CRF-RJ ALERTA SOBRE RISCOS DA AUTOMEDICAÇÃO COM FITOTERÁPICOS E PLANTAS MEDICINAIS
Conselho ressalta que consumir medicamentos simultaneamente com uso de plantas medicinais pode levar a intoxicação do paciente.
A falta de conhecimento sobre o uso das plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos pode levar a toxicidade. O Conselho de Farmácia do Rio (CRF-RJ) alerta que, embora a população desconheça o risco desse tipo de medicamento sem orientação, as interações medicamentosas precisam ser avaliadas por um profissional de Saúde. Recentemente, em São Paulo, uma mulher morreu por hepatite ao consumir medicamento fitoterápico sem acompanhamento. Consumir medicamentos com planta medicinal de forma não controlada pode levar a intoxicação por superdose. Pacientes que fazem uso de medicamentos de uso contínuo para tratamento de doenças como diabetes e hipertensão arterial, por exemplo, podem prejudicar a saúde do paciente, elevando a pressão arterial, causando sonolência, ritmos cardíacos anormais, sangramentos e até sobrecarregar o funcionamento de algum órgão.
Em 2021, a revista Brazilian Journal of Health Review publicou um artigo mostrando que 80% da população mundial utiliza algum tipo de planta para aliviar os sintomas de diversas doenças. Com a pandemia de Covid-19, as pessoas procuraram produtos como chás e plantas, porque julgam ser um produto de origem natural, que não causa malefícios. O consumo desenfreado dessas substâncias sem prescrição e orientação proporcionou o aumento nas vendas em 21%.
De acordo, com o presidente do CRF-RJ, Dr. Camilo Carvalho, que atua como farmacêutico comunitário e magistral, muitas pessoas fazem uso destes medicamentos compostos por plantas medicinais sem orientação e sem prescrição por tempo indeterminado.
- O farmacêutico é um profissional capacitado para orientar a população sobre os riscos e orientar o uso correto de chás, plantas medicinais, fitoterápicos e medicamentos. Podemos auxiliar a população na identificação de interações medicamentosas entre estre estes produtos e os medicamentos que o paciente usa. Pode parecer inofensivo ingerir chás e plantas medicinais, mas o risco à Saúde é alto. Faço ainda um apelo a todos que só adquiram estes medicamentos autorizados pela Anvisa e em estabelecimentos regulares, defende o presidente do CRF-RJ.
De acordo com o art. 2, da Resolução 477, do Conselho Federal de Farmácia, cabe ao farmacêutico, no âmbito das plantas medicinais e fitoterápicos, promover o uso racional das plantas medicinais, visando contribuir para o desenvolvimento e fortalecimento dessa prática.
O presidente do CRF-RJ, Dr. Camilo Carvalho, explica que os produtos com propriedades terapêuticas só podem ser comercializados em drogarias e farmácias autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pois estas substâncias com propriedades terapêuticas são consideradas medicamentos.
- Desconfie de produtos com promessas milagrosas, como emagrecimento fácil ou qualquer outro tipo de ação de tratamento, cura ou prevenção de doenças. Todo produto com ação terapêutica precisa ser regulamentado como medicamento pela Anvisa, explica o presidente do CRF-RJ.
Cabe ressaltar que produtos sem registro na Anvisa não oferecem a garantia de eficácia, segurança e qualidade exigidas para produtos sob vigilância sanitária. Sem esses requisitos mínimos, os produtos irregulares representam um alto risco de dano e ameaça à saúde das pessoas.