quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Um corrupto condenado para presidente do Brasil




Mario Eugenio Saturno


Dia 24 de janeiro foi um dia que entrará para a História como o dia em que o “mito” caiu. E pelos dizeres dos desembargadores, não é mito, é mitônomo, mais mentiroso que pescador. E a grande surpresa ficou para o resultado.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado pelo juiz Sergio Moro por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá (SP) no ano passado. Agora, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) reviu o julgamento do petista nos crimes investigados pela Operação Lava Jato.

Os petistas esperavam a confirmação da condenação, mas por um resultado 2 a 1, permitindo aos advogados pedir uma nova decisão, desta vez com a participação dos seis desembargadores, em outras palavras, permitiria que explorassem os recursos na Justiça, ganhariam o tempo para que Lula fosse candidato e, se eleito, ganhasse a sonhada imunidade. Mas os desembargadores não apenas mantiveram a decisão do Moro, por 3 a 0, como aumentaram a pena, de 9 anos e meio para 12 anos e um mês (27%), uma aumentinho de pouco mais que um quarto.

Corrupção é um crime que não passa recibo, tem que ser muito burro para ser pego. Porém todo crime deixa rastros. Para se montar um processo de corrupção há que se entender que é como um grande quebra-cabeça, como esses de duas mil peças, cada pecinha não diz nada do total, é uma prova que não condena ninguém, como diziam os advogados e seguidores do Lula, mas quando se monta todas as peças!

O desembargador João Pedro Gebran Neto, relator do processo, afirmou que não se condenava um presidente da República, mas um presidente da República que praticou crime de corrupção passiva ao receber propina da empreiteira OAS na forma de um apartamento. O dinheiro saiu de uma conta da OAS que destinava propina ao PT em troca de facilidades para firmar contratos com a Petrobras.

E ainda houve lavagem de dinheiro por parte do petista, na tentativa de ocultar que ele e a ex-primeira-dama Marisa Letícia eram os reais proprietários do tríplex e a OAS atuava como “laranja” de Lula no imóvel do Guarujá.

O esquema de corrupção na Petrobras fragilizou não apenas o funcionamento da Petrobras, mas também colocou em xeque o próprio regime democrático, por afetar o sistema eleitoral. Entre as provas, está o papel de Lula na nomeação de diretores da Petrobras e o teor do depoimento de políticos e ex-funcionários da estatal.

O desembargador também rejeitou argumento da defesa de que Lula desistiu de comprar o imóvel. Muitas testemunhas presenciaram as visitas de Marisa Letícia e de Lula ao tríplex. Além disso, o então executivo da OAS Agenor Franklin alegou saber que as reformas seriam custeadas com valores destinados ao ex-presidente. E ainda, em janeiro de 2014, a primeira-dama pedira modificações no projeto de reforma do apartamento. Enfim, assistam ao vídeo!

A Lei da Ficha Limpa estabelece que quem for condenado por órgãos colegiados não pode concorrer a mandato eletivo. Agora é o caso de Lula. Porém o Partido dos Trabalhadores insiste em manter a candidatura de Lula. Um criminoso para presidente!

Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.