Livros da autora Kiusam de Oliveira são opção de presente para 'Dia das Crianças'
Hoje, segunda-feira (12), é comemorado o Dia das Crianças e também Dia Nacional da Leitura, criado para incentivar a prática da leitura. De acordo com pesquisas realizadas pelo Ibope, adolescentes entre 11 e 13 anos são os que mais leem por gosto e cerca de 42% das crianças na faixa etária de 5 a 10 anos tem o hábito de leitura.
As vendas de livros em livrarias, supermercados e lojas de autoatendimento aumentaram significativamente em 2020, segundo dados do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). Em número absolutos, foram vendidos 2,95 milhões de cópias no Brasil.
O hábito da leitura começa na infância, onde os pais são responsáveis
por incentivarem as crianças a sentirem prazer ao ler um livro, assim
como jogar videogame, brincar com os amigos, entre outras atividades. A
leitura frequente dos pais para as crianças leva à maior estimulação
fonológica, o que é importante para a alfabetização, à maior estimulação
cognitiva em casa e a um aumento de 25% de crianças sem problemas de
comportamento.
Mais do que palavras, as ilustrações presentes nos
livros, desde a capa até a última página têm o poder de despertar a
curiosidade e os sentidos e, por este motivo, é
de importância imensurável que elas estejam presentes na inserção da
leitura na vida das crianças.
Exemplo disso é a doutora em educação e uma das mais renomadas escritoras do segmento infanto-juvenil do Brasil, Kiusam de Oliveira, que leva para suas obras cultura, literatura, e consequentemente aborda temas como, aspectos sociais, bullying, preconceitos de raça e cor, com o objetivo das crianças de hoje se desenvolverem a fim de formarem opinião consciente no futuro.
Não é a toa que Kiusam recebeu o Prêmio ProAC Cultura Negra 2012, com
o seu sucesso “O Mundo no Black Power de Tayó”, elencado no ranking dos
dez livros mais importantes do mundo, em direitos humanos, pela ONU,
entre outros. O seu recém-lançado O Black Power de Akin (Editora
de Cultura), traz a história de Akin um jovem negro de 12 anos que
cobre a cabeça com um boné ao ir para a escola. Ao seu avô, Dito
Pereira, ele não conta que tem vergonha do seu cabelo, motivo de chacota
dos colegas. Antes que Akin tome uma atitude brusca, o sábio avô, com a
força das histórias da ancestralidade, leva o neto a recuperar a
autoestima. Agora confiante, Akin ergue seu cabelo Black Power e se
sente um príncipe. Além do prefácio assinado pelo rapper Emicida, O
Black Power de Akin tem projeto gráfico e ilustrações que incorporam
referências da ancestralidade em linguagem contemporânea de arte
digital, criados pelo designer Rodrigo Andrade.