A
partir de agora temos um canal de comunicação rápido e funcional, onde
debateremos as questões ambientais da região da Barra da Tijuca, Recreio e
Vargens.
A pergunta do título desse primeiro artigo é para provocar o leitor a refletir. É claro que hoje em dia as pessoas estão muito mais antenadas com o que acontece ao seu redor, e, justamente por isso, são mais participativas.
Mas
ainda existem pessoas que preferem colocar a culpa, por algo que consideram
errado, no governo e em seus governantes, esquecendo que, com o seu voto, de
alguma forma foi conivente com o que está acontecendo. Seja por ação ou
omissão, somos todos corresponsáveis.
É
claro que é mais fácil culpar o governo ou terceiros, mas quando nos omitimos
quando deveríamos tomar alguma atitude, somos coniventes com o que acontece a
nossa volta.
Temos
várias questões relevantes e delicadas para discutir, tais como: a poluição das
lagoas e o projeto de dragagem; o projeto do Golfe Olímpico; o projeto da
Cidade Olímpica; o embate entre o BRT e o Metrô; a expansão imobiliária sem
planejamento; o esgoto jogado in natura
em nossas lagoas e canais; o aumento do desmatamento no Morro do Banco e em
outras áreas; e tantas outras que estão ao nosso redor e as que ainda virão.
Através
da Comissão de Direito Ambiental da OAB, Subseção da Barra da Tijuca, da qual
sou Presidente, tomo conhecimento de várias questões que, de alguma forma,
estão relacionadas com o meio ambiente. Ao tomar conhecimento das ilegalidades,
é nosso dever, em primeiro lugar, averiguar se os fatos são verdadeiros. Mas
nem sempre é fácil obter as informações necessárias. Após a verificação, procuramos orientar os grupos que nos procuram a agir, fornecendo-lhes conhecimento jurídico que os possibilite atuar de forma direta e objetiva para a busca da solução daquele problema. Se a obtenção dessas informações não é fácil, imaginem mudar o comportamento de pessoas que estão acostumadas a viver na ilegalidade...
O mais difícil na área ambiental é mudar o comportamento das pessoas. Na verdade poucos pensam no futuro. É como se, depois de explorar todos os recursos possíveis e imagináveis, a pessoa fosse fazer as malas e ir para outro lugar, deixando para trás um rastro de destruição. Mas vai para onde? Eis o problema, não há para onde ir...pelo menos por enquanto.
Respondendo à pergunta inicial, nós somos responsáveis por todas as mazelas ambientais, sociais, políticas, etc., em que vivemos. E enquanto não tivermos consciência disso, e começarmos a agir como parte integrante, como cidadãos, nossas mazelas só irão aumentar. E, como consequência, perderemos a cada dia qualidade de vida...
Por
enquanto é só, pense nisso... Se tiverem sugestões de temas enviem para a
redação. Até a próxima!