Alguns famosos assumiram publicamente terem a
bipolaridade entre eles estão os brasileiros Maurício Mattar, ator e cantor, e
Cássia Kis, atriz. Os astros internacionais Jean-Claude Van Damme
e Demi Lovato também já falaram com a imprensa sobre o assunto.
Demi, aliás é uma das artistas que mais se manifestam sobre transtornos
mentais.
De acordo com Maíra o transtorno bipolar
manifesta-se normalmente na adolescência ou no início da vida adulta. Ela
ressalta também que existem descrições de inúmeros estudos a respeito de casos
que demonstraram a presença do transtorno ainda na
infância.
- As causas podem envolver inúmeros fatores como
desregulações nos neurotransmissores cerebrais ou neuroendócrina, alterações
cerebrais, fatores genéticos onde a incidência do transtorno bipolar é bem
maior em parentes de pessoa que tem o transtorno do que na população geral, e é
mais alta quanto mais próximo o parentesco e maior ainda em se tratando de
gêmeos idênticos; fatores psicossociais com acontecimentos na vida, entre
outros. –
A família e os amigos, segundo Maíra, têm papel
importante na identificação do transtorno. Ela comenta que eles que
identificam as causas através da observação da alternância de humor. “Ao notar
essas alterações em algum familiar deve-se tentar convencê-lo a aceitar ajuda,
estimulando-a buscar tratamento adequado com equipe multidisciplinar
(psiquiatra, neurologista e psicólogos), pois a intervenção precoce pode evitar
recaídas. ”
A psicóloga fala que o tratamento inclui
acompanhamento psicológico, tratamento medicamentoso e orientação
psicoeducacional. “O acompanhamento psicológico deve minimizar o sofrimento
causado pelos sintomas. Isso deve incluir um trabalho de aceitação do
diagnóstico, através de informações sobre a doença.”
Maíra revela que a Terapia Cognitivo-comportamental é
um dos tratamentos que mostra resultados favoráveis. Segundo, isso é devido ao
menor número de recaídas o que contribui para melhor adesão ao tratamento e
redução dos sintomas do humor. “O tratamento medicamentoso conta com várias
substâncias, dependendo do estado em que o paciente se encontra”.
- Já a orientação psicoeducacional auxilia no
esclarecimento sobre sintomas e causas para os pacientes e familiares, além dos
riscos e quais atitudes tomar durante a depressão ou a mania, como se preparar
para as recorrências, entre outras. Outra questão a ser aprendida é como lidar
com uma nova crise, evitando decepção, frustração, desesperança, além de
prevenir consequências prejudiciais que são fundamentais na recuperação –
esclarece.