Pesquisa
divulgada nos EUA aponta aumento preocupante na incidência de tumores de
intestino grosso e reto entre adultos nascidos nos anos 1990; Sedentarismo,
obesidade e hábitos alimentares figuram como principais fatores de risco
Um levantamento
recém-divulgado pela Sociedade Americana de Câncer (ACS, sigla do inglês American Cancer Society)
revelou que a taxa de incidência de tumores colorretais entre pessoas em idade
adulta nascidas nos anos 1990 vem apresentando um aumento constante ano a ano.
Segundo a pesquisa, os chamados Millennials têm o dobro de risco de
desenvolver câncer no cólon (segmento do intestino grosso) e quatro vezes mais
chance de receberem um diagnóstico de câncer no reto em comparação à geração Baby
Boomers, indivíduos com 55 anos ou mais.
De acordo com o recorte
apresentado pela ACS, cinco a cada um milhão de pessoas na faixa entre 20 e 29
anos terão a doença. Considerando homens e mulheres nascidos nos anos 1950,
essa variação cai para três a cada um milhão. Para a dra. Daniele
Ferreira, oncologista da Oncoclínica – Grupo Oncoclínicas, aos maus
hábitos do dia a dia estão entre as principais causas dessa variação: nutrição
deficiente em vitaminas e fibras – o que favorece o sobrepeso e a obesidade,
epidemia global que atinge 1,9 bilhão de pessoas globalmente, de acordo com
dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) –, além de sedentarismo e prática
irregular de atividade física.
“A população idosa tem
maior incidência de tumores de cólon e reto. No entanto, é importante
estar alerta à faixa etária abaixo de 55 anos, responsável por 30% do total
atual de pacientes diagnosticados nos EUA. E a perspectiva é que esse
percentual continue aumentando ao longo dos próximos anos, caso sejam tomadas
medidas de conscientização sobre as causas e importância do diagnóstico precoce
para tratamento da doença”, explica a médica da Oncoclínica.
Atualmente, o câncer colorretal figura como o terceiro mais incidente no mundo. Especificamente no Brasil, o Instituto Nacional do Câncer estima uma média de 27 mil novos casos registrados todos os anos, atingindo ambos os gêneros em igual proporção. Em sua maioria, os sintomas da doença estão relacionados ao comportamento intestinal, incluindo diarréia ou constipação, fezes finas e que apresentem sangue e/ou mucosa. Inchaço frequente na região abdominal, gases, fadiga ou falta de energia e perda de peso súbita também fazem parte da lista de sintomas possíveis. Além disso, pessoas que apresentam pólipos (lesões benignas) estão mais propensas a desenvolver tumores.
Diagnóstico precoce
Considerando os fatores de risco que
elevam a probabilidade de desenvolver a doença, a dra. Daniele destaca algumas
condições hereditárias, doenças inflamatórias intestinais e dietas
hiperproteícas e baixo consumo de fibras e cálcio. “Mudanças simples na alimentação,
com foco na nutrição balanceada, além da prática regular de atividade física e
controle do peso podem prevenir fatores de risco. Contudo, é fundamental que
pessoas histórico familiar deste tipo de tumor e com fatores hereditários, como
retocolite ulcerativa crônica ou doença de Crohn, se mantenham sempre alerta”,
frisa a especialista.
A colonoscopia é o exame padrão
para investigação de doenças do cólon e do reto. Nos casos de suspeita de
câncer, esse exame pode determinar a localização da lesão e permitir a biópsia
para confirmação da malignitude. Hoje, a recomendação para pessoas com risco
médio é que ela seja realizada aos 50 anos de idade e repetida a cada dez anos.
“Para aqueles com história familiar de
câncer colorretal ou adenomas em um parente de primeiro grau, a
recomendação dos pesquisadores da ASC é que o monitoramento seja realizado cada
vez mais cedo, em virtude das evidências de que pessoas mais jovens estão
desenvolvendo tumores aos 40 anos. No entanto, é preciso levar em conta, tanto
na prevenção quanto no tratamento, os hábitos individuais e fatores
hereditários, com avaliações personalizadas, a fim de uma obter uma análise
mais assertiva, indo além de um protocolo relacionado à faixa etária”, finaliza
a médica da Oncoclínica.
Sobre o Grupo Oncoclínicas
Fundado em 2010, é o maior grupo especializado no tratamento do câncer na América Latina. Possui atuação em oncologia, radioterapia e hematologia em 10 estados brasileiros. Atualmente, conta com mais de 43 unidades entre clínicas e parcerias hospitalares, que oferecem tratamento individualizado, baseado em atualização científica, e com foco na segurança e o conforto do paciente. Seu corpo clínico é composto por mais de 400 médicos, além das equipes multidisciplinares de apoio, que são responsáveis pelo cuidado integral dos pacientes. O Grupo Oncoclínicas conta ainda com parceira exclusiva no Brasil com o Dana-Farber Cancer Institute/ Harvard Cancer Center. Para obter mais informações, visite www.grupooncoclinicas.com.