Ao ler uma reportagem sobre a primeira reunião global de Saúde Mental promovida pelo OMS (Organização Mundial de Saúde) em Atenas, na Grécia afirmando que a depressão se tornará o mais grave problema de saúde nos próximos 20 anos, superando mesmo as doenças cardiovasculares e o câncer, confesso que fiquei preocupada.
Hoje, no Brasil, já especula-se que aja em torno de 18% da população com depressão (dados da OMS). Em meu consultório recebo muitos pacientes com queixas de depressão. A depressão é uma doença, mas devemos ter atenção no diagnóstico para não confundí-la com sentimentos naturais do ser humano, assim como tristeza, luto, amargura e etc, distinguindo-a de possíveis doenças clínicas como hipotireoidismo, anemia e etc, sendo assim, necessário a busca de tratamento especializado para um diagnóstico fidedigno. É relevante fazer uma distinção de quando se trata de uma depressão provocada por causas existenciais com repercussões psicológicas, ou por causas endógenas, neurobiológicas, em cujo caso existe uma importante influência hereditária e são casos que, em geral, respondem muito bem a medicação antidepressiva e um tratamento psicológico.
1-Qual a diferença entre Depressão e Tristeza?
Tristeza consiste em uma relação normal à perda ou a um evento que não corresponda às expectativas prévias. É um sentimento natural e traz benefícios se o sujeito conseguir refletir para tirar um aprendizado das experiências ruins, já a depressão por sua vez é um transtorno mental ligado a um distúrbio da química cerebral, caracterizado por uma tristeza crônica e perda importante de interesse em atividades que antes eram prazerosas.
2- A depressão pode variar?
Sim. A gravidade do transtorno depressivo é bastante relativa, porquanto ele varia de caso a caso, em um espectro que vai desde um grau leve, ou moderado, como por exemplo: um indivíduo continua trabalhando, porém com um enorme desgaste, sem motivação, com todas suas funções ficando lentas, como é a perda da libido, indisposição para qualquer compromisso social, etc. E até um grau que pode ser severo ou extremamente grave, com sério risco de suicídio.
3-Existem critérios para diagnosticar depressão?Sim. Depressão é uma doença, e possui critérios específicos de diagnóstico.Segundo o DSM-IV para ser diagnosticado com depressão o individuo deve apresentar humor deprimido ou perda de interesse ou prazer por quase todas as atividades, por pelo menos duas semanas consecutivas, mais 4 dos sintomas descritos a seguir:
-Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do tempo; - Anedônia: interesse diminuído ou perda de prazer para realizar as atividades de rotina;-Sensação de inutilidade ou culpa excessiva;-Dificuldade de concentração: habilidade freqüentemente diminuída para pensar e concentrar-se;- Fadiga ou perda de energia;-Distúrbios do sono: insônia ou hipersônia praticamente diárias;-Problemas psicomotores: agitação ou retardo psicomotor;-Perda ou ganho significativo de peso, na ausência de regime alimentar;-Idéias recorrentes de morte ou suicídio. 4-Existe depressão na infância e adolescência? Sim. Qualquer criança ou adolescente pode ficar triste, mas o que caracteriza os quadros depressivos nesse período de desenvolvimento é o estado persistentemente irritado, tristonho ou atormentado que compromete as relações familiares, as amizades e a performance escolar.
5-É comum pais depressivos, filhos também terem depressão?
Ter um dos pais com depressão aumenta de 2 a 4 vezes o risco da criança. O quadro é mais comum entre portadores de doenças crônicas como alguns portadores de diabetes, epilepsia ou depois de acontecimentos estressantes como a perda de um ente querido. Negligência dos pais ou violência sofrida na primeira infância também aumenta o risco.É muito importante que os pais estejam esclarecidos sobre a doença, seus sintomas, causas, provável evolução e as opções medicamentosas e também tratamentos terapêuticos para tratar a depressão em adolescentes.
6-Existe idade que possa iniciar uma depressão?
Pode começar em qualquer idade, entretanto existem estudos que indicam que a maioria dos casos tem seu início entre os 20 e os 40 anos. Tipicamente, os sintomas se desenvolvem no decorrer de dias ou semanas e, se não forem tratados, podem durar de seis meses a anos. 7-Alguns medicamentos de uso continuado pode causar depressão?
Sim, Podem provocar quadros depressivos. Entre eles estão os anti-hipertensivos, as anfetaminas (incluídas em diversas fórmulas para controlar o apetite), os benzodiazepínicos, as drogas para tratamento de gastrites e úlceras, os contraceptivos orais, cocaína, álcool, antiinflamatórios e derivados da cortisona.
8- O que devemos fazer quando acharmos que o sintoma que estamos sentindo é depressão?
Caso sinta-se deprimida procure, inicialmente um clínico geral para a realização de exames necessários, após a análise dos resultados, o clinico o encaminhará para o psiquiatra e principalmente para um tratamento psicológico. Nunca devemos utilizar medicamentos por conta própria.
Hoje, no Brasil, já especula-se que aja em torno de 18% da população com depressão (dados da OMS). Em meu consultório recebo muitos pacientes com queixas de depressão. A depressão é uma doença, mas devemos ter atenção no diagnóstico para não confundí-la com sentimentos naturais do ser humano, assim como tristeza, luto, amargura e etc, distinguindo-a de possíveis doenças clínicas como hipotireoidismo, anemia e etc, sendo assim, necessário a busca de tratamento especializado para um diagnóstico fidedigno. É relevante fazer uma distinção de quando se trata de uma depressão provocada por causas existenciais com repercussões psicológicas, ou por causas endógenas, neurobiológicas, em cujo caso existe uma importante influência hereditária e são casos que, em geral, respondem muito bem a medicação antidepressiva e um tratamento psicológico.
1-Qual a diferença entre Depressão e Tristeza?
Tristeza consiste em uma relação normal à perda ou a um evento que não corresponda às expectativas prévias. É um sentimento natural e traz benefícios se o sujeito conseguir refletir para tirar um aprendizado das experiências ruins, já a depressão por sua vez é um transtorno mental ligado a um distúrbio da química cerebral, caracterizado por uma tristeza crônica e perda importante de interesse em atividades que antes eram prazerosas.
2- A depressão pode variar?
Sim. A gravidade do transtorno depressivo é bastante relativa, porquanto ele varia de caso a caso, em um espectro que vai desde um grau leve, ou moderado, como por exemplo: um indivíduo continua trabalhando, porém com um enorme desgaste, sem motivação, com todas suas funções ficando lentas, como é a perda da libido, indisposição para qualquer compromisso social, etc. E até um grau que pode ser severo ou extremamente grave, com sério risco de suicídio.
3-Existem critérios para diagnosticar depressão?Sim. Depressão é uma doença, e possui critérios específicos de diagnóstico.Segundo o DSM-IV para ser diagnosticado com depressão o individuo deve apresentar humor deprimido ou perda de interesse ou prazer por quase todas as atividades, por pelo menos duas semanas consecutivas, mais 4 dos sintomas descritos a seguir:
-Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do tempo; - Anedônia: interesse diminuído ou perda de prazer para realizar as atividades de rotina;-Sensação de inutilidade ou culpa excessiva;-Dificuldade de concentração: habilidade freqüentemente diminuída para pensar e concentrar-se;- Fadiga ou perda de energia;-Distúrbios do sono: insônia ou hipersônia praticamente diárias;-Problemas psicomotores: agitação ou retardo psicomotor;-Perda ou ganho significativo de peso, na ausência de regime alimentar;-Idéias recorrentes de morte ou suicídio. 4-Existe depressão na infância e adolescência? Sim. Qualquer criança ou adolescente pode ficar triste, mas o que caracteriza os quadros depressivos nesse período de desenvolvimento é o estado persistentemente irritado, tristonho ou atormentado que compromete as relações familiares, as amizades e a performance escolar.
5-É comum pais depressivos, filhos também terem depressão?
Ter um dos pais com depressão aumenta de 2 a 4 vezes o risco da criança. O quadro é mais comum entre portadores de doenças crônicas como alguns portadores de diabetes, epilepsia ou depois de acontecimentos estressantes como a perda de um ente querido. Negligência dos pais ou violência sofrida na primeira infância também aumenta o risco.É muito importante que os pais estejam esclarecidos sobre a doença, seus sintomas, causas, provável evolução e as opções medicamentosas e também tratamentos terapêuticos para tratar a depressão em adolescentes.
6-Existe idade que possa iniciar uma depressão?
Pode começar em qualquer idade, entretanto existem estudos que indicam que a maioria dos casos tem seu início entre os 20 e os 40 anos. Tipicamente, os sintomas se desenvolvem no decorrer de dias ou semanas e, se não forem tratados, podem durar de seis meses a anos. 7-Alguns medicamentos de uso continuado pode causar depressão?
Sim, Podem provocar quadros depressivos. Entre eles estão os anti-hipertensivos, as anfetaminas (incluídas em diversas fórmulas para controlar o apetite), os benzodiazepínicos, as drogas para tratamento de gastrites e úlceras, os contraceptivos orais, cocaína, álcool, antiinflamatórios e derivados da cortisona.
8- O que devemos fazer quando acharmos que o sintoma que estamos sentindo é depressão?
Caso sinta-se deprimida procure, inicialmente um clínico geral para a realização de exames necessários, após a análise dos resultados, o clinico o encaminhará para o psiquiatra e principalmente para um tratamento psicológico. Nunca devemos utilizar medicamentos por conta própria.
*Tatiana Hartz - Psicóloga Clínica, Membro da Associação Brasileira de Psicoterapia Cognitiva – ABPC, Membro da Associação de Psiquiatra do Estado do RJ- APERJ, Especialização em Terapia Cognitiva Comportamental, Perita Judicial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Pós Graduando em Psicologia Jurídica e Psicóloga Assessora da Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado Federal – CPI de combate à Pedofilia.
Contato: thpsicologia@ig.com.br
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