sexta-feira, 26 de setembro de 2025

COLUNA ESPAÇO MOTOR

TESTANDO A ROYAL ENFIELD SHOTGUN 650

João Mendes



Andei na motocicleta Royal Enfield Shotgun 650 que foi nominada A Moto do Festival Moto Brasil 2025. Ela é uma “naked” com estilo retrô inspirada num design custom, estilo também denominado como “bobber”, e pode ter a configuração de um assento, dois assentos ou a “tourer” com bagageiro. Seu motor é bicilíndrico, 4 tempos, SOHC, refrigeração a ar, com 47 cavalos de potência, 5,3 Kgfm de torque e o câmbio é de 6 velocidades com embreagem assistida e deslizante. A suspensão dianteira é a já consagrada invertida e na traseira dois amortecedores com regulagem de pré-carga. Os freios possuem ABS tanto na roda dianteira como  traseira. Seu tanque tem capacidade para 13,8 litros e ela faz aproximadamente 22 km/l de gasolina o que dá uma autonomia aproximada de 300 km. A iluminação é em LED e o painel é misto, parte analógica e parte digital, com Tripper Navigation que é um aplicativo que transfere para o painel da moto, através do Bluetooth, as informações da rota marcada no Waze, por exemplo. É uma moto gostosa de andar, a posição de dirigir é ótima no trânsito do dia a dia, boa característica de uma Naked, possui um ronco agradável que não incomoda, não vibra muito, tem uma ciclística certa, o painel tem boa visibilidade, os espelhos retrovisores tem bom alcance e a altura do banco (79,5 cm do solo) favorece quem tem pouca estatura.



Não gostei do banco que achei muito duro o que não chega a incomodar em pequenos trechos mas ficando muito tempo em cima dessa moto se percebe mais. Também não gostei da posição das pedaleiras, muito largas, batendo nas canelas quando se vai manobrar a moto usando a força das pernas. Para que as pedaleiras não acertem as canelas é preciso fazer essas manobras com as pernas bem abertas o que não é muito confortável. O melhor é o preço, a Royal Enfield Shotgun começa em R$33.990. Ótima relação custo benefício e isso tem acelerado as vendas do modelo.