ArcelorMittal, Belgo Bekaert Arames e Tigre são algumas das empresas que enxergam no investimento cultural uma forma de contribuir com a sociedade e se destacar no mercado. Fábrica de Graffiti já captou mais de R$ 3 milhões via Leis de Incentivo
Desde 2019, a Fábrica de Graffiti viaja pelo interior do Brasil levando arte para comunidades de distritos industriais que têm menor acesso à fruição e formação artística. Isso só é possível graças às empresas que enxergam no investimento cultural uma forma de contribuir com o desenvolvimento social e se destacar no mercado. ArcelorMittal, Belgo Bekaert Arames, Tigre, e EDP Renováveis já patrocinaram sete projetos via Leis de Incentivo municipais e estaduais nas cidades de Barra Mansa (RJ), Sabará, Contagem e João Monlevade, Rio Claro (SP), Feira de Santana (BA), Tramandaí (RS), Bela Vista de Minas (MG) e Vespasiano (MG). Até hoje, a Fábrica de Graffiti captou mais de R$ 3 milhões e pintou mais de 32.300 m², ou seja, transformou mais de 32,3 Km de painéis e empenas em obras de arte, deixando um legado para as comunidades locais. De 2022 a 2023, os resultados da Fábrica de Graffiti cresceram pouco mais de 40%. Em junho e agosto deste ano, respectivamente, o projeto está levando arte às escolas e as cidades do interior de São Paulo: Ermelino Matarazzo e Diadema.
Todos os projetos são acompanhados de um programa educativo, que realiza um curso profissionalizante de graffiti para adolescentes de escolas públicas, tendo formado quase 700 alunos, e outras atividades de difusão e valorização da cultura Hip Hop. A Fábrica de Graffiti também atua com responsabilidade ambiental. Todos os resíduos gerados pelos projetos, seja em plástico, papelão ou metal, são recolhidos e encaminhados para cooperativas locais de reciclagem, e a água contaminada por tinta é coletada e tratada antes de voltar para a natureza. A iniciativa promove, ainda, diversidade e inclusão dentro de sua equipe. Dos mais de 200 artistas que já passaram pelo projeto, mais de 50% são mulheres e há forte representatividade negra, indígena e LGBTQIAP+. Todos e todas recebem cachês iguais, proporcionalmente à área pintada.
“A arte de rua é a expressão artística mais democrática que existe, porque ela nasceu de manifestações do povo e se encontra nas ruas para que qualquer pessoa tenha acesso. A inserção de grandes painéis de graffiti em distritos industriais proporciona bem-estar e até um refúgio àqueles que habitam e transitam pelo local, como muitos moradores já nos relataram. Transformar lugares de passagem em grandes galerias a céu aberto desmarginaliza a ideia do que é um território fabril e cria pontos turísticos na cidade. Fazemos isso de forma sustentável. Todas as características da Fábrica de Graffiti fortalecem a cultura e a imagem de empresas que praticam ESG, por isso elas sempre retornam para um novo projeto”, comenta Paula Mesquita Lage, produtora executiva da Fábrica de Graffiti.
Empresas que investem na Fábrica de Graffiti são responsáveis pela realização dos maiores murais de graffiti do interior de Minas Gerais, Bahia e da América Latina, no Rio de Janeiro. Elas também contribuem com cinco Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU): Educação de qualidade, Igualdade de gênero, Trabalho digno e crescimento econômico, Redução das desigualdades e Ação contra a mudança global do clima. Veja o que indústrias que já patrocinaram a Fábrica de Graffiti dizem sobre sua participação:
“A EDP Renováveis acredita que projetos sociais só fazem sentido quando são estruturados e sustentáveis. Quando eles têm começo, meio e fim, mas que deixam um legado para as localidades por onde passa. Então projetos educacionais para EDP Renováveis são sempre muito importantes, porque mesmo quando o projeto acaba, o conhecimento fica, o desenvolvimento fica e as pessoas podem replicar o conhecimento que obtiveram para outras pessoas da comunidade, e isso é muito importante para o sucesso de um projeto”, destaca Maira Zanduzzo, Head de Ambiental e Social.
“E aqui a gente entende a educação como uma educação inclusiva, de promover acesso a jovens, crianças, adolescentes, idosos, a processos educativos, usando a arte, a cultura, o esporte, para a formação integral dessas pessoas”, ressalta Paulo Ramicelli, Especialista em responsabilidade social no Instituto EDP.
“Para a Tigre, ser sustentável significa contribuir com a construção de um mundo melhor, no cuidado com a água, na condução dos negócios de forma transparente, ética e responsável, na valorização dos nossos colaboradores, no envolvimento com nossas comunidades e na inovação para o desenvolvimento de soluções. Na condição de promotores da agenda global da ONU para 2030, nos identificamos com o propósito da Fábrica de Graffiti”, afirma Otto von Sothen, presidente do Grupo Tigre.
Sobre a ação que será realizada em novembro de 2022: “A ArcelorMittal Mina do Andrade possui grandes expectativas na realização do projeto Fábrica de Graffiti no município de Bela Vista de Minas. O projeto visa democratizar a arte, trazendo o olhar da comunidade e a história da cidade de Bela Vista de Minas, onde possuíamos uma operação de mineração”.