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Segundo a curadora Angela Ancora da Luz a obra de
Santiago “é fundamental para entendermos os rumos da construção de nossa
modernidade. Ele parte da fragmentação da pincelada, como os impressionistas, e, explorando os efeitos da
luz registra resíduos icônicos, sugestões de figuras que caminham na direção da
desmaterialização para se fixarem apenas por meio da tinta na superfície da
tela, como em “O Kosmo” de 1919. Alguns anos antes, Wassily Kandinsky
havia iniciado a trajetória do abstracionismo, o que nos sinaliza a dimensão de
Manoel Santiago em seu tempo, em meio ao rigor acadêmico que se transmitia no
ensino da arte brasileira e confirma seu pioneirismo. Sua importância para a construção de nossa arte moderna, nos anos de
1920 e 30, quando a rigidez da academia ditava regras e normas, nos permite
afirmar a posição que ocupou à frente de seu tempo.
A produção da mostra é de Anderson Eleotério e Izabel Ferreira – ADUPLA
Produção Cultural, que vem realizando diversas exposições no Brasil, como:
Athos Bulcão, Farnese de Andrade, Milton Dacosta, Raymundo Colares, Bandeira de
Mello, Carlos Scliar, Debret, Aluísio Carvão, Mário Gruber, Antonio Bandeira,
Nazareno Rodrigues entre outros. Patrocínio: Correios.
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Manoel Santiago, mestre
impressionista
Curadoria: Angela Ancora da Luz
Abertura: 18 de março às 19h
Exposição: 19 de novembro a 3 maio de
2015
Terça a domingo 12h às 19h - Entrada
Franca
Centro Cultural Correios
Rua Visconde de Itaborai 20 – Centro
Tel. 2253-1580
Informações para a imprensa:
Raquel Silva
Assessoria de Comunicação raquelsilva@alternex.com.br 21 2274-7924 | 9965-3433 |
Sobre o artista:
Manoel Santiago nasceu em 1897 em Manaus e faleceu em
1987 no Rio de Janeiro. Cursou a Faculdade de Direito e foi aluno do Curso
Livre da Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Produziu
intensamente ao longo de sua vida, sendo presença destacada nos mais
significativos momentos da construção de nossa modernidade. Discípulo de
Rodolpho Chambelland e Batista da Costa, quando freqüentou a Escola Nacional de
Belas Artes, buscou a direção da fragmentação da pincelada, da luz e da cor que
caracterizariam sua paleta. Recebeu aulas particulares de Visconti e obteve o
Prêmio de Viagem do Salão Nacional de Belas Artes em 1927, indo para Paris. Em
sua volta passa a lecionar no Núcleo Bernardelli, a partir de 1934, tornando-se
mestre de Pancetti, Edson Motta, Bustamante de Sá, Milton Dacosta e demais pintores
nucleanos, que, a exemplo dos impressionistas, buscavam a pintura plein air,
as atmosferas luminosas e a natureza com seus brilhos fugidios, domínio
absoluto de Manoel Santiago. Casou-se com Haydéa Santiago, também pintora, que
comungava com ele dos mesmos ideais.