Um estudo recente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo) mostrou que entre os anos de 2012 e 2022 o faturamento do setor de motocicletas dobrou. Para termos uma noção, em 2022 a receita foi de R$ 26.092.304.324 contra apenas R$ 13.522.358.380 em 2012. Além disso, o período de pandemia apontou um aumento de produção, indo de 961.986 unidades fabricadas em 2020 para 1.413.672 no último ano.
Com isso, o que acha de um papo com Billy Blaustein, cofundador e CEO da Vammo a respeito do assunto? Já tendo trabalhado em grandes players como Tesla e Uber, ele entende bastante do segmento de mobilidade e pode explicar sobre o crescimento do setor de duas rodas por aqui + a tendência do modelo elétrico no país. Com início das operações em janeiro deste ano, a Vammo completou recentemente o marco de 30.000 trocas de baterias, que representam mais de 50.000 kg a menos de CO2 emitidos na cidade de São Paulo.
Segue abaixo um depoimento do executivo a respeito desse ponto.
“As motos elétricas têm uma vantagem ainda maior, já que a cada quilômetro rodado gastam-se cerca de R$ 10 em gasolina e apenas R$ 1 em energia elétrica. Sem contar que o custo de manutenção é muito menor que o de modelos a combustão. Se quisermos descarbonizar o planeta, são frotas de países como o Brasil que tem uma das redes elétricas mais limpas do mundo, que devem ser eletrificadas. Isso porque, por aqui, cerca de 80% da matriz energética são fontes renováveis, como hídrica, solar e eólica, e faz muito sentido que essa energia limpa seja usada para eletrificar a frota, principalmente de motocicletas, no Brasil”