Alergia a pets - é possível conviver com a condição?
Medidas de prevenção e uso de produtos de tratamento permitem ambiente saudável para pets e seus tutores
Segundo dados do Censo Pet do Instituto Pet Brasil (IPB), o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking mundial de países com maior número de animais de estimação. O território conta com 149,6 milhões de companheiros, sendo que 58,1 milhões são cães. Contudo, surge uma contradição diante do dado de que cerca de 30% da população brasileira possui algum tipo de alergia. A informação da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), confere um dilema, uma vez que parte dessas condições é desencadeada por pets. Nesse cenário, como é possível tê-los no lar?
Julinha Lazaretti, bióloga e cofundadora da Alergoshop, marca pioneira na comercialização de produtos hipoalergênicos no país pontua que sim. “Atualmente, com os cuidados necessários e o uso dos produtos corretos para a prevenção de crises, é possível criar um ambiente saudável para o convívio de pets e seus tutores”, explica.
A especialista reforça que, após a identificação da alergia, é fundamental adaptar o espaço de convívio, assegurando a saúde dos tutores e seus bichinhos. Com isso, a probabilidade de crises se reduz, já representando um avanço significativo.
Como identificar?
Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas frequentemente incluem espirros, coceira nos olhos, tosse, congestão nasal e erupções cutâneas. Quando expostas a alérgenos provenientes de pelos ou saliva de animais, as pessoas alérgicas podem experimentar desconforto significativo. Para determinar se uma alergia a animais está presente, é aconselhável procurar a orientação de um médico alergologista. Testes cutâneos e sanguíneos específicos podem ser realizados para identificar a presença de anticorpos específicos para alérgenos animais, ajudando a confirmar a causa das reações alérgicas.
“Vale ressaltar que, observar os padrões de sintomas pode fornecer pistas importantes. Por exemplo, a condição pode piorar em ambientes onde há a presença de animais de estimação e melhorar quando a pessoa está distante deles. Manter um diário dos sintomas e atividades diárias pode ajudar no processo de identificação”, explica Julinha.
Qual é o tratamento indicado?
A profissional revela que, diante desse panorama se destacar cada vez mais no Brasil, o mercado de saúde & bem-estar tem buscado alternativas de solução. A Alergoshop, por exemplo, criou um kit diretamente relacionado a essa necessidade. “O kit Alerpet é uma resposta a essa grande demanda. A solução ADF Pet tem ação acaricida, fungicida e bactericida, e é utilizada para a higienização de ambientes e superfícies onde os animais e seus humanos têm contato. Já a loção higienizante é depositada em um pano e aplicada no pelo do pet, protegendo contra a descamação, e eliminando os alérgenos presentes na pelagem”, esclarece André Sobanski, CEO da empresa.
Somado ao uso de produtos adequados para prevenção, Lazaretti reforça que existem outros cuidados a serem tomados. Manter áreas específicas da casa, como quartos ou salas de estar, livres de animais de estimação, é um exemplo, pois oferece zonas de refúgio para pessoas com alergias. Realizar limpezas frequentes, incluindo aspiração de tapetes e móveis, é fundamental para reduzir a presença de pelos de animais no ambiente.
A profissional indica que investir em purificadores de ar equipados com filtros HEPA pode auxiliar na remoção de alérgenos do ar, enquanto banhar os animais regularmente contribui para a redução de pelos soltos. Também são recomendadas consultas médicas regulares para monitorar sintomas e ajustar o plano de tratamento conforme necessário, o qual pode incluir o uso de medicamentos, como anti-histamínicos, para controlar os sintomas alérgicos.
Ao adotar essas práticas, é possível criar um ambiente mais favorável para indivíduos propensos a alergias a animais de estimação, permitindo que desfrutem da companhia de seus bichinhos com menos impacto nas condições alérgicas.