Alfabetização do futuro é o tema pós Covid: as chaves para uma vida melhor
A especialista Grazi Mendes, head de diversidade da ThoughtWorks, falou sobre o assunto no RD Hostel 2021
A alfabetização para o futuro é uma habilidade pouco conhecida. Desde 2012 a Unesco entende que é uma competência essencial para o século 21, em 2020 foi apontado pelo Fórum Econômico Mundial como a principal ferramenta para lidar com o mundo pós - pandemia.
"Quanto melhores os seres humanos se tornarem na compreensão das diferentes explicações e métodos para imaginar o futuro, menos razão haverá para temer o futuro e melhor eles serão capazes de aproveitar as oportunidades futuras e dar sentido às mudanças e novidades", explica Grazi Mendes, head de diversidade na ThoughtWorks.
O painel da especialista foi um dos destaques do RD Hostel 2021. O grande evento promovido pela RD Station teve início nesta quarta-feira, dia 20, trazendo para o público muito conteúdo em marketing ,vendas e inovação. As inscrições são gratuitas e seguem abertas para os interessados em acompanhar a temporada.
Grazi ainda destacou no painel que existem três tipos de futuro: possível, provável e desejável.
A pergunta que o futuro possível responde é: O que será? É uma lente que está conectada à projeção ao passado, é comum fazer ligação em planejamentos mensais e anuais. Dando um jeito de olhar para o futuro, respondendo e entendendo o que já aconteceu, sendo uma ideia linear do tempo. Com passado presente e futuro, um desdobramento quase que sequencial. É muito utilizado no nosso dia a dia.
Já o futuro provável, responde a pergunta: O que pode ser? Sendo uma lente que parte do pressuposto que o futuro deixa sinais no presente, que com os sinais e ameaças é possível ter a ideia que o presente está gestando os sinais de futuro.
Com o futuro desejável a pergunta que ele responde é: O que sonhamos ser? Sua resposta é entusiasta, permite construir e imaginar um futuro que não se sabe o que está por vir. Com narrativas de futuro que podem ser compartilhadas com outras pessoas. Construindo um imaginário com grandes possibilidades.
Um dado alarmante segundo a Stress Management Association (ISMA-BR), destaca que o Brasil é o segundo país no mundo em burnout. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é o país que mais pessoas sofrem com ansiedade muito antes da pandemia. Dentro desse contexto, muitas pessoas estão com exaustão, mental e emocional deixando seus sonhos em segundo plano.
“Como a gente pode parar e sonhar com outras realidades possíveis? Gastar nossa energia, potência para fazer coisas incríveis para realizar as coisas que a gente quer? Com a nossa tecnologia ancestral, que é a esperança. Para que possa ter a energia revigorada, construindo relações significativas a partir desse olhar do que sonhamos. Quando a gente sonha junto, o sonho é potência”, diz Grazi Mendes.
Finalizando o painel, Grazi ressaltou que a conexão do sonho, futuro e potência de mudança é a coragem. "Use o sonho como ferramenta de futuro desejável para que possa fazer e ser as mudanças necessárias, para a construção em ambientes de trabalho, projetos e iniciativas que possam fazer diferença. Sonho, potência, coragem e esperança", diz Grazi Mendes.