Empresa inicia internacionalização para atender a comunidade brasileira fora do país e planeja abrir mais 25 franquias
O acesso à linha de crédito e aos serviços financeiros é uma das maiores dificuldades para os brasileiros que vivem no exterior. Pensando em facilitar a vida dessas pessoas, a CotaFácil, rede de soluções financeiras, abriu duas franquias, uma nos Estados Unidos e outra no Japão, além disso planeja inaugurar outras 25 em cada país até o final do ano. A ideia é fazer com que o público consiga realizar transações financeiras em real, como se estivesse no Brasil.
“As unidades começaram a operar recentemente, mas estamos vendo um futuro promissor. A movimentação de vendas na comunidade brasileira tem sido muito boa e planejamos abrir mais lojas ao longo de 2023”, afirma Ismael Dias, CEO da CotaFácil.
Uma pesquisa divulgada pela empresa de câmbio Travelex Confidence, a transação mais recorrente no primeiro trimestre deste ano, que representa 34,8% dos casos, foi aquela em que uma pessoa ou empresa manda dinheiro para si mesma. No geral, isso ocorre quando o cliente deseja investir no exterior ou realizar operações a partir de contas internacionais em seu nome, como pessoa física, ou no nome de empresas pessoais do tipo offshore ou de investimento. Segundo o levantamento, 47,8% do dinheiro se destina aos Estados Unidos.
O estudo também mostra que 33,4% destina o valor para doação ou transferências sem contrapartida; 16,9% para investimentos (mercado financeiro e de capitais, ações, financiamentos); e 9,1% para compra ou venda de serviços. Com a CotaFácil, os brasileiros que vivem no exterior vão poder ter acesso ao crédito para adquirir bens quando retornarem ou para dar para algum parente.
As operações internacionais começaram há apenas quatro meses e o público que adquire empréstimos, consignados e consórcios varia entre 25 e 60 anos. Em relação aos mais jovens, são pessoas que estão fora do país para trabalhar, fazer dinheiro e pretendem voltar mais estruturados. O CotaFácil oferece consórcio, seguros, capital de giro, consignado e para ter acesso a esse e outros serviços, basta ter alguma conta no Brasil.
“Normalmente o investidor está lá fora, usa a carta de crédito ou faz um consórcio e vai pagando para adquirir bens, construir patrimônio. Quando ele é contemplado pelo sorteio, já consegue realizar o sonho”, diz o fundador.
Um outro perfil é do aposentado que mora no exterior, recebe aposentadoria, mas pretende voltar ao Brasil mais estruturado ou quer fazer algum tipo de investimento para presentear algum parente que mora aqui.
O bom desempenho da empresa vai ao encontro da pesquisa divulgada pela ABF – Associação Brasileira de Franchising sobre a Internacionalização das Franquias Brasileiras. As redes registraram um crescimento de 16% na atuação além-fronteiras no ano passado frente a 2021. No período anterior, 2020 e 2021, a variação foi de 12,27%.
O número de marcas no exterior subiu de 183, em 2021, para 213 em 2022 e o principal destino é os Estados Unidos. Com referência aos países em que há presença de redes brasileiras, o número também cresceu, passando de 114 para 126 nações, uma alta de mais de 10%. O levantamento reúne todos os formatos de operação internacional: unidades próprias, franqueadas, master franchising, desenvolvedor de área, exportação e joint ventures.