Memorial às Vítimas do Holocausto abre inscrições para seu primeiro seminário sobre educação e memória
Evento que acontece nos dias 18 e 19 de outubro é voltado para professores, educadores e pesquisadores interessados no tema
Instituição também lança podcast sobre os desafios que até hoje atingem grupos que foram perseguidos pelo regime nazista
O Instituto Odeon abre hoje as inscrições para o I Seminário de Educação e Direito à Memória, que acontece nos dias 18 e 19 de outubro com atividades presenciais de 9h às 18h, no Memorial às Vítimas do Holocausto, no Rio de Janeiro. Com o objetivo de estimular a reflexão entre memória, educação e os Direitos Humanos, e compartilhar experiências e saberes, o evento é voltado para professores da rede pública e privada de ensino, educadores em museus e espaços culturais, educadores populares, agentes culturais e outros pesquisadores interessados pela temática. As inscrições podem ser feitas através deste link: https://forms.gle/
“Queremos cada vez mais consolidar o Memorial do Holocausto como espaço dedicado não somente à preservação da memória, como também em um ambiente rico para trocas e reflexões caras à sociedade. Com essas questões em mente, idealizamos a primeira edição deste Seminário que aborda uma temática que dialoga perfeitamente com o espaço e com todo o pensamento de programação que temos construído. Estamos buscando cada vez mais trazer propostas inéditas e conteúdos exclusivos para o Memorial. Nesse sentido, lançamos recentemente o podcast Diálogos Contemporâneos, que é uma extensão dessa missão ampliando ainda mais as possibilidades de aprendizado e de conversas para outros formatos”, explica Carlos Gradim, diretor presidente do Instituto Odeon.
Nesta primeira edição, o Seminário vai reunir palestrantes de diferentes áreas como escritores, psicólogos, museólogos, professores, pesquisadores e jornalistas, convidados para liderarem e mediarem mesas de debates. Já no primeiro dia, a abertura do seminário vai receber a curadora e diretora-presidente do Museu da Pessoa, Karen Worcman, para uma conversa sobre o papel da memória e das narrativas na construção do futuro. Filha de imigrantes judeus cujos avós paternos fugiram da 2° Guerra Mundial, ela vai levantar questões sobre como a preservação da memória pode auxiliar na projeção de um futuro igualitário. A programação também conta com um debate com a psicóloga e professora Sofia Débora Levy, sobre as marcas geracionais causadas pelo Holocausto. Encerrando o dia, haverá uma mesa sobre a cultura material e os espaços de memória social, onde o professor Bessa Freire e o museólogo Vinícius José pretendem iniciar um diálogo sobre quais são os espaços de memória e como eles se consolidam.
No dia 19, o evento começa com a palestra “Todas as histórias contadas aqui são reais: o papel da educação midiática no combate à desinformação”, com Mariana Ochs. Designer, jornalista e especialista em tecnologias na educação, ela busca explorar o papel da criatividade na educação e o uso ético e fortalecedor das mídias como forma de participação plena na sociedade. A agenda segue com duas oficinas práticas, a primeira sobre a conservação de objetos e a segunda sobre escrita criativa, que vai convidar os participantes a pensar no processo de externalização da memória. O encerramento contará com uma apresentação cultural.
“O Memorial às Vítimas do Holocausto é muito mais do que um equipamento cultural da cidade do Rio de Janeiro. Ele é uma ferramenta pedagógica que nos possibilita olhar para o passado para compreender pensamentos e comportamentos que devemos combater no nosso momento presente. Por isso, estamos trazendo essa proposta de um seminário que fala sobre o papel da educação, e da pessoa educadora, na preservação da memória. O objetivo é criar um espaço de compartilhamento e de formação continuada para os profissionais que atuam na educação e cultura”, explica Wesley Ribeiro, coordenador do educativo do Memorial.
Sobre o Memorial do Holocausto
Desde a sua idealização e implementação, o Memorial às Vítimas do Holocausto está comprometido em trabalhar o Holocausto pela ótica pedagógica, com o intuito de evitar a repetição de preconceitos e discriminações. Além disso, as pessoas que passam por aqui são incentivadas a refletir sobre a importância dos direitos humanos, da democracia e, principalmente, do respeito à diversidade e ao pluralismo. O MVH é contra qualquer tipo de violência.
O Memorial é gerido pela parceria entre a Associação Cultural Memorial às Vítimas do Holocausto e o Instituto Odeon e, atualmente, é viabilizado pelo Ministério da Cultura, via Lei de Incentivo à Cultura, Lei Rouanet.
Para mais informações sobre o Instituto Odeon:
Gabriela Murad – gabriela.murad@atomicalab.com.