quarta-feira, 18 de março de 2015

Exposição “Manoel Santiago, mestre impressionista” no Centro Cultural Corrreios

O Centro Cultural Correios inaugura dia 18 de março, às 19h,  a exposição Manoel Santiago, mestre impressionista. A mostra, sob a curadoria de Angela Ancora da Luz, revela o trabalho de um artista emblemático da arte moderna no Brasil a partir da década de 1920. Discípulo de Eliseu Visconti, também foi aluno de Rodolfo Chambelland e Baptista da Costa na Escola Nacional de Belas Artes. Depois de uma temporada de cinco anos em Paris, tornou-se professor do Instito de Belas Artes e lecionou, ainda, no Nucleo Bernadelli para alunos como José Pancetti, Milton Dacosta, entre outros.

 


 
 
Santiago foi um dos primeiros artistas a trabalhar com a diluição da pincelada, aproximando-se dos impressionistas e tangenciando o abstracionismo, o que faz dele um pioneiro da arte no Brasil. A mostra Manoel Santiago, mestre impressionista, procura apresentar obras de todas as fases da vida artística do pintor, desde a inspiração em nossas lendas e a memória da vibrante natureza da floresta amazônica, até as diferentes paisagens do Rio, quando a diluição da pincelada o aproxima dos impressionistas franceses. O modelo vivo, a figura humana e o retrato foram por ele interpretados sob a mesma luz que atravessa a atmosfera e promove o brilho da paisagem. Manoel Santiago, mestre impressionista apresenta um dos mais significativos artistas brasileiros que, através de seu trabalho, revela páginas da arte brasileira fundamentais para a compreensão de sua história e importância.

Segundo a curadora Angela Ancora da Luz a obra de Santiago “é fundamental para entendermos os rumos da construção de nossa modernidade. Ele parte da fragmentação da pincelada, como os impressionistas, e, explorando os efeitos da luz registra resíduos icônicos, sugestões de figuras que caminham na direção da desmaterialização para se fixarem apenas por meio da tinta na superfície da tela, como em “O Kosmo” de 1919.  Alguns anos antes, Wassily Kandinsky havia iniciado a trajetória do abstracionismo, o que nos sinaliza a dimensão de Manoel Santiago em seu tempo, em meio ao rigor acadêmico que se transmitia no ensino da arte brasileira e confirma seu pioneirismo. Sua importância para a construção de nossa arte moderna, nos anos de 1920 e 30, quando a rigidez da academia ditava regras e normas, nos permite afirmar a posição que ocupou à frente de seu tempo.

A produção da mostra é de Anderson Eleotério e Izabel Ferreira – ADUPLA Produção Cultural, que vem realizando diversas exposições no Brasil, como: Athos Bulcão, Farnese de Andrade, Milton Dacosta, Raymundo Colares, Bandeira de Mello, Carlos Scliar, Debret, Aluísio Carvão, Mário Gruber, Antonio Bandeira, Nazareno Rodrigues entre outros. Patrocínio: Correios.

 
 



 
Manoel Santiago, mestre impressionista
Curadoria: Angela Ancora da Luz
 
Abertura: 18 de março às 19h
Exposição: 19 de novembro a 3 maio de 2015
Terça a domingo 12h às 19h - Entrada Franca
Centro Cultural Correios
Rua Visconde de Itaborai 20 – Centro
Tel. 2253-1580
 
Informações para a imprensa:
Raquel Silva
Assessoria de Comunicação
raquelsilva@alternex.com.br
21 2274-7924 | 9965-3433
 

Sobre o artista:
Manoel Santiago nasceu em 1897 em Manaus e faleceu em 1987 no Rio de Janeiro. Cursou a Faculdade de Direito e foi aluno do Curso Livre da Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Produziu intensamente ao longo de sua vida, sendo presença destacada nos mais significativos momentos da construção de nossa modernidade. Discípulo de Rodolpho Chambelland e Batista da Costa, quando freqüentou a Escola Nacional de Belas Artes, buscou a direção da fragmentação da pincelada, da luz e da cor que caracterizariam sua paleta. Recebeu aulas particulares de Visconti e obteve o Prêmio de Viagem do Salão Nacional de Belas Artes em 1927, indo para Paris. Em sua volta passa a lecionar no Núcleo Bernardelli, a partir de 1934, tornando-se mestre de Pancetti, Edson Motta, Bustamante de Sá, Milton Dacosta e demais pintores nucleanos, que, a exemplo dos impressionistas, buscavam a pintura plein air, as atmosferas luminosas e a natureza com seus brilhos fugidios, domínio absoluto de Manoel Santiago. Casou-se com Haydéa Santiago, também pintora, que comungava com ele dos mesmos ideais.