Empresa criou a primeira plataforma do Brasil com foco no ensino de programação web para refugiados e imigrantes
Mudar de país nem sempre é fácil, agora imagine ser obrigado a sair do seu por causa de guerras civis, desastres naturais ou perseguições politicas e ter que ir para um país com cultura totalmente diferente da sua? Essa é a realidade de 1,2 milhões refugiados e migrantes que estão no Brasil, segundo a ACNUR (Agência da ONU para Refugiados). Uma das maiores dificuldades dessas pessoas é o acesso ao mercado de trabalho, área em que a Toti Diversidade atua há três anos, e que tem chancela da entidade e da OIM (Organização Internacional para Migrações).
A startup, sediada no Rio de Janeiro, forma e realiza a inclusão produtiva de refugiados para a área de tecnologia, com o objetivo de que esta população tenha autonomia para ter uma profissão e melhorar sua qualidade de vida no Brasil. Desde sua fundação, em 2018, a Toti já beneficiou 114 refugiados, a expectativa é que até o final do ano passe de 200 beneficiados.
”Promovemos um aumento médio de 182% na renda do alunos contratados. Ainda este ano, vamos realizar uma formação de 90 refugiados em parceria com uma organização internacional, chamada Visão Mundial, em Boa Vista, Manaus e em São Paulo. Recebemos inscrições de alunos de mais de 31 países diferentes”, destaca o Diretor Executivo da Toti, Caio Rodrigues. "A Toti tem cases e já provou que seu trabalho é efetivo para a população refugiada e para as empresas de tecnologia que contratam nossos desenvolvedores”, complementa Caio, que é formando em Engenharia Mecânica.
"Conectamos empresas que têm altas demandas para contratação de bons desenvolvedores através da formação de refugiados e imigrantes em situação de vulnerabilidade social. Enxergamos a oportunidade de inovar ao formar refugiados em programação web para ingressarem na área que paga altos salários e mais emprega no mundo”, complementa Bruna Amaral, Internacionalista e Diretora de Estratégia da startup.
A empresa está em momento de expansão para todo o Brasil, e deseja chegar cada vez mais em outros estados, além dos nove que já está. E assim, conseguir cumprir um objetivo a longo prazo: Formar refugiados no Brasil e na América Latina.