quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A dependência química é uma doença?


* RUSS GERBER

 
Essa não é uma questão nova e tampouco pode ser abordada de maneira inconsequente. Quando surge a questão da dependência química, podemos detectar um padrão.

Um artigo do jornal norte-americano Los Angeles Times aborda a questão de a dependência de drogas ser uma doença (involuntária) ou uma escolha (voluntária) e, dependendo da resposta, qual o tipo de ajuda apropriada.

Esses dois pontos de vista parecem conflitantes, mas, enquanto o debate segue seu curso, há algo mais profundo que deve ser considerado. Sempre que surge essa questão, acho que eu não sou o único a sentir que as pessoas têm uma certa preferência sobre qual dos dois pontos de vista elas gostariam que fosse considerado o correto. Existe algum mérito nesse sentimento mais profundo?

Para mim, esse sentimento tem certa analogia com o comentário do Dr. Gilbert Welch, Professor de Faculdade de Dartmouth, em resposta ao The Wall Street Journal: “Saúde é muito mais do que não conseguir encontrar algo de errado. Saúde é como as pessoas se sentem, é um estado de ânimo”.

Quer você concorde com essa declaração ou não, há pesquisas que a sustentam. Muitos concordam que a causa mental é primordial nos sentimentos e na saúde.

A maioria das pessoas concorda que há qualidades mentais que ajudam àquele que esteja tentando derrotar a dependência de drogas, qualquer que seja o tipo de terapia que receber.

Os médicos da mente talvez não concordem com os médicos da matéria em sua análise e tratamento do problema. Mas há algo que pode nos unir nessa luta para ajudar a pessoa que está tentando derrotar a dependência. Pense por um momento no que você pode fazer para ajudar a melhorar a vida dessa pessoa. Que palavras, pensamentos ou ações podem ajudar a afastar o senso de desespero ou de derrota? A energia mental é uma força recuperadora.

Essa energia depende do estado mental, e não há porque subestimar sua capacidade de proporcionar força e apoio. Pode ser que fiquemos admirados com a receptividade das pessoas a um estado mental de elevação, e positivamente surpresos com a diferença duradoura que esse estado pode fazer para o bem.

* Russ Gerber é praticista, professor de Ciência Cristã e responsável por relações com a mídia e o governo, em Boston, EUA.