sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Visto com residência permanente nos Estados Unidos: é possível continuar utilizando a CNH brasileira?


De acordo com Daniel Toledo, advogado e especialista em Direito Internacional, cada cenário pode apresentar uma abordagem 

De acordo com Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, é preciso examinar as nuances de cada cenário, incluindo as diretrizes jurídicas dos estados americanos. “Normalmente, é permitido utilizar a CNH brasileira por todo o período de estadia previsto. No entanto, no caso de um EB-2 NIW, por exemplo, que é uma autorização de residência permanente, esse tempo varia entre cada estado. Alguns permitem a utilização por 30 dias, enquanto outros podem chegar a até 60 dias. É preciso compreender a legislação de cada localidade”, pontua.

Para Toledo, solicitar a documentação americana é essencial para aqueles que pretendem dirigir um veículo enquanto residem nos Estados Unidos. “Após se estabelecer no país, esse deve ser o primeiro passo. Isso porque, se não for realizado, a falta de documentos pode atrapalhar uma série de movimentações, como a solicitação de seguro veicular, a transferência de um carro para o nome desse imigrante e, em alguns casos, até mesmo dificuldade para conseguir crédito por meio de instituições financeiras”, alerta.

O especialista em Direito Internacional ressalta que, em situações de emergência ou necessidade, a falta de uma habilitação local pode impactar a capacidade de prestadores de serviço responderem prontamente às demandas cotidianas e situações imprevistas. “Providenciar essa documentação o quanto antes não apenas facilita a adequação a todos os requisitos legais, mas também oferece uma maior independência e uma transição mais suave para a vida nos Estados Unidos como detentor de um Green Card. Esse processo vai além da burocracia, se tornando uma oportunidade para demonstrar respeito pelas leis do país anfitrião e contar com uma experiência de imigração mais positiva”, finaliza Daniel Toledo.