Uma
preocupação dos pais durante as férias escolares é sobre o entretenimento
dos filhos. Durante uma manhã tranquila, é possível levar os pequenos para o
parquinho. Mas se estiver chovendo, como distraí-los em casa? Caso ele seja
hiperativo, é ainda mais complicado.
Mas para auxiliar as famílias com essa tarefa árdua, a psicóloga Lia de Paula Moraes sugere algumas dicas.
Ela
é autora do livro infantil “João Agitadão” e sabe muito bem os desafios de
lidar com essas crianças. A obra, fruto de sua experiência com pacientes
com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, aborda de modo leve e
afetuoso as principais características de quem tem TDAH. A inspiração para a obra
foi o filho da psicóloga.
Lia
diz que o segredo é que os pais sejam criativos e tentem envolver os filhos em
atividades simples, como, por exemplo, jogos de memória. Ou pode-se usar uma
folha de papel grande onde cada participante tenha de desenhar, com uma única
cor de lápis, um objeto e animal para, em seguida, falar sobre o que fez. “Isso
se torna um passatempo prazeroso para os pais e os filhos”.
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Há inúmeras outras coisas, como brincar de adivinho com imitação de animais,
teatrinho, professor e aluno, estátua ou ainda fazer colagem com recortes de
revistas. Enfim, inventar com coisas simples - ressalta.
Lia
comenta que, ao usar a imaginação com os hiperativos, até uma toalha pode se
transformar num brinquedo. Ela diz que os pais devem brincar com os pequenos e
fingir que um pedaço de pano, que pode ser um lençol velho, é um carro capaz de
levar as pessoas a um passeio. Pode ainda usar como demarcação na sala ou na
área para um lanche no parque. “Ou transformá-lo num tapete voador que levará a
um reino encantado”.
Para
a especialista, o importante é indicar atividades para a criança e da interação
surgir a brincadeira. Os pequenos precisam sentir-se envolvidos e sempre falar
com eles olho no olho. “Derivado do olho no olho, pode-se fazer concurso de
caretas, ou disputar quem ri primeiro perde. Qualquer invenção é bem-vinda”.
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Assim o tempo passa, sem gastar muito dinheiro e sem a interferência dos
brinquedos e jogos eletrônicos. E a interação e atenção dos pais será um saldo
positivo no relacionamento familiar - conclui.