sábado, 23 de junho de 2018



        CAMPUZANO




 Em tempos de Copa do Mundo, o Amor está no ar. Para todos.



 Matchmaker e coach de relacionamentos Jennifer Lobo fala sobre as “paixonites” que podem ocorrer em épocas como a Copa do Mundo e dá conselhos sobre relacionamento com um estrangeiro.


O amor está no ar. E ele é multicolorido e poliglota. Grandes eventos que reúnem multidões de diferentes culturas, como a Copa do Mundo 2018 na Russia,
 
 
 representam sempre uma oportunidade de mergulhar em mundos muito diversos daquele que estamos acostumados, o que pode ser sinônimo de surpresas amorosas também. É a ocasião propícia para entrar no clima de confraternização e talvez, até, sermos abatidos por uma “paixonite” desafiadora. Quem sabe.

A oportunidade de mergulhar numa cultura e contexto totalmente diferentes é no mínimo tentadora.


Mesmo que a relação não tenha muito futuro, certamente, você terá muitas histórias para contar. O importante é fazer valer cada momento como uma experiência renovadora e única. 

Não são raros os casos de relacionamentos entre brasileiros e estrangeiros que começaram em uma viagem, ou pela internet, ou em um grande festival internacional. A matchmaker e coach de relacionamentos norte-americana Jennifer Lobo, é totalmente favorável a esse tipo de relação , mas alerta que é preciso tomar alguns cuidados:

 “o brasileiro tem a fama de ser um povo mais acessível, mas é bom estar alerta para evitar más interpretações, para que não confundam lá fora a boa intenção com a vulgaridade. 

Aqui no Brasil, temos o hábito de falar muito, de tocar as pessoas, de nos expor logo no primeiro encontro, e isso não funciona da mesma maneira lá fora. Se aqui falamos alto, algo que chama muito a atenção no exterior, devemos baixar o tom. Se aqui cumprimentamos os estranhos de forma efusiva com abraços e beijos, controle-se para não sugerir uma aproximação que pode gerar efeitos indesejados”, pondera Jennifer.

Jennifer é americana, filha de brasileiros, e conhece bem as realidades de ambos os países. Por esse motivo, ela tem um olhar para a questão dos “amores de copa do mundo" pautada em estudos comportamentais, realizados em ambos os países, endossados também por casos bem sucedidos de relacionamentos que começaram através sua plataforma online, a MeuPatrocínio.com :


 "os brasileiros são extrovertidos por natureza, espontâneos, o que contrasta diretamente com a figura mais introspectiva e menos empolgada do europeu, por exemplo. Felizmente, temos muitos exemplos de casais que se conheceram na na nossa plataforma, de diferentes nacionalidades, e que estão juntos e felizes até hoje. 

No entanto, enquanto o brilho e a naturalidade do brasileiro chamam a atenção dos gringos, o que parece ser atrativo para alguns brasileiros é a possibilidade de uma vida melhor lá fora, no chamado primeiro mundo. E assim, algumas pessoas criam expectativas, como se fosse o equivalente a encontrar o seu príncipe encantado no cavalo branco dos contos de fadas”,  pondera Jennifer.

Jennifer vê, no entanto, como algo muito positivo esse clima de integração entre culturas, línguas e povos que acontece na Copa do Mundo, para que cada um exercite o seu poder de conviver com a diversidade. 

Para ela, apesar disso, as diferenças culturais, ao contrário de significar um choque, podem aproximar as pessoas: “Aproveite. E, sem muita preocupação com o futuro. Viva a oportunidade que o momento está oferecendo, supere os desafios do idioma e da cultura. Sempre vale a experiência que será, provavelmente, inesquecível, ainda que não seja um “felizes para sempre”.

  Fotos: MF Press Global