Mario Eugenio
Saturno
Dia 24 de
janeiro foi um dia que entrará para a História como o dia em que o “mito” caiu.
E pelos dizeres dos desembargadores, não é mito, é mitônomo, mais mentiroso que
pescador. E a grande surpresa ficou para o resultado.
O ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado pelo juiz Sergio Moro por corrupção
passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá (SP) no ano
passado. Agora, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) reviu o
julgamento do petista nos crimes investigados pela Operação Lava Jato.
Os petistas
esperavam a confirmação da condenação, mas por um resultado 2 a 1, permitindo
aos advogados pedir uma nova decisão, desta vez com a participação dos seis
desembargadores, em outras palavras, permitiria que explorassem os recursos na
Justiça, ganhariam o tempo para que Lula fosse candidato e, se eleito, ganhasse
a sonhada imunidade. Mas os desembargadores não apenas mantiveram a decisão do
Moro, por 3 a 0, como aumentaram a pena, de 9 anos e meio para 12 anos e um mês
(27%), uma aumentinho de pouco mais que um quarto.
Corrupção é um
crime que não passa recibo, tem que ser muito burro para ser pego. Porém todo
crime deixa rastros. Para se montar um processo de corrupção há que se entender
que é como um grande quebra-cabeça, como esses de duas mil peças, cada pecinha
não diz nada do total, é uma prova que não condena ninguém, como diziam os
advogados e seguidores do Lula, mas quando se monta todas as peças!
O desembargador
João Pedro Gebran Neto, relator do processo, afirmou que não se condenava um
presidente da República, mas um presidente da República que praticou crime de
corrupção passiva ao receber propina da empreiteira OAS na forma de um
apartamento. O dinheiro saiu de uma conta da OAS que destinava propina ao PT em
troca de facilidades para firmar contratos com a Petrobras.
E ainda houve lavagem
de dinheiro por parte do petista, na tentativa de ocultar que ele e a
ex-primeira-dama Marisa Letícia eram os reais proprietários do tríplex e a OAS
atuava como “laranja” de Lula no imóvel do Guarujá.
O esquema de
corrupção na Petrobras fragilizou não apenas o funcionamento da Petrobras, mas
também colocou em xeque o próprio regime democrático, por afetar o sistema
eleitoral. Entre as provas, está o papel de Lula na nomeação de diretores da
Petrobras e o teor do depoimento de políticos e ex-funcionários da estatal.
O desembargador
também rejeitou argumento da defesa de que Lula desistiu de comprar o imóvel.
Muitas testemunhas presenciaram as visitas de Marisa Letícia e de Lula ao
tríplex. Além disso, o então executivo da OAS Agenor Franklin alegou saber que
as reformas seriam custeadas com valores destinados ao ex-presidente. E ainda,
em janeiro de 2014, a primeira-dama pedira modificações no projeto de reforma
do apartamento. Enfim, assistam ao vídeo!
A Lei da Ficha
Limpa estabelece que quem for condenado por órgãos colegiados não pode
concorrer a mandato eletivo. Agora é o caso de Lula. Porém o Partido dos
Trabalhadores insiste em manter a candidatura de Lula. Um criminoso para
presidente!
Mario Eugenio
Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.