Os profissionais das escolas estaduais farão uma paralisação de 24 horas nesta quarta-feira (dia 1º de abril). Neste dia, a categoria fará um ato público nas escadarias da Alerj, a partir das 15h, no qual será ministrada uma aula pública com o objetivo de alertar a população sobre as consequências da crise econômica na educação do Estado do Rio de Janeiro. Depois do ato na Alerj, os profissionais, juntamente com outros educares de redes municipais, que virão ao Rio para o protesto, farão uma passeata da Candelária até a Cinelândia.
O Sepe aguarda também a confirmação de participação na marcha de outros setores da educação pública, como universidades federais e estaduais e FAETEC, além de entidades estudantis. O mote da paralisação, do ato público e da passeata é que a educação não irá pagar pela crise econômica.
Escolas estaduais já sofrem com os cortes nos gastos
No mês de janeiro, o governador Pezão anunciou cortes de cerca de R$ 900 milhões nos setores de Saúde e da Educação. A justificativa do governo do Estado é a de que a crise econômica faz com que seja necessário cortes no custeio e no investimento do orçamento estadual.
Desde o fim do ano passado, o Sepe vem acompanhando denúncias de várias escolas da rede estadual sobre o corte generalizado desde outubro de 2014 nos repasses das verbas para compra de alimentos para a merenda escolar e de manutenção para a compra de materiais de consumo básicos para o funcionamento das unidades, como papel, produtos de higiene e limpeza etc.
No Colégio Estadual Herbert de Souza, um dos maiores da rede e que atende mais de dois mil alunos de segundo grau, funcionando na Tijuca, a falta de verba para manutenção ameaça o funcionamento da escola, já que não há dinheiro para reposição dos estoques de produtos de limpeza e higiene. A manutenção dos elevadores, pois a escola funciona num prédio de cinco andares, também está suspensa por falta de verba. A falta de dinheiro para manutenção é generalizada em toda a rede: várias escolas estaduais em São Gonçalo sofrem por causa de obras inacabadas e de problemas de infraestrutura.