RICARDO CORRÊA
7 TENDÊNCIAS DE CONSUMO PARA O VAREJO FICAR ATENTO EM 2020
Mais
do que nunca, os consumidores exigem personalização, mas, acima de tudo, com
muita simplicidade. Todos querem ser reconhecidos pelos seus hábitos e
pressionam as marcas para adotarem valores e estilo de vida. Pensando nisso,
reuni os principais pontos de algumas tendências para 2020 que merecem atenção
do varejo, sem perder de vista a realidade brasileira. Vamos lá?
- Gerações mais velhas querem ser lembradas pelas marcas como jovens.
Estamos
todos vivendo mais e ressignificando o que conhecemos como velhice. Além da
atenção com o corpo e a mente, elas querem ser tratadas como jovens, porque se
sentem assim. Por isso,
trate o seu consumidor de 60+ como SEXALESCENTE e não como SEXAGENÁRIO.
- Menos é mais: a busca por produtos simples, autênticos e de qualidade.
Consumir
produtos padronizados está ficando menos atrativo a cada dia. O novo consumidor
quer expressar sua individualidade por meio do produto. É a vontade de retomar
o controle do que comemos, bebemos ou passamos na pele. Essa busca por experiências autênticas
embalou o recente interesse em produtos artesanais e de produtores locais. O tal MADE IN USA já não sensibiliza
mais.
- Consumismo fora de moda: ética e consciência ambiental em pauta.
O cuidado
com o outro, com os animais e o meio ambiente originou novos hábitos de consumo,
consequência de uma preocupação constante do consumidor com a origem dos
produtos. O Brasil é o 6º país cuja população vegetariana mais cresceu! O tal “barrigudinho”, aquele
consumidor que não se preocupava com a gordura, os produtos tubaína e consumia
qualquer marca pelo preço, está minguando.
- Cada vez mais unidos – digitalmente.
A
tecnologia vai continuar transformando não só a maneira como nos comunicamos,
mas como trabalhamos, consumimos e colaboramos uns com os outros. Inteligência
artificial, análise preditiva e realidade virtual já foram tecnologias do
futuro. Hoje, são utilizadas por varejistas do mundo inteiro com softwares
interativos e fáceis de usar. De
carro a apartamento, de bolinho de bacalhau a Chateauneuf du Pape, tudo se
transaciona pela Internet... pelas mídias digitais.
- Todos são especialistas – o consumidor também.
Se antes
os consumidores eram seduzidos pelo marketing das empresas, hoje eles
pesquisam, questionam e compartilham informações para decidir suas compras. A
“voz das marcas” disputa espaço com influenciadores digitais, redes sociais, e
sites de avaliação e monitoramento. Se
você quer conquistar o novo consumidor, seja honesto, transparente e se importe
com o que ele quer ouvir, não o que você quer dizer.
- Do it yourself: o consumidor quer cuidar dele mesmo.
Os
consumidores estão dispensando a ajuda direta de especialistas ou profissionais
intermediários. Não é nada pessoal – eles só estão buscando maneiras de
simplificar suas vidas. Entre o “novo produto do momento” e uma solução simples
que atenda às suas necessidades, a tendência é a escolha pelo segundo. O
cliente quer finalizar a compra sozinho e quer receber o produto em casa no
mesmo dia. Fora com as
caixas, burocracia e filas. Ao invés disso, tablets.
- O prazer em voltar à vida real.
Era uma
vez o estilo de vida workaholic. Mais atentos à saúde mental, os consumidores
estão valorizando a própria companhia e dando adeus à sensação de “estar
perdendo alguma coisa”, causada, principalmente, pelas redes sociais –
tendência mundial dos últimos anos. As marcas precisam entender que o
consumidor está mais seletivo e quer usar o seu tempo de forma produtiva,
proteger seus dados pessoais e reduzir o tempo online em troca de experiências
da vida real. Internet,
sim. Porém, relacionamento, experiências offline e conteúdo relevante farão a
diferença.
Longe de
querer estabelecer “regras” para a vida moderna do comerciante, penso em municiar
os amigos com as principais tendências para um bom relacionamento com o
consumidor. A máxima é: NÃO
IMPORTA MUITO O QUE VOCÊ QUER DIZER, MAS SIM O QUE O OUTRO QUER OUVIR.