedidos pelo estado, a isenção de ICMS e IPVA estão como as principais. Tramitam ainda na Assembleia Legislativa projetos isentando os templos de taxa de incêndio e estabelecendo a alíquota mínima de energia elétrica para as igrejas.
Para o filósofo evangélico Marcelo Almeida, há um fenômeno de comunicação que explica a proliferação das igrejas:
"Elas mantêm um diálogo com a sociedade, que tem necessidades emocionais e espirituais as mais diversas. A grande crise que a Igreja Católica viveu foi a questão da comunicação, da liturgia: missas em latim, distanciamento do discurso com os anseios e as necessidades populares. As igrejas evangélicas encontraram maneiras de se comunicar", contou.