Apesar de
termos poucos conflitos externos, o mais marcante foi a Guerra do Paraguai, o
Brasil teve muito conflito interno para se estabelecer. Morreu muita gente. Em
1932, muitos paulistas morreram para que tivéssemos uma Constituição. A
Ditadura de 64 também fez suas vítimas. Porém, nenhum conflito se compara ao
que se morre por assassinatos e no trânsito.
Em 2012, foram
assassinadas 56.325 pessoas, resultando em uma taxa de 29 por cem mil
habitantes. Porém, a OMS (Organização Mundial da Saúde) que foram assassinadas
mais de 64 mil pessoas, estimando aquelas que não são registradas com tal. A
OMS coloca o Brasil na 11ª posição da violência entre os 194 países avaliados.
No mundo, a
taxa é de 6,7, e a média dos países ricos é de 3,8. O país mais violento é
Honduras que tem uma taxa de 103,9 mortes por cem mil habitantes, seguido pela
Venezuela (57,6), Jamaica (45,1), Belize (44,7), Colômbia (43,9) e El Salvador
(43,9), quase todos países da América Latina.
Se a situação
do Brasil é ruim, pior quando se observa por faixa de idade. A juventude
brasileira é vítima atroz da violência, de 12 e 18 anos, a taxa é de 332. Isso
mostra o fracasso dos governos Dilma e Lula. A região mais violenta é o
Nordeste, com taxa de 597 jovens assassinados por cem mil. O Sudeste que é a
região menos violenta, tem taxa de 225, número ainda assustador.
Entre as
capitais, as cinco mais violentas para os adolescentes são: Fortaleza, Maceió,
Salvador, João Pessoa e Belém. São Paulo tem índice de 162 e o Rio, 206.
Porém, nem
todos os estados do Brasil estão mal, São Paulo registrou mais uma queda na
taxa de homicídios em 2014, ficando em 10,06 por 100 mil habitantes, no limite
estabelecido pela ONU. Nos últimos 14 anos, a queda foi de 70%. E na capital,
ficou melhor ainda: 9,83.
Outro tipo de
violência idiota que ocorre no Brasil são as mortes em acidentes de trânsito.
Os dados preliminares do SUS (Sistema Único de Saúde) apontam que foram 40,5
mil vítimas fatais em 2013, no ano anterior foram 44,8 mil. Uma redução após
três anos seguidos de aumento. Isso aconteceu graças ao endurecimento da lei,
certamente. Mesmo porque pouco se vê em ações governamentais nas três esferas.
Testemunho isso
na rodovia Tamoios, estadual paulista. O governo não construiu as 14
passarelas, poupou o dinheiro e fez passagens, estabelecendo velocidade máxima
de 60 km/h. incrível? O pior é que os radares estão posicionados distantes das
passagens de pedestres ou das curvas perigosas. Se é por segurança, por que os
carros oficiais, especialmente os do DER (ou a seu serviço) não respeitam os
limites?
Em dez anos de
guerra no Vietnã, 58.000 americanos morreram, houve protestos e mudanças
políticas. Apenas em 2012, morreram no Brasil, assassinados ou no trânsito,
quase dois “vietnãs”... nem políticos, nem manifestantes, nada!