Você é do tipo que se
distrai constantemente nas redes sociais? Usa sempre o botão soneca, ao
acordar? Perde prazos de inscrições? Adia tarefas que precisam de mais
dedicação? Deixa pra fazer as coisas na última hora? Se você se identificou com
as características acima, muito provavelmente tenha um perfil procrastinador.
Mas por que adiamos o que
precisa de urgência para ser resolvido? Na maioria das vezes, por medo ou por
auto sabotagem.
O medo tem a ver com a
nossa insegurança e incapacidade de lidar com o novo. Geralmente, pessoas que
postergam as ações necessárias para a obtenção de um resultado sofrem com isso
e sentem dificuldade de colocar em prática aquilo que sabem que é importante
para resolver o problema.
Em outras palavras, quem
procrastina, em geral, tem consciência do que está fazendo e, talvez por isso,
se angustie tanto.
Há quem tenha uma postura
resolutiva frente à vida, mas, em determinados momentos, também não consiga
avançar. Me enquadro neste perfil. Todavia, sempre que isso acontece, olho pra
dentro e procuro identificar o que me imobiliza. É um “papo reto” com você
mesmo, buscando sinceridade, transparência e coerência entre o que está no
campo da razão e no que é sentido.
Ao mapear as
possibilidades e o passo a passo de cada situação, acabo me fortalecendo para
as ações necessárias e, normalmente, descubro que o que até então era um grande
obstáculo, na verdade, é mais simples do que parecia.
A procrastinação por auto
sabotagem merece uma atenção especial, inclusive do ponto de vista psicológico.
Esta limitação dialoga com o repertório de vida do indivíduo, bem como com
todas as suas crenças limitantes construídas ao longo de sua jornada.
Grande parte das pessoas
que se auto sabota tem dificuldade em perceber este movimento ao longo da vida,
já que tudo parece mais difuso. O autoconhecimento surge, portanto, como o
instrumento capaz de conectar as histórias, as sensações e os sentimentos,
montando o quebra-cabeça desta complexa engrenagem de quando somos emparedados
diante daquilo que nos causa medo.
Conhecer-se figura, então,
como um poderoso antídoto no combate à procrastinação. O que você tem feito
neste sentido para melhorar e agir no tempo necessário para a resolução dos
conflitos? Que esforço faz para desatar estes nós engendrados lá atrás? Qual o
primeiro passo? O que você ganha com isso? Estas, talvez, sejam perguntas que
façam sentido, caso a sua máxima de agora em diante seja “não deixar para
amanhã o que pode ser feito agora”. Boa sorte!
* Jornalista,
empreendedor, coach ontológico e aprendiz das coisas do sentir.