domingo, 5 de abril de 2015

O Homem que inventou o Flamengo

Afonso Campuzano









Depoimento do seu neto Luiz Soares Brandão Filho, sócio emérito do clube e também conselheiro.

Luiz Brandão - um flamenguista doente


No Fluminense aprendi a fazer o Flamengo - disse Borgerth

 



Meu avô remava no Flamengo e jogava futebol no Fluminense, o que incomodava os cartolas tricolores. Cortado do time por este motivo reuniu-se com oito jogadores e decidiram pela ruptura.




Todos da família por parte de mãe (filha do Borgerth) são flamenguistas.  Do lado de meu pai são Tricolores em sua grande maioria.

A maior homenagem q meu avô recebeu do flamengo foi em 1958 quando faleceu.  Foi velado na sede do Morro da Viúva e seguiu para o Cemitério São João Batista em ambulância (foi secretario de saúde do DF e outros cargos do gênero na área publica de saúde) onde o caixão foi coberto com a bandeira do Flamengo enquanto a ambulância tocava sirene, não pelo transito q não existia na época mas como forma de homenagem da rede publica de saúde.


Depois ocorreram mini-lembranças pontuais e talvez de cunho político-clubistico. Inclusive conheci um Grande Benemérito que não sabia quem era Alberto Borgerth. Se não sabem sobre ele, imagine sobre mim!!!

Não é que falta memória ao brasileiro. O fato é que futebol passou do coração para o bolso, hoje o órgão mais sensível do corpo humano, ou seja, grande$ grupo$ que inve$tem pe$ado nesse esporte, daí a não importância de historia, tradição e principalmente coração, daqueles que mandam no nesse mercado. O museu do Flamengo até hoje não está organizado da forma que o clube merece pelas suas glorias e tradição. Em quase qualquer lugar do planeta que você vista a camisa tradicional do Flamengo com certeza vai ouvir Mengooooo!!!  Já tive essa experiência. Meu filho também.  

Meu avô não se inspirou em ninguém em termos de futebol porque na época não havia nem sequer esse esporte da maneira que depois veio a se tornar uma paixão mundial.  No entanto já idoso admirava muito o atacante Ademir Menezes.

Nunca me falou o que pensava sobre o fato do futebol do Flamengo ter adquirido as proporções gigantescas e mundiais que depois se fizeram presentes.

Ele era Flamengo de coração mas tinha muitos amigos tricolores e não falava mal do Fluminense.

Na porta do hoje Hotel Imperial na Rua do Catete 186, outrora Pensão Almeida

Luiz Soares Brandão Filho
onde alguns moravam e onde em 1911 ocorreu a reunião entre os jogadores que decidiram sob a liderança de meu avô saírem do Fluminense e irem fundar a seção de futebol no Flamengo.


Gostaria se possível que constasse apesar de não conhecer, a admiração que tenho pela  atual diretoria do Flamengo Presidida pelo Eduardo Bandeira de Mello. Também tenho enorme simpatia pelo movimento Bom Senso.
 
O titulo de meu avô hoje é de meu filho Luiz Alberto que é conselheiro (o Alberto é em homenagem a meu avô).


Estou há uns 10 anos afastado do Clube até mesmo porque depois que me aposentei passo a maior parte de meu tempo fora do Rio, na serra.