quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

PET

Supermercados registram ruptura de 15,3% em janeiro




Segundo dados da Neogrid, ovos de aves foi o produto de menor disponibilidade no período, com 20,6% de ruptura

O Índice de Ruptura da Neogrid, indicador que mede a ausência de produtos nas gôndolas dos supermercados brasileiros, chegou a 13,8% em dezembro de 2023 e 15,3% em janeiro de 2024. O número, apontado pelo ecossistema de tecnologia e inteligência de dados que desenvolve soluções para a gestão da cadeia de consumo, segue a média do mesmo período dos anos anteriores.

Para Robson Munhoz, diretor de Customer Success da Neogrid, a ruptura que costuma acontecer em janeiro é um movimento natural por conta das festas de final de ano e o período de férias coletivas na indústria: “A indústria volta das férias de final de ano no começo de janeiro e daí o ciclo de pedidos, faturamento e entrega começam a acontecer, fazendo com que a ruptura seja maior em janeiro, comparada a outros meses.”. 

Munhoz também destaca que há um comportamento, em especial nas capitais brasileiras, de êxodo em janeiro para o litoral e, por isso, os supermercados dessas cidades não investem tanto em estoque, ao passo que os estabelecimentos das localidades que recebem esses turistas aumentam a dinâmica de reposição. 

De acordo com o estudo da Neogrid, o produto com menor disponibilidade nas gôndolas no período foi o ovo, com 20,6% de ruptura nos dois meses, ante uma média de 14% em dezembro de 2022 e janeiro de 2023. A falta do item nas prateleiras ocorreu mesmo com o aumento de 3,7% no preço do produto em janeiro ante dezembro, conforme levantamento feito pela Horus – marca Neogrid que analisa dados de consumo incluindo preços, produtos, marcas, categorias, volume e presença no ponto de venda.

Apesar do aumento de preço registrado neste janeiro, desde agosto de 2023 o preço dos ovos vem caindo, contribuindo para a ruptura ao longo dos últimos seis meses. 

Altas temperaturas influenciam os hábitos de consumo

2023 foi considerado o ano mais quente da série histórica no Brasil, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM). A temperatura ficou 0,69°C acima da média entre os anos de 1991/2020. Para 2024, a perspectiva é de que permaneça alta pelo menos até abril em razão do fenômeno climático El Niño. 

A partir de outubro de 2023, a temperatura média ultrapassou os 26°C e, desde então, é possível notar no levantamento da Neogrid uma crescente  ruptura dos refrigerantes que atingiu 14,3% em janeiro de 2024 - quase 6% a mais do que no mesmo mês do ano passado. De acordo com a Horus, a elevação do preço médio por litro do produto foi de 8,8% em janeiro em relação ao valor praticado em dezembro, fazendo o litro do refrigerante custar, em média, R$ 6,66