CAMPUZANO
Em tempos de Copa do Mundo, o Amor está no ar. Para todos.
Matchmaker e coach de relacionamentos Jennifer Lobo fala
sobre as “paixonites” que podem ocorrer em épocas como a Copa do Mundo e dá
conselhos sobre relacionamento com um estrangeiro.
O amor está no ar. E ele é multicolorido e poliglota.
Grandes eventos que reúnem multidões de diferentes culturas, como a Copa do
Mundo 2018 na Russia,
representam sempre uma oportunidade de mergulhar em
mundos muito diversos daquele que estamos acostumados, o que pode ser sinônimo
de surpresas amorosas também. É a ocasião propícia para entrar no clima de
confraternização e talvez, até, sermos abatidos por uma “paixonite”
desafiadora. Quem sabe.
A oportunidade de mergulhar numa cultura e contexto
totalmente diferentes é no mínimo tentadora.
Mesmo que a relação não tenha
muito futuro, certamente, você terá muitas histórias para contar. O importante
é fazer valer cada momento como uma experiência renovadora e única.
Não são raros os casos de relacionamentos entre brasileiros
e estrangeiros que começaram em uma viagem, ou pela internet, ou em um grande
festival internacional. A matchmaker e coach de relacionamentos norte-americana
Jennifer Lobo, é totalmente favorável a esse tipo de relação , mas alerta que é
preciso tomar alguns cuidados:
“o brasileiro tem a fama de ser um povo mais
acessível, mas é bom estar alerta para evitar más interpretações, para que não
confundam lá fora a boa intenção com a vulgaridade.
Aqui no Brasil, temos o
hábito de falar muito, de tocar as pessoas, de nos expor logo no primeiro
encontro, e isso não funciona da mesma maneira lá fora. Se aqui falamos alto,
algo que chama muito a atenção no exterior, devemos baixar o tom. Se aqui
cumprimentamos os estranhos de forma efusiva com abraços e beijos, controle-se
para não sugerir uma aproximação que pode gerar efeitos indesejados”, pondera
Jennifer.
Jennifer é americana, filha de brasileiros, e conhece bem as
realidades de ambos os países. Por esse motivo, ela tem um olhar para a questão
dos “amores de copa do mundo" pautada em estudos comportamentais,
realizados em ambos os países, endossados também por casos bem sucedidos de
relacionamentos que começaram através sua plataforma online, a
MeuPatrocínio.com :
"os brasileiros são extrovertidos por natureza,
espontâneos, o que contrasta diretamente com a figura mais introspectiva e
menos empolgada do europeu, por exemplo. Felizmente, temos muitos exemplos de
casais que se conheceram na na nossa plataforma, de diferentes nacionalidades,
e que estão juntos e felizes até hoje.
No entanto, enquanto o brilho e a
naturalidade do brasileiro chamam a atenção dos gringos, o que parece ser
atrativo para alguns brasileiros é a possibilidade de uma vida melhor lá fora,
no chamado primeiro mundo. E assim, algumas pessoas criam expectativas, como se
fosse o equivalente a encontrar o seu príncipe encantado no cavalo branco dos
contos de fadas”, pondera Jennifer.
Jennifer vê, no entanto, como algo muito positivo esse clima
de integração entre culturas, línguas e povos que acontece na Copa do Mundo,
para que cada um exercite o seu poder de conviver com a diversidade.
Para ela,
apesar disso, as diferenças culturais, ao contrário de significar um choque,
podem aproximar as pessoas: “Aproveite. E, sem muita preocupação com o futuro.
Viva a oportunidade que o momento está oferecendo, supere os desafios do idioma
e da cultura. Sempre vale a experiência que será, provavelmente, inesquecível,
ainda que não seja um “felizes para sempre”.
Fotos: MF Press Global