Inadimplência de aluguel no Rio de Janeiro registra segunda queda seguida em agosto, aponta Índice Superlógica
- Índice traz ranking das regiões com maior taxa de inadimplência de aluguel
- Índice de inadimplência de aluguel no Rio de Janeiro ficou em 3,79% no período, ante 4,02% no mês anterior
- A região Sudeste registra taxa de inadimplência de 3,62%, abaixo da média nacional de 3,76% no período
- Criado para apoiar imobiliárias em decisões estratégicas, índice analisa dados anonimizados de mais de 900 mil clientes
- A taxa de inadimplência de aluguel no Rio de Janeiro registrou a segunda queda seguida, saindo de 4,02% em julho para 3,79% em agosto, com variação de 0,23 ponto percentual. No comparativo com o mesmo período de 2024 (3,88%), houve uma retração de 0,09 ponto percentual. Apesar da queda, o índice no estado está acima da média nacional, de 3,76%. Os dados são do Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica, principal plataforma de soluções tecnológicas e financeiras para os mercados condominial e imobiliário no país.
O Índice de agosto aponta que, na capital Rio de Janeiro, a taxa de inadimplência é menor do que em todo o estado, com 3,52%, uma diferença de 0,27 ponto percentual - é a primeira vez que a Superlógica traz o dado de inadimplência da capital do estado. Nos bairros, os dados apontam que o Centro, Freguesia e São Cristóvão são os mais inadimplentes, com médias de 4,34%, 4,21% e 4,20%, respectivamente. No ranking das zonas, a central tem maior taxa (3,73%), seguida pela Oeste (3,38%), Norte (3,35%) e Sul (1,33%).
Segundo Manoel Gonçalves, Diretor de Negócios para Imobiliárias do Grupo Superlógica, “a queda na inadimplência de aluguel no Rio de Janeiro é um sinal positivo, indicando que algumas famílias estão conseguindo retomar o controle financeiro. Entretanto, a taxa ainda permanece acima da média nacional, o que mostra que os desafios orçamentários continuam presentes. Por isso, é fundamental acompanhar as projeções de inflação e juros, pois qualquer aumento pode pressionar ainda mais o orçamento das famílias e dificultar o pagamento do aluguel nos próximos meses.”
Em agosto, a região Nordeste continuou liderando o topo do ranking, com uma taxa de inadimplência de 4,94%, leve crescimento de 0,03 ponto percentual ante aos 4,91% de julho. A região Norte teve um aumento de 0,16 ponto percentual de julho para agosto e agora ocupa o segundo lugar com 4,64%, enquanto o Centro-Oeste teve uma queda significativa de 0,78 ponto percentual e passa ao terceiro lugar, com 3,90%. O Sudeste aparece em seguida, com taxa de 3,62% - aumento de 0,11 ponto percentual em comparação com julho -, e o Sul com 3,31% - a menor taxa do país, apesar de crescimento de 0,12 ponto percentual entre julho e agosto.
O levantamento revela ainda que em relação ao tipo de imóvel, na região Sudeste, a taxa de inadimplência de apartamentos caiu de 2,68% em julho para 2,51% em agosto, ficando abaixo da média nacional de 2,58%; e a de casas subiu de 3,78% para 4,19%, abaixo da média nacional de 4,27%. Já os imóveis comerciais registraram 4,99% de inadimplência, acima dos 4,80% do mês anterior. No país, a média foi de 5,20% no mesmo período.
No cenário nacional, a inadimplência em imóveis residenciais na faixa de aluguel acima de R$ 13.000 continua em alta, desde junho de 2024, com uma taxa de 7,02% em agosto, e 6,02% em julho. Os imóveis residenciais na faixa de aluguel de até R$ 1.000 também registraram nova alta, saindo de 6,14% em julho para 6,32% em agosto, um aumento de 0,18 ponto percentual. A taxa de inadimplência de imóveis de R$ 2.000 a R$ 3.000 e de R$ 3.000 a R$ 5.000 foram semelhantes, sendo 2,36% e 2,34%, respectivamente.
Já em relação aos imóveis comerciais, a faixa até R$ 1.000 continua com a maior taxa e segue em crescimento, de 7,98% em julho para 8,41% em agosto, um aumento de 0,43 ponto porcentual. A menor taxa foi na faixa de R$ 2.000 a R$ 3.000, de 4,42%.
“O índice mostra que a inadimplência é maior nas faixas extremas de aluguel, tanto nos imóveis de alto padrão quanto nos de menor valor, refletindo diferentes desafios financeiros. Já nas faixas intermediárias, os dados seguem mais estáveis, o que indica um equilíbrio maior entre a renda dos locatários e o valor dos aluguéis, tanto no mercado residencial quanto comercial”, avalia Gonçalves.