Já escrevi que
a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) está exigindo homologação
nacional para os inversores “grid-tie” e que isso quintuplicou o preço do único
homologado no mercado, além do que os equipamentos solares que são instalados
em dois dias, levam até cinco meses para serem autorizados pelas
distribuidoras. E, até agora, nada mudou.
Depois de muito
pesquisar e calcular (dá-lhe planilha!), acredito que a utilização de lâmpadas
LED nas casas e nas empresas causará um grande impacto no consumo, já que esse
tipo de lâmpada gasta a metade da energia para a mesma iluminação. E é o melhor
custo-benefício em investimento em energia, considerando que eu paguei em
agosto R$ 0,67 por kWh e R$ 22,00 em cada lâmpada de 10 W em fevereiro, ou
seja, elas se pagam em 9 meses, contra mais de dez anos para os sistemas
eólicos ou fotovoltaicos.
O potencial
também é enorme para a iluminação pública. Segundo o Guia do Gestor -
Iluminação Pública do Estado de São Paulo, em 2011, foram consumidos quase 130
mil GWh de energia elétrica, em todo o estado de São Paulo, sendo que a
Iluminação Pública respondeu por 2,3% desse total, ou seja, cerca de 3 mil GWh.
O potencial de economia é de 1,5 GWh, ou quase um bilhão de reais por ano.
Reforçando que o investimento é pequeno e com retorno em 9 meses.
E para ficar
ainda mais barato, resolvi escrever para a Presidente Dilma, naquele “site” que
não permite copiar-colar, e sugerir que: (1) utilize lâmpadas LED de baixo
custo nos programas habitacionais do governo federal e nos prédios públicos,
também para dar exemplo; (2) isente essas lâmpadas dos impostos e taxas; (3)
estimule a importação de lâmpadas mais potentes; e (4) utilizar os bancos
oficiais para parcelamento das compras grandes dessas lâmpadas.
Dias depois recebi
a resposta do assessor: “a Presidenta Dilma Rousseff agradece seus comentários
e sugestões”. Isso é uma resposta-padrão e mostra que nem leram o que
escrevi...
Resolvi
escrever para o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin. O gabinete
enviou para a Ouvidoria, que enviou para a Secretaria de Energia, que fez suas
considerações e enviou para a Fazenda. E eu sendo informado em todo o processo.
Talvez a Dilma poderia fazer um estágio no gabinete do Alckmin para aprender
como se trata um cidadão.
Além das
lâmpadas LED vendidas no Brasil, como a Golden e Ourolux, também tenho testado
diversas adquiridas no exterior pelo correio. As nacionais mostram boa
qualidade, já as chinesas, somente algumas sobreviveram, a maioria queima em
até 45 dias.
A dona Dilma
deveria olhar também a experiência da Caixa Federal que, no ano passado, em
Juazeiro, cidade que recebe mais de 2.800 horas de sol por ano, investiu sete
milhões de reais para construir a maior usina solar brasileira construída sobre
telhados. Usina que foi doada às mil famílias dos condomínios populares
vizinhos Morada do Salitre e Praia do Rodeadouro. O excedente é vendido e provê
uma renda extra para essas famílias. E, pelo faturamento verificado, o
investimento se pagará em sete anos. Boa experiência?