quarta-feira, 15 de outubro de 2025

CIDADE

 Zona Norte do Rio tem seguro de carro 70% mais caro que na Zona Sul

Capital fluminense lidera ranking de preços de seguro no país, segundo estudo da TEx - parte da Serasa Experian.

O Rio de Janeiro segue como a capital com os seguros mais caros do Brasil. Segundo o IPSA + IPSM — Índice de Preço do Seguro de Automóvel e Moto, levantamento da TEx – parte da Serasa Experian, em setembro a Zona Norte registrou 7,8% do valor do carro no seguro auto e 17,3% no de moto. Já a Zona Sul teve os menores índices da cidade, com 4,6% e 13,7%, respectivamente – uma diferença de 70% no seguro de carro e 26% no de moto.

Na média da região metropolitana, os índices também são os mais altos do país: 6,7% para automóveis e 14,5% para motos. Isso representa mais que o dobro dos valores registrados em cidades como Belém, que apresentou 3,6% e 6,4%, respectivamente.

"A variação entre as zonas do Rio é um reflexo direto das condições de risco de cada região. A Zona Norte, por exemplo, tem maior densidade veicular e volume de sinistros, o que pressiona os preços. Já a Zona Sul apresenta um perfil mais estável e menor exposição ao risco", analisa Emir Zanatto, Head de Seguros da Serasa Consumidor.

Apesar dessas variações locais, o mercado nacional mostra sinais de equilíbrio. Em setembro, o seguro de automóveis (IPSA) caiu para 5,1%, menor valor em 12 meses. O de motos (IPSM) recuou de 9,7% para 9,6%, mantendo a diferença entre os dois segmentos em 4,5 pontos percentuais.

Outros fatores também influenciam o valor do seguro:

  • Seguro novo é mais caro: 6,5% no auto e 10,2% no de moto, frente a 4,3% e 7,1% nas renovações com a mesma corretora.
  • Jovens de 18 a 25 anos seguem como os que mais pagam: 8,6% no seguro auto e 15,4% no de moto. Condutores com mais de 56 anos pagam menos: 4,3% (carro) e 6,9% (moto).
  • Homens solteiros apresentaram os maiores índices: 6,5% (auto) e 11,4% (moto).
  • Carros com 6 a 10 anos de uso chegam a 7,1%, enquanto os zero km têm 3,1%.
  • Veículos com valor entre R$ 31 mil e R$ 50 mil apresentam o maior índice: 8,6%, frente a 3,0% em modelos acima de R$ 150 mil.

"Esses indicadores nos ajudam a compreender os múltiplos fatores que impactam o preço do seguro, para além da localização. Com essa inteligência, podemos trabalhar com corretores para desenhar ofertas mais eficazes, realistas e acessíveis", complementa Zanatto.